A democratização da conectividade e a inclusão digital no Brasil foi um dos temas debatidos na 2ª edição da Futurecom Digital Week, em uma plenária mediada por Caio Bonilha, partner da Futurion Análises Empresariais.

O debate também contou com a presença de:

  • Marcus Vinicius Galletti, diretor do Departamento de Projetos de Infraestrutura, do Ministério das Comunicações;.
  • Victor Ribeiro Silva, gerente de Tecnologia, da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo de Goiás;
  • Nilo Pasquali, superintendente de Planejamento e Regulamentação, da Anael; e
  • Marcos Conseglio, Sales Director, da SES.

Preparamos um resumo com os principais pontos que foram explorados pelos especialistas no decorrer da plenária. Confira mais a seguir!

Projetos promovendo a conectividade em diferentes setores

Embora a inclusão digital tenha acelerado muito nos últimos anos, ainda há muito o que ser feito em diversos setores, como no agronegócio.

Silva abriu a plenária fazendo um panorama sobre a situação da conectividade do agronegócio no Estado de Goiás: 

“A gente ainda tem uma conectividade limitada no campo. Muitas vezes, nós, que estamos nas capitais, não sabemos a dificuldade que é, na zona rural, as pessoas terem acesso à internet para o agronegócio”, constatou.

Ele contou ainda que há casos em que as pessoas precisam percorrer até 20 km para ter acesso ao sinal de celular. Para resolver essa situação, o Governo Estadual começou a disponibilizar a conectividade via satélite, para que esses agricultores possam ter acesso à internet. 

Galletti, representando o Governo Federal, apontou na plenária a questão da desigualdade social para o acesso à conectividade, no Brasil: 

“Especialmente na Região Norte, a gente tem um problema de infraestrutura, com suportes que são ausentes”, diz o convidado.

O diretor do Ministério das Comunicações contou que estão sendo desenvolvidos programas para levar mais conectividade à Região Norte, por meio de cabos subfluviais, nos rios da Amazônia.

Ampliando a estrutura de internet e acelerando a transformação digital

Ampliar as estruturas para, de fato, acelerar a transformação digital é um desafio no Brasil. A aposta em parcerias público-privadas tem sido uma alternativa para agilizar esse processo e vem sendo adotado por diversos governos estaduais.

Para isso, devem ser consideradas questões de regulamentação, como o uso secundário do espectro. Representando a Anatel, Pasquali comentou sobre o assunto:

“O espectro é o debate regulatório mais importante dos próximos anos. A questão que a gente deve enfrentar agora são os mecanismos de distribuição”, observou.

Além de trazer mais transparência, o uso secundário do espectro possibilita o monitoramento de eventual uso oportunístico da frequência. Acredita-se que, dessa forma, a digitalização poderá ser acelerada em todo o Brasil.

Já para as áreas em que só os satélites chegam, é esse o recurso que deve ser usado para promover a inclusão digital. Sobre isso, Conseglio diz:

“A conexão via satélite ainda é cara, mas está mais baixa que alguns anos atrás. As operadoras estão oferecendo aumento nas capacidades dos satélites, para diminuir preço”.

Por isso, se acredita que o investimento nesse recurso, por parte de governos e operadoras, é uma forma de democratizar o acesso à internet em todo o país.

Se você gostou do assunto e quer saber mais sobre os programas e políticas de democratização da conectividade e a inclusão digital no Brasil, acesse nossa plataforma e assista ao debate na íntegra!