No palco do Futurecom 2024, Mauro Carrusca, CEO da KER Innovation, trouxe uma visão instigante sobre o futuro da inteligência artificial (IA) e o papel do ser humano em ambientes cada vez mais automatizados.
Com uma carreira vasta e atuante como conselheiro em entidades como SUCESU MINAS, ACMinas, Cigré-Brasil, e ABINC-MG, Carrusca conduziu a palestra “Bem-vinda, IA. Agora o ser humano vai ser ainda mais relevante”.
No decorrer do evento, ele argumentou que a IA é um alicerce poderoso para o desenvolvimento humano.
Porém, ele acredita que na era dos robôs, as capacidades únicas das pessoas se tornam ainda mais essenciais para empresas e sociedade. Saiba mais a seguir!
IA: mais do que inteligência artificial, uma ferramenta para humanos
Carrusca iniciou a palestra criticando o próprio termo “Inteligência Artificial“, chamando-o de inadequado.
Nas palavras do especialista: “Inteligência é uma característica biológica, não da tecnologia. Também não é artificial, pois as respostas são baseadas em dados reais imputados por humanos ou por algoritmos”.
Sendo assim, no entendimento de Carrusca, a IA se baseia em dados coletados de diversas fontes, como textos, redes sociais, vídeos e até sensores da internet das coisas (IoT). Porém, o seu processamento depende inteiramente do aprendizado passado por seres humanos.
Para Carrusca, a IA é uma ferramenta e não uma substituta da capacidade humana. “O ser humano mostra-se cada vez mais relevante para as empresas”, disse.
Ele complementou dizendo que: “Somos insubstituíveis para criar, imaginar, sonhar, observar, perceber e tomar decisões diante de situações difíceis”.
Na visão de Carrusca, enquanto a IA avança em funções repetitivas, cabe ao ser humano guiar esses avanços com a habilidade de interpretar nuances e sentimentos.
Colaboração criativa entre humanos e IA
A convergência entre IA e inteligência humana é, para Carrusca, o caminho para a inovação.
Ele citou o exemplo do robô OceanOne, um humanoide desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Stanford.
Equipado com IA e câmeras que replicam a visão humana, o OceanOne é capaz de explorar profundezas marinhas inalcançáveis para seres humanos.
O robô realiza tarefas que seriam impossíveis sem tal combinação de tecnologia e controle humano.
“Devemos unir o poder de computação das máquinas com o poder da criatividade humana”, afirmou Carrusca.
Segundo Carrusca, a IA se torna um complemento que potencializa a capacidade humana de fazer conexões, criar novas soluções e tomar decisões complexas.
As competências do futuro: soft skills e curiosidade
Carrusca enfatizou a importância de habilidades humanas — ou soft skills — em um ambiente de trabalho compartilhado com a IA.
“A maioria das habilidades técnicas exigidas numa contratação podem ser desenvolvidas”, comentou o palestrante.
Ele reforçou que, em uma era onde a IA pode desempenhar funções analíticas e operacionais, características como empatia, comunicação e liderança fazem a diferença.
Para se destacar, ele acredita que as pessoas devem cultivar curiosidade, senso crítico e criatividade.
“Um artista que usa IA para se inspirar ou melhorar a qualidade de seu trabalho está usando a ferramenta para expandir seu olhar e evoluir sua arte”, exemplificou.
Esse equilíbrio entre habilidades técnicas e criativas permite que os trabalhadores maximizem o potencial da IA sem perder a essência humana.
Criatividade: o papel essencial do ser humano no futuro
Perguntado sobre o papel essencial do ser humano em um ambiente cada vez mais orientado pela IA, Carrusca resumiu em uma palavra: “criatividade”.
Ele reforçou que, enquanto a IA avança na precisão e eficiência, o valor humano reside em sua capacidade de criar e inovar.
“A IA é uma ferramenta poderosa para impulsionar e dar eficiência a muitas tarefas e processos repetitivos. Mas é importante lembrar que a qualidade dos resultados depende da quantidade e da qualidade dos dados usados no aprendizado da IA“. finalizou Carrusca.
Resuminindo a palestra de Carrusca, podemos dizer que ele afirma que não devemos temer a IA, mas sim das as boas-vindas às novas tecnologias. Elas serão nossas aliadas em diversas atividades e tornarão o ser humano ainda mais relevante.
Para continuar se informando, leia agora nosso artigo que fala sobre como a reprodução da ação humana demanda bons humanos!