O Wi-Fi 7, também conhecido como IEEE 802.11be, é a mais recente evolução das redes sem fio. Com velocidades teóricas de até 46 Gbps, ele representa um avanço significativo em relação ao Wi-Fi 6, que atinge até 9,6 Gbps. Saiba mais!
A chegada do Wi-Fi 7 marca um novo patamar na tecnologia sem fio de última geração, oferecendo conectividade de alta performance para ambientes cada vez mais exigentes.
Com suporte simultâneo às bandas de 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz, e canais de até 320 MHz, ele proporciona maior largura de banda e menor interferência, ideal para aplicações como wi-fi para realidade aumentada e virtual e transmissões em alta definição.
No Brasil, o Wi-Fi 7 começou a ser implementado em 2024, com o Aeroporto de São José do Rio Preto, em São Paulo, sendo o primeiro local a adotar o novo padrão. Além disso, a TP-Link lançou o primeiro roteador Mesh com Wi-Fi 7 homologado no país, o Deco BE65, que atinge velocidades de até 11 Gbps.
O que é o Wi-Fi 7 e o que ele representa
O Wi-Fi 7, também chamado de IEEE 802.11be Extremely High Throughput, é a mais recente evolução da tecnologia Wi-Fi de nova geração. Projetado para entregar altíssima velocidade e latência extremamente baixa, o novo padrão surge como resposta às crescentes demandas por conectividade robusta em ambientes cada vez mais saturados de dispositivos.
Diferente das gerações anteriores, o Wi-Fi 7 amplia significativamente a capacidade de transmissão e o uso simultâneo de múltiplas bandas, o que o torna ideal para aplicações em tempo real e cenários com grande número de conexões ativas. Escritórios inteligentes, casas conectadas, ambientes industriais e eventos de grande porte vão se beneficiar com a novidade.
Em um momento em que se fala cada vez mais em suporte para múltiplos dispositivos simultâneos, a nova especificação representa um avanço importante rumo à tecnologia sem fio de última geração.
Relacionado: Wi-Fi 6E e 5G: harmonizando o espectro para um futuro conectado
Quais são os diferenciais em relação ao Wi-Fi 6
A principal diferença entre Wi-Fi 7 vs Wi-Fi 6 está na capacidade de transmissão. Enquanto o Wi-Fi 6 já representou um salto importante ao introduzir a modulação 1024-QAM e canais de até 160 MHz, o Wi-Fi 7 eleva ainda mais esse patamar com modulação 4096-QAM e largura de canal de até 320 MHz. As velocidades teóricas podem chegar a 46 Gbps, contra os 9,6 Gbps do Wi-Fi 6.
Esses avanços impactam diretamente a performance em ambientes corporativos, onde há alta densidade de conexões e grande volume de dados em circulação. Com transmissão de dados em ambientes densos otimizada pela tecnologia Multi-Link Operation (MLO), o Wi-Fi 7 garante estabilidade e baixa latência mesmo em espaços com dezenas ou centenas de dispositivos conectados simultaneamente.
Para empresas que utilizam wi-fi para realidade aumentada e virtual, aplicações industriais em tempo real ou sistemas de automação, o Wi-Fi 7 oferece uma base mais robusta e confiável. Ele também amplia os benefícios da conectividade de alta performance, viabilizando operações com menor risco de gargalo, maior previsibilidade e mais segurança em processos críticos.
Relacionado: CTO da Rede Globo compartilha experiências de Realidade Aumentada promovidas pela emissora
Quando o Wi-Fi 7 chega ao Brasil
O Wi-Fi 7 já começou a dar seus primeiros passos no Brasil. A implementação da tecnologia Wi-Fi de nova geração teve início em 2024, com destaque para a instalação pioneira em uma universidade no Ceará, fruto de uma parceria com a Huawei — uma das principais marcas a apostar na adoção antecipada do novo padrão no país. Além de projetos educacionais, aeroportos e ambientes corporativos também começam a experimentar os ganhos de velocidade e eficiência da nova geração sem fio.
Entre os fabricantes que já oferecem soluções compatíveis, a TP-Link se destaca com roteadores de alto desempenho como o Deco BE65 e o Archer BE900, todos homologados para operar com Wi-Fi 7 no Brasil. Esses equipamentos oferecem conectividade de alta performance e são voltados tanto para consumidores exigentes quanto para empresas que precisam de suporte para múltiplos dispositivos simultâneos.
Com a expansão da oferta e a homologação de novos modelos, o Wi-Fi 7 lançado no Brasil entra em uma fase de consolidação. Grandes marcas de tecnologia já trabalham para tornar a nova geração mais acessível, e a expectativa é que o padrão se torne cada vez mais comum em ambientes residenciais e empresariais ao longo de 2025.
Aplicações práticas do Wi-Fi 7 na indústria
Com avanços significativos em velocidade, estabilidade e capacidade, o Wi-Fi 7 se posiciona como uma base sólida para a transformação digital em ambientes industriais e empresariais.
A nova geração de conectividade sem fio permite transmissões em tempo real com baixa latência, o que viabiliza aplicações antes limitadas à infraestrutura cabeada, como wi-fi para realidade aumentada e virtual, manufatura inteligente e sistemas de monitoramento contínuo.
Em fábricas, centros logísticos e grandes escritórios, onde há uma grande concentração de sensores, máquinas e dispositivos conectados, o suporte para múltiplos dispositivos simultâneos é um diferencial indispensável.
O Wi-Fi 7 roteador oferece canais mais largos e capacidade ampliada para lidar com tráfego intenso, garantindo desempenho estável mesmo em redes com alta densidade de uso.
Relacionado: Consultoria Omdia e Futurecom apresentam estudo inédito sobre o 5G e IA na América Latina e no mundo
A compatibilidade com tecnologias emergentes, como automação avançada, edge computing e machine learning distribuído, também posiciona o Wi-Fi 7 como peça-chave para acelerar a digitalização industrial.
Essa tecnologia sem fio de última geração contribui para reduzir latências críticas, otimizar fluxos de produção e permitir trabalho colaborativo em tempo real na nuvem: pilares cada vez mais estratégicos para empresas orientadas por dados.
Desafios e necessidades para adoção
Apesar dos avanços da tecnologia Wi-Fi de nova geração, a adoção do Wi-Fi 7 ainda enfrenta barreiras técnicas e estruturais. Um dos principais desafios está na compatibilidade com dispositivos existentes: a maioria dos smartphones, notebooks e equipamentos conectados atualmente não possui suporte nativo ao novo padrão, o que limita os benefícios para usuários que não renovarem seus aparelhos.
Além disso, a infraestrutura de rede de muitas empresas e residências ainda está baseada em padrões anteriores, como Wi-Fi 5 ou Wi-Fi 6. Em muitos casos, a atualização para o Wi-Fi 7 (roteador) exige também a substituição de switches, placas de rede e sistemas de gerenciamento, o que representa um investimento considerável, especialmente em ambientes corporativos com grande volume de equipamentos.
Outro ponto crítico está no custo. O Wi-Fi 7 chegou ao mercado com roteadores ainda restritos a modelos premium, voltados ao público mais especializado. Será necessário o amadurecimento do ecossistema, com mais opções de hardware, redução de preços e maior disseminação de informações técnicas para consolidar essa tecnologia sem fio de última geração no Brasil.
Tendências futuras com o Wi-Fi 7
Com sua base técnica mais robusta, o Wi-Fi 7 está diretamente ligado a tendências que vão além da alta velocidade. Um dos principais campos de aplicação é a realidade estendida (XR) — que engloba realidade virtual, aumentada e mista. Esse tipo de experiência, antes limitada por instabilidades na conexão e latência elevada, ganha novo fôlego com a tecnologia sem fio de última geração, capaz de oferecer respostas em tempo real e alta fidelidade gráfica.
Outro destaque está na evolução da Internet das Coisas (IoT). Dispositivos conectados em larga escala, como sensores industriais, wearables e sistemas de automação residencial, demandam redes com alta capacidade de gerenciamento simultâneo. O suporte para múltiplos dispositivos simultâneos, combinado à estabilidade do novo padrão, viabiliza soluções mais precisas e resilientes — inclusive em aplicações críticas.
Por fim, o crescimento dos ambientes híbridos, que combinam casa e escritório em um único ecossistema de trabalho, exige conexões que mantenham a qualidade mesmo sob uso intenso e distribuído. O Wi-Fi 7 surge como uma resposta a essa demanda, entregando conectividade de alta performance tanto para videoconferências quanto para uso corporativo intensivo, sem quedas ou congestionamentos.
Seja expositor no maior encontro de conectividade e inovação da América Latina
De 30 de setembro a 2 de outubro de 2025, o São Paulo Expo será o ponto de encontro de líderes e empresas que estão moldando o futuro digital. Em sua 30ª edição, o Futurecom reunirá cerca de 300 marcas expositoras e mais de 30 mil profissionais em busca de soluções em conectividade ultra-rápida, infraestrutura digital escalável e tecnologias disruptivas.
Se sua empresa atua com Data Centers, redes, cloud, segurança digital ou transformação tecnológica, este é o palco ideal para fortalecer sua marca, gerar negócios e se conectar com os principais players do setor.
Leia mais
- A revolução do crédito em telecomunicações: desafios e oportunidades
- Fazenda tecnológica: inovações para aumentar a produção agrícola
- Tecnologias para a mineração sustentável
- Por que usar Pipefy?
- Inteligência artificial e segurança de dados: uma nova perspectiva corporativa
- Quais são os tipos de inteligências artificiais? Veja características e aplicações
- O que é hiperautomação? Veja benefícios, aplicações e tendências
- O futuro do trabalho com agentes de IA
- IoT na medicina: avanços, benefícios e desafios do setor de saúde conectado
- Conectividade e Sustentabilidade: O Binômio Estratégico do Setor de Telecomunicações
Tags