“Redes Neutras, Connectivity as a Service e seu poder transformador”: esse foi o tema discutido em uma das plenárias realizadas no Futurecom 2023.

Participaram do debate os seguintes especialistas:

  • Ailton Santos: CEO da Nokia;
  • Gustavo Divinsky: vice-presidente of sales da Infinera;
  • Márcio Estefan: COO da I-Systems;
  • Daniel Laper: director of new business da American Tower;
  • Pedro Arakawa: vice-presidente de negócios da V.Tal; e
  • André Kriger: CEO da FiBrasil.

O painel foi mediado pela jornalista Ana Paula Lobo, editora do portal Convergência Digital. Acompanhe abaixo um resumo dos principais pontos debatidos no evento!

O amadurecimento do mercado de telecomunicações

André Kriger, CEO da FiBrasil, falou sobre o notável amadurecimento do mercado de telecomunicações, especialmente no segmento de rede neutra. Ele destacou uma evolução significativa ao longo do último ano.

“Quero trazer um dado recente: hoje, 18% dos acessos de banda larga de fibra no Brasil já estão conectados em uma das nossas quatro redes. Essa porcentagem deve ultrapassar os 20% até o final do ano, o que demonstra um crescimento acelerado”, explicou.

Ainda segundo ele: “A rede neutra, de fato, tem se mostrado um modelo de negócio vencedor. Cada vez mais, provedores e outras empresas de serviços têm direcionado seu olhar para esse tipo de modelo, visando expandir sua gama de ofertas. Portanto, percebemos um amadurecimento muito significativo neste último ano.”

Márcio Estefan, COO da I-Systems, complementou a fala de Kriger, reiterando o crescimento do mercado. 

“Observamos um amadurecimento substancial no mercado. Dos 140 milhões de acessos residenciais existentes no Brasil, já temos mais de 30, quase 30 e poucos milhões conectados às nossas redes. Dos 46 milhões de acessos totais, como mencionado, já contabilizamos quase 20%, o que equivale a cerca de 7 a 8 milhões de acessos em nossas redes, e esse número continua crescendo”, disse.

O atual momento da fibra no Brasil

Ailton Santos, CEO da Nokia, discorre sobre o cenário atual da fibra no Brasil, enfatizando a importância e os avanços tecnológicos direcionados especificamente para redes neutras.

“Quando discutimos, por exemplo, rotas de longa distância, não podemos apenas considerar o acesso, mas também o backhaul e o backbone. Desenvolvemos uma solução capaz de proporcionar alta capacidade, como 400 ou 800, sem intermediários”, analisou.

“Já temos exemplos no Brasil onde conseguimos reduzir significativamente o custo por bit ao trabalhar com redes neutras. Isso viabiliza coisas como os Edge Data Centers, abrindo caminho para outros serviços e para toda a cadeia”, diz ele.

A sustentabilidade econômica das redes neutras

Questionado sobre a sustentabilidade econômica das redes neutras, Pedro Arakawa, vice-presidente de negócios da V.Tal, falou sobre a importância da ocupação para garantir a viabilidade, especialmente em cidades menores.

“Tem uma sustentabilidade econômica, porque nós já temos uma capilaridade muito grande. O que é importante é a ocupação naquela cidade menor. Ainda que ela seja pequena, se ela tem uma ocupação alta, que é algo que a rede neutra viabiliza, o modelo para em pé. A gente tem muitos, muitos municípios pequenos já com FTTH, já com fibra para 5G”, disse o executivo.

Daniel Laper, director of new business da American Tower, também opinou sobre o tema e disse que: “Hoje o Brasil tem, talvez, uma das maiores penetrações de fibra óptica do mundo, muito em função do movimento que foi feito pelos provedores.”

Ele complementa: “A gente estudou muito isso no momento em que estávamos fazendo o nosso deployment. Todos nós aqui temos uma disciplina muito grande sobre a alocação de CAPEX, alocação de investimentos”.

Tendências dos ISPs: utilização ou venda de infraestrutura de rede para sobrevivência no mercado

O vice president of sales da Infinera, Gustavo Divinsky, falou sobre a importância dos ISPs na democratização do acesso à banda larga no Brasil.

Questionado sobre a utilização ou venda de infraestrutura de rede para a sobrevivência desses negócios no mercado, o especialista se aprofundou.

“Como fornecedor, trabalhamos para reduzir o CAPEX. E nosso trabalho, quanto mais a gente consiga usar tecnologia para reduzi-lo, mais companhias vão conseguir a última tecnologia e, com isso, as redes vão ser padronizadas”, disse.

Esses foram apenas alguns dos insights compartilhados pelos especialistas convidados em nosso painel. Para saber mais, faça a sua inscrição gratuita na Plataforma Futurecom e veja o encontro na íntegra agora mesmo!