A logística, tradicionalmente marcada por operações manuais, prazos apertados e complexas cadeias de suprimentos, vive um momento de profunda transformação. Por isso, é fundamental estar presente no painel sobre logística inteligente no Futurecom Congress 2025. Veja mais detalhes abaixo!
Impulsionadas por tecnologias emergentes como Inteligência Artificial, internet das coisas (IoT), blockchain e veículos autônomos, as empresas do setor estão redesenhando fluxos e processos com foco em aumentar a eficiência, rastreabilidade e sustentabilidade.
Mas será que a chamada logística inteligente já é realidade ou ainda é uma promessa em construção?
Para responder a essa pergunta, conversamos com Jean Prisco, gerente geral de Tecnologia da Informação da MRS Logística, uma das maiores operadoras ferroviárias do Brasil. Ele é palestrante confirmado no Futurecom Congress, que acontece de 30 de setembro a 02 de outubro, no São Paulo Expo.
Na entrevista, ele compartilha a sua visão sobre as tecnologias que estão moldando o futuro da logística e o posicionamento das empresas brasileiras diante dessa revolução.
Acompanhe o que ele compartilhou conosco ao longo dos próximos parágrafos, e não deixe de participar do painel sobre logística inteligente no Futurecom!

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As engrenagens da revolução: tecnologias que transformam a logística
Segundo Prisco, há uma série de tecnologias que vêm impulsionando a logística rumo à inteligência e à autonomia.
“A tecnologia vem contribuindo muito para tornar processos mais inteligentes, conectados e autônomos”, afirma o especialista.
Ele destaca algumas protagonistas dessa transformação:
- Inteligência artificial e machine learning: aplicadas à otimização de rotas, previsão de demanda em tempo real e automação de decisões logísticas;
- IoT: sensores embarcados em veículos, armazéns e embalagens possibilitam rastreabilidade em tempo real, controle ambiental (temperatura, umidade) e manutenção preventiva;
- Blockchain: garante rastreabilidade, transparência e redução de fraudes na cadeia de suprimentos;
- Veículos autônomos e drones: redução de custos operacionais e prazos de entrega, com maior segurança;
- Robótica avançada: robôs colaborativos atuam lado a lado com humanos, automatizando tarefas repetitivas como picking, embalagem e movimentação;
- Gêmeos digitais e computação em nuvem: permitem simulações de operações, otimização contínua e acesso remoto a dados em tempo real;
- Tecnologias verdes: veículos elétricos ou movidos a hidrogênio, embalagens sustentáveis e sistemas de energia inteligente reduzem o impacto ambiental e melhoram a imagem corporativa.

“Essas e outras tecnologias já vêm sendo aplicadas. Algumas ainda dependem de evolução ou regulação, mas estão sendo testadas com resultados promissores”, destaca Prisco.
Dessa forma, a integração de tecnologias é um dos pilares da conectividade na logística, proporcionando que seja se torne mais eficiente.
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Brasil: na corrida entre a inovação e os resultados
Quando questionado sobre o posicionamento das empresas brasileiras frente ao cenário internacional, Prisco traça um panorama realista: “Na minha opinião, existem duas corridas. A dos provedores de solução, que buscam trazer inovações cada vez mais avançadas, e a das empresas, que estão em busca de resultados concretos”.
Para ele, o desafio não é apenas tecnológico, mas estratégico: “Tudo que é feito dentro das empresas precisa mostrar valor. É preciso um business care por trás, que justifique o investimento e prove retorno”.
A chave, segundo o executivo, está na priorização: “É essencial que as áreas de tecnologia e de negócio trabalhem juntas para selecionar soluções que realmente agreguem valor e possam retroalimentar esse ciclo de investimento e resultado. Algumas tecnologias ainda trarão retorno no médio e longo prazo, e é preciso estar preparado para isso”.
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Casos reais: como a MRS Logística já está aplicando inovação
Na prática, a MRS Logística já investe em diversas frentes para modernizar suas operações.
Prisco compartilhou alguns dos principais casos de uso em andamento. São eles:
- Chatbots internos: utilizados em áreas como RH, tecnologia e serviços compartilhados, para otimizar atendimento e processos;
- Gestão de ativos com IA: uso de sensores em equipamentos que detectam condições de locomotivas;
- Agente de IA especializado em manutenção ferroviária: capaz de responder dúvidas técnicas, indicar procedimentos e orientar equipes com base em uma vasta base de conhecimento;
- Sala de operações com IA: um agente inteligente acessa dados operacionais para gerar insights de planejamento e melhoria contínua;
- Uso do Copilot: a ferramenta está sendo disseminada internamente para automação de tarefas, organização do trabalho e ganhos de produtividade tanto em escritórios quanto nas áreas operacionais e de manutenção.

“A ideia é que essas tecnologias estejam a serviço das pessoas, otimizando o trabalho e liberando tempo para atividades de maior valor agregado”, afirma o representante da MRS Logística.
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Futuro inevitável ou sonho distante?
Na visão de Prisco, não há dúvidas: a logística inteligente, conectada e autônoma é uma realidade em construção — e não um sonho inalcançável.
“De fato é um futuro. Não é algo inatingível. Já vemos exemplos implantados e em testes, com resultados reais”, afirma o especialista.
No entanto, ele pondera que o avanço vai além da tecnologia. “É uma jornada que passa também pela maturidade dos processos, qualidade dos dados e, principalmente, pela formação das pessoas”, destaca.
Para que o setor aproveite plenamente o potencial da transformação digital, será necessário um esforço coletivo — das empresas, dos profissionais e das instituições.
Nas palavras de Prisco: “Vai ser preciso investimento, capacitação, entendimento. Cada um de nós precisa buscar compreender essas tecnologias e aprender a interagir com elas para extrair o melhor. Só assim conseguiremos transformar a logística como um todo”.
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Da ferrovia ao futuro
A entrevista com Jean Prisco revela que o futuro da logística não é apenas uma questão de “quando”, mas de “como”. A adoção de tecnologias emergentes está em ritmo acelerado, mas exige estratégia, alinhamento com o negócio e preparo humano.
Casos como o da MRS Logística mostram que, mesmo em setores tradicionalmente conservadores, a inovação é possível e, mais do que isso, necessária.

O caminho da logística inteligente está sendo pavimentado. E, embora ainda haja desafios técnicos e culturais a superar, o horizonte já aponta para um setor mais eficiente, seguro, sustentável e conectado.
A pergunta que resta não é mais se esse futuro chegará, mas quem estará pronto para embarcar quando ele partir. O seu negócio está?
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Logística inteligente no Futurecom Congress
Prisco estará presente no painel “Logística inteligente, conectada e autônoma. Futuro ou sonho?”, que acontece no dia 30 de setembro, na Plenária 2. O painel tem a mediação de Pedro Moreira, presidente da Abralog. Também participa Guillermo Lastra, diretor de Veículos Comerciais da Ford América do Sul. Juntos, os especialistas vão trazer diferentes visões sobre os desafios e oportunidades da digitalização logística no Brasil e no mundo.
Os ingressos para o Future Congress já estão disponíveis – acesse o site oficial do evento e garanta seu ingresso!
Quer ver mais detalhes sobre o painel sobre logística inteligente no Futurecom? Então fique por dentro de tudo o que acontece no setor de tecnologia, conectividade e telecomunicações ao acompanhar o Digital Futurecom, o portal de conteúdo da feira Futurecom!

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