A aplicação de tecnologia na saúde escalou como nunca neste século. O motivo para isto era simples: para a maioria dos processos, os recursos utilizados estavam datados. Emperrados na falta de agilidade e burocracia, os procedimentos médicos — do back-office ao centro cirúrgico — sofriam as consequências. Hoje, o cenário é outro, e bastante promissor. A inserção da área da saúde no movimento de Transformação Digital mudou o setor. Os resultados imediatos são palpáveis em tempos críticos, como em uma pandemia.

Ações e recursos para frear o avanço de inimigos da saúde pública são criadas a cada dia, seja agindo diretamente na raiz do problema, ou mesmo servindo para conscientizar.

Mas será que são soluções que realmente apresentam resultados efetivos? Ou seja, a tecnologia na saúde é uma boa resposta a momentos críticos?

A resposta é sim. De forma geral, o setor vê esse movimento com bons olhos. Não por menos, está disposta a investir quase US$ 2 bilhões até 2022, conforme dados do IDC.

Outra boa notícia é que  asstartups nacionais encontraram um espaço para prosperar e, principalmente, ajudar. Em tempos de pandemia, como a do recente coronavírus, exemplos de soluções tecnológicas genuinamente brasileiras não faltam.

Confira mais sobre as inovações brasileiras que se destacam no auxílio ao controle de doenças altamente transmissíveis.

Tecnologia na saúde contra pandemias: soluções brasileiras que dão certo

Pandemias são graves, disso não há dúvidas. São eventos remotos, mas que quando se instalam, atingem a todos. Desta forma, mudam o dia a dia das pessoas e das empresas. Sem ações rápidas, a malha social periga se desfazer, afetando a vida de milhões (ou mesmo bilhões) ao redor do planeta.

No caso da pandemia do coronavírus, não é diferente. O vírus se espalhou pelo mundo e obrigou os governos a agirem de forma rápida, impondo medidas urgentes como o isolamento social.

Com isso, todas as camadas do mercado perdem. Em companhias aéreas do Oriente Médio, o prejuízo estimado até meio de março de 2020 era de US$ 100 milhões. Já em Hollywood, a famosa indústria americana de filmes, o buraco é mais embaixo: cerca de US$ 100 bilhões em perdas estimadas.

Se em economias mais estáveis o rombo pode ser grande, o que esperar para a situação do Brasil?

Apesar de diferente e certamente um pouco assustador, o cenário não é de pânico. Ao contrário, serve para olharmos para um nicho de empresas que realmente pode fazer a diferença em situações assim: as startups brasileiras, que têm muito a contribuir com a tecnologia na saúde.

Como a tecnologia nacional pode ser útil em momentos como esse?

Há várias formas de utilizar os recursos tecnológico em prol da população em situações extremas, como em pandemias.

Um exemplo interessante é o CoronaBR (www.coronabr.com.br), uma plataforma desenvolvida pela Pixit, uma empresa brasileira especializada em comunicação, integração de tecnologias e inovação.

Baseado em tecnologia de ponta, o site serve como triagem virtual para pessoas que buscam saber, de forma segura, se possuem ou não o vírus. Além disso, é possível encontrar uma série de respostas para perguntas comuns acerca da situação e dos cuidados necessários.

Segundo Flávio Machado, CEO da Pixit, a solução já está em vias de ir ao exterior:

“A plataforma é inédita e 100% nacional. Ela utiliza uma série de vertentes de tecnologias de ponta, como big data, algoritmo e avatar em 3D. Por meio da orientação que o enfermeiro virtual Pedro proporciona à população, de forma gratuita, auxiliamos a sociedade de uma forma muito ampla, tendo em vista que as informações sempre atualizadas sobre o novo coronavírus instruem as pessoas e, assim, podem evitar eventuais idas desnecessárias a equipamentos de saúde” explica o executivo.

Semelhante foi o que fez o Ministério da Saúde, ciente do perigo da desinformação. De forma ágil, tratou de lançar um canal exclusivo para tirar dúvidas sobre o novo coronavírus via WhatsApp. Uma boa iniciativa estatal de tecnologia na saúde.

Os avanços no campo médico também são bastante promissores. A startup brasileira Hi Technologies, reconhecida por sua solução de exame laborial remoto e imediato, anunciou ter desenvolvido um teste rápido para o novo coronavírus. O equipamento que usa de Inteligência Artificial e Internet of Things para garantir resultados imediatos e confiáveis.

Tendências que nascem de momentos críticos

É interessante notar como situações críticas, como de uma pandemia, podem acentuar as necessidades e criar tendências para diversos mercados. O isolamento social imposto para impedir o avanço do coronavírus, por exemplo, é um fator-chave para a ascensão de novos serviços, como a transmissão de consultas.

É a chance de aplicar, de forma ainda mais direta, a tecnologia na saúde.

“[…] O desenvolvimento da plataforma CoronaBr vem de encontro com uma tendência que será fundamental daqui para a frente: a telemedicina (teleorientação, telemonitoramento, teleconsulta e teleinterconsulta). Além do CoronaBr, na Pixit aumentou a demanda pelas transmissões profissionais, ao vivo e online. Isso se deu por conta da recomendação de se evitar a aglomeração de pessoas. WebTV, webinar, mesa redonda digital, palestras e aulas são apenas alguns dos exemplos de formatos em que as transmissões podem ser exploradas” exemplifica Machado.

Não há dúvidas que o uso da tecnologia na saúde atravesse momentos decisivos em situações de calamidade, como em pandemias ou outras catástrofes. Às empresas e startups, cabe conseguir aliar os recursos e criar soluções que ajudem a manter a ordem das coisas, colaborando com a saúde pública, a manutenção de empregos e a estabilidade econômica.

Segundo Flávio Machado, a plataforma CoronaBR é um exemplo disso. 

“A plataforma é uma junção de diferentes tecnologias que, combinadas, deram origem a uma nova ferramenta tecnológica que é uma prestação de serviço social” conclui o executivo.

Ou seja, muito além de ser uma ferramenta para as necessidades diárias, a tecnologia pode ser um passo adiante no avanço por uma melhor qualidade de vida — mesmo em pandemias.

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