Instituições de todas as formas e tamanhos buscam oferecer serviços competitivos e personalizados aos seus clientes. 

O Open Finance, um mecanismo que permite aos bancos estabelecerem ecossistemas que proporcionam jornadas completas para os clientes e uma ampla gama de serviços, enfatiza a interoperabilidade entre diferentes plataformas. 

A partir do compartilhamento de dados em tempo real, o Open Finance promete uma maior inclusão financeira, capacitando os clientes com maior liberdade de escolha.

Para debater sobre esse tema tão importante e atual, o Futurecom 2023 reuniu os seguintes especialistas:

  • Adriana Camargo: líder de Políticas Públicas da Belvo;
  • Camila Fonseca: gerente executiva de Ciência de Dados do Banco Pan
  • Leonardo Enrique: diretor executivo de Open Finance & Real Time Payments da VISA; e
  • Patrícia Leal: diretora de Inovação em Pagamentos da Mercado Pago.

Veja os principais pontos apresentados no debate, que foi mediado por Vanessa Oliveira Ferreira, head de Inovação e Novos Negócios do TecBAN e diretora da IIBA Brasil.

Desafios para a conscientização da população sobre o Open Finance

Patrícia Leal, da Mercado Pago, destacou os desafios críticos em torno da educação pública e do consentimento de dados dentro da população. 

“Ainda enfrentamos desafios significativos na educação da população sobre consentimento de dados, seu uso e casos de uso”, disse.

Ela também apontou que a simplificação é fundamental para que as pessoas percebam verdadeiramente os benefícios. 

Em suas palavras: “A entrega de serviços relacionados a dados deve ser mais fluida, juntamente com a iniciação de pagamentos para oferecer aos consumidores uma experiência mais suave.”

Inclusão financeira e iniciação de pagamentos

Leonardo Enrique, da VISA, disse que para explicar o conceito de Open Finance para uma pessoa que não o conhece-se deve-se dividir “[…] em dois grandes blocos, uma na parte de compartilhamento de dados, isso pode favorecer muito a parte de inclusão financeira, e outra parte de iniciação de pagamentos.”

De acordo com o especialista, essa compreensão aprimorada está diretamente relacionada à inclusão financeira, ao mitigar inadimplências financeiras. 

Além disso, ele afirmou acreditar que a iniciação de pagamentos no âmbito do Open Finance passa de recomendações para etapas acionáveis, ampliando ainda mais a inclusão financeira.

Enxergando o cliente como ele realmente é

“O Open Finance é uma ferramenta poderosa para enxergar o usuário como ele realmente é, inclusive dentro de sua capacidade de obter e pagar créditos”, comentou Adriana Camargo, da Belvo.

Ela afirmou que a democratização dos serviços financeiros é fundamental para a inclusão social que buscamos e isso só é possível por meio do compartilhamento de dados.

Formando uma corrente de promotores

Camila Fonseca, do Banco Pan, analisou a importância da simplificação para envolver os clientes no conceito de Open Finance

“Quando falamos sobre essa ótica de educação, não necessariamente precisamos explicar o conceito de Open Finance, pois é complexo”, iniciou. 

“Se o cliente recebe uma proposta de valor que faz sentido para ele, naturalmente ele se insere no contexto e percebe os benefícios, tornando-se um promotor desse fundamento”, opinou a executiva.

A partir das visões apresentadas, você pode perceber como o debate ressaltou a necessidade de tornar o Open Finance mais acessível e compreensível para a população.

LEIA MAIS: