“Os desafios do Brasil são imensos, não existe apensa uma solução que vai resolver nosso problema”, acredita o diretor técnico-operacional da Telebrás, Roberto Pinto Marins, apontando que embora 80% da população resida em áreas urbanas, uma outra parte das pessoas não possui acesso à internet e o principal negócio do país – o agronegócio – está desassistido de conectividade. “Como solucionar esse tipo de problema? ”, questiona.
Para a vice-presidente de serviços internacionais da ViaSat e gerente geral Brasil da empresa, Lisa Scalpone, o 5G vai atender bem às necessidades da população urbana, mas os satélites resolvem as demandas de quem vive em áreas mais remotas. “São tecnologias que se complementam”. Porém, Lisa alerta que há um potencial de conflito que é o espectro em uso: “o 5G não precisa usar o espectro do satélite”.
Segundo o superintendente de outorga e recursos à prestação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Vitor Eliseo de Oliveira, o debate referente a utilização de faixas é acompanhado de perto pela agência. “Temos realizado alguns testes na faixa de 3.5 gigahertz”.