Não é nenhum exagero dizer que a conectividade se tornou um item de primeira necessidade na vida das pessoas, assim como a água encanada e a energia elétrica.

Afinal, é necessário ter acesso à internet para realizar muitas das atividades de trabalho, para estudar, para se comunicar com familiares e amigos etc. Isso se tornou ainda mais evidente com a pandemia da Covid-19, em que se necessitou praticar o distanciamento social e fez com que a maioria das pessoas realizassem suas atividades de casa.

Porém, nem todas as regiões do Brasil têm uma boa conectividade e o uso da energia solar é vista como uma alternativa das mais interessantes para contornar essa situação.

Conversamos sobre esse assunto com Augusto Carvalho, gerente de portfólio de energia da Imagem Geosistemas. Para saber sobre o que ele pensa sobre o assunto, siga conosco!

O panorama da conectividade no Brasil

Carvalho conta que a conectividade no Brasil tem evoluído a um ritmo interessante. Ele cita um estudo da CETIC, realizado em 2020, que mostra que 81% da população tem acesso à internet. O crescimento, se comparado a 2019, é muito grande, tendo em vista que, naquele ano, 74% dos cidadãos brasileiros estavam conectados.

Apesar disso, também é grande o número de pessoas que não têm acesso à internet em nosso país. De acordo com Carvalho, existem mais de 50 milhões de brasileiros que não têm acesso/conectividade à internet. 

O especialista também aponta os principais meios utilizados pela população conectada: “Dos 152 milhões de brasileiros com acesso à internet, 99% usam o celular para acessar a rede – apenas 42% usam o computador, que, curiosamente, já foi ultrapassado como modo de acesso pelas Smart TV, usadas por 44% da população”.

Principais dificuldades do acesso à internet no Brasil

No que se refere às dificuldades do acesso à internet no Brasil, Carvalho aponta três principais desafios que devem ser superados.

O primeiro deles é buscar meios para levar a conectividade para os mais de 50 milhões de cidadãos que ainda não usam a internet no seu dia a dia.

O segundo é mapear e reduzir as zonas sem cobertura e zonas de sombra. Nesse sentido, o especialista comenta: “embora 81% da população tenha acesso à internet, como menos de 10% do território nacional tem conectividade 4G, muitas das pessoas que ‘têm conectividade’ podem tê-la com baixa qualidade e de forma intermitente”.

O último desafio é acelerar a implantação das redes 5G que, de acordo com Carvalho, podem servir como um grande equalizador no que diz respeito à conectividade.

A energia solar como solução para melhorar a conectividade em áreas mais afastadas

Carvalho explica que, para termos conectividade, é preciso ter energia para alimentar os equipamentos de telecomunicações. Muitas vezes, os locais ideais para a colocação desses itens, sobretudo em zona rural, não são próximos de agregados populacionais. Isso acaba afetando a boa conexão em locais mais afastados.

A boa notícia é que a energia solar permite alimentar esses equipamentos com a energia do Sol, sem a necessidade de estender a rede elétrica para permitir energizá-los. 

Além disso, a energia é acumulada para que a internet também funcione à noite e em dias nublados, quando a iluminação do Sol não é tão grande. 

“É uma tecnologia altamente comprovada, de longa vida útil e baixa manutenção, cujo custo tem diminuído drasticamente nos últimos anos”, diz Carvalho.

A energia solar, portanto, tem se mostrado como uma alternativa para que a conectividade seja melhorada em áreas mais afastadas. Por isso, é interessante que governos e operadoras viabilizem esse tipo de investimento nessas áreas. 

Com uma melhor conectividade no campo, será possível praticar a agricultura de precisão, por exemplo. Saiba mais em nosso artigo que fala sobre esse assunto!

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