Você já ouviu falar em tecnologia inclusiva? Trata-se do uso de qualquer item, equipamento ou programa para manter ou melhorar os recursos funcionais de pessoas com deficiência.

O conceito está em alta e tende a crescer muito, já que os recursos tecnológicos podem contribuir para que todos tenham mais qualidade de vida.

Para saber mais sobre o papel que a tecnologia exerce na vida das pessoas com deficiência, bem como o que podemos esperar dessa área, siga a leitura!

O papel da tecnologia inclusiva na vida das pessoas com deficiência

De acordo com o advogado e instrutor do IN Movimento Inclusivo, César Eduardo Lavoura Romão, a tecnologia inclusiva apresenta duas formas de contribuição para as pessoas com deficiência: a visibilidade e a acessibilidade.

Em suas palavras: “A tecnologia nos empoderou, permitindo que as pessoas com deficiência, historicamente segregadas, tivessem maior visibilidade, abrissem seus espaços de fala e organizassem seus movimentos em prol da inclusão nos diversos segmentos sociais. Também é notável o desenvolvimento de tecnologias assistivas ampliando a acessibilidade em todas as suas dimensões, especialmente arquitetônica e comunicacional”.

Visão similar tem Germano di Polto, engenheiro e sócio-fundador da Almaroma, empresa que tem como foco a inclusão social no mercado de trabalho. Ele explica: “A tecnologia vem proporcionando uma melhoria na vida de pessoas com deficiência e outros grupos com limitações de mobilidade ou mesmo de acesso aos meios tradicionais de comunicação e informações”.

Leia mais: Internet para todos: acessibilidade abre portas e amplia possibilidades com uso da tecnologia

Polto ainda destaca os principais pontos em que a tecnologia inclusiva proporciona melhorias na vida das pessoas com deficiência. São eles:

  • Saúde;
  • Trabalho;
  • Educação;
  • Mobilidade;
  • Comunicação; e
  • Acessibilidade digital.

Inovações que já estão no mercado

O mercado atual já conta com diversas inovações para pessoas com deficiência. Romão e Polto nos deram algumas indicações. São as seguintes:

  • TelepatiX: solução para que pessoas com limitações severas de mobilidade, como paralisia cerebral, possam escrever e vocalizar frases com poucos movimentos ou com o piscar dos olhos;
  • Seeing Al: aplicativo baseado em inteligência artificial que auxilia pessoas cegas a entenderam o que se passa ao redor delas;
  • Be My Eyes: plataforma que reúne voluntários que ajudam pessoas cegas ou com visão limitada por meio de chamadas de vídeo;
  • Hand Talk: aplicativo que faz a tradução automática de conteúdos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras);
  • Audima: aplicativo para que textos de sites possam ser ouvidos.

Tendências em tecnologia inclusiva para os próximos anos

Quando questionado sobre o que podemos esperar para o futuro da tecnologia inclusiva, Romão se mostra otimista, apesar de pensar que ainda estamos longe de um cenário ideal.

“Apesar da crise, que atinge com maior intensidade os grupos vulneráveis, acredito que muitas empresas já perceberam que existe uma rede de consumidores interessada nesses produtos, pois, além das pessoas com deficiência, temos familiares, profissionais especializados em educação, saúde, reabilitação, inclusão laboral e etc, que buscam tecnologias para a diminuição das barreiras”, diz ele.

Romão destaca ainda novidades que devem surgir nos próximos anos, como o uso da impressão 3D para a criação de recursos com baixo custo, óculos que escaneiam e transformam textos em áudio e aplicativos que conectam pessoas com intérpretes de Libras.

Polto também cita algumas tendências para a tecnologia que despontarão nos próximos anos. Entre as principais, ele destaca:

  • Dispositivos de braille mais acessíveis;
  • Redes sociais para comunidades com deficiências específicas;
  • Soluções de robótica para assistência a pessoas com deficiência;
  • Aumento substancial na adoção de tecnologias assistivas, devido à maior divulgação e disponibilização das soluções;
  • Adoção de soluções que favoreçam a utilização sem interação física, como navegação por voz e sensores de ultrassom;
  • Utensílios para pessoas com deficiências motoras, como colheres com estabilizador para minimizar os efeitos de tremores.

Não há dúvida de que a tecnologia inclusiva está em pleno desenvolvimento e que cada vez auxilia mais pessoas com deficiência a levarem vidas dignas e confortáveis.

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