Em 2019, por meio do Decreto nº 9.854, o Governo Federal instituiu o Plano Nacional de Internet das Coisas. Mas você sabe o que isso significa?

Buscando compreender mais sobre essa medida conversamos com Mônica Mancini, que é pós-doutora em Sistemas de Informação e docente no Senac EAD.

Veja, na sequência, as explicações trazidas pela especialista sobre o Plano Nacional de Internet das Coisas!

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O que é o Plano Nacional de Internet das Coisas?

Mancini comentou conosco que as revoluções tecnológicas impõem um novo paradigma para a sociedade e para as organizações. Nesse cenário, a Internet das Coisas surge como uma propulsora de mudanças, mas que apresenta ainda diversos desafios conceituais, tecnológicos e sociais para ser implementada.

A especialista ainda explicou que, em janeiro de 2017, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), apoiou a realização de um estudo para o diagnóstico e a proposição de plano de ação estratégico para o país em Internet das Coisas ou Internet of Things (IoT).

“Baseado neste estudo,  o Plano Nacional de Internet das Coisas foi instituído pelo Decreto nº 9.854, de 25 de junho de 2019. Seu foco é implementar e desenvolver a Internet das Coisas (IoT) no Brasil, baseado na livre concorrência e na livre circulação de dados, observadas as diretrizes de segurança da informação e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”, comenta a professora.

Quais são os objetivos do Plano Nacional de Internet das Coisas?

“O apelo do Plano Nacional de Internet das Coisas é de cunho social e o seu objetivo maior é acelerar a implantação da IoT como instrumento de desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira, capaz de aumentar a competitividade da economia, fortalecer as cadeias produtivas nacionais, e promover a melhoria da qualidade de vida”, diz Mancini.

Assim sendo, a professora comenta que as empresas brasileiras deverão se preocupar em:

  • Promover ganhos de eficiência nos serviços, por meio da implementação de soluções de IoT;
  • Promover a capacitação profissional em aplicações de IoT para suprir e gerar empregos nesta área;
  • Incrementar a produtividade;
  • Fomentar a competitividade das empresas brasileiras de IoT, por meio de um ecossistema de inovação neste setor;
  • Buscar parcerias com os setores público e privado; e
  • Aumentar a integração do Brasil no cenário internacional, por meio da participação em fóruns de padronização, da cooperação internacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação e da internacionalização de soluções de IoT desenvolvidas no Brasil.

Quais são os benefícios do Plano Nacional de IoT?

Ao olhar de Mancini, além dos ganhos econômicos, há muitos benefícios sociais na adoção de IoT pela sociedade.

“Em junho de 2017 a União Internacional de Telecomunicações (UIT), braço da Organização das Nações Unidas (ONU), relacionou como a IoT pode auxiliar o mundo a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tais como: 

  • desenvolver aplicações para enfrentar os desafios associados à fome,  abastecimento de água e segurança alimentar; 
  • reduzir riscos e mitigar mudanças climáticas; 
  • conservar a biodiversidade e no monitoramento ecológico, entre tantas outras ações.”

Como o Plano Nacional de Internet das Coisas impacta os novos negócios?

Questionada sobre a forma como Plano Nacional de Internet das coisas pode ser explorado pelos novos negócios, Mancini lembrou que os dados são insumos valiosos para as organizações e que a IoT permite gerá-los com os próprios dispositivos, que podem otimizar uma cadeia de produtos e/ou serviços, com mais agilidade e entrega de valor.

Na visão da professora: “A IoT permite maior integração e oferta de serviços, o que leva as empresas a oferecerem soluções mais funcionais e baratas por meio da Internet das Coisas”.

Além disso, ela comenta que: “a IoT permite oferecer uma nova experiência ao cliente.  Os dispositivos móveis com soluções via Wi-Fi e Bluetooth permitem que os aparelhos inteligentes possam se conectar com os smartphones e o usuário possa ter o controle das operações por este dispositivo.” 

Ela prossegue: “Dessa forma, as empresas podem proporcionar uma nova experiência ao cliente de uma forma bem mais dinâmica e interativa, promovendo a transformação digital”.

O Plano Nacional de Internet das Coisas é de grande relevância para o nosso país. Melhorias no transporte, no setor de saúde, na segurança pública, na logística, entre outras áreas devem ser observadas quando a IoT, de fato, se tornar popular e comum no país.

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