A tecnologia se move em uma velocidade impressionante, e muitas vezes mudanças que parecem ter acontecido há décadas só surgiram na verdade há poucos anos. Como exemplo, basta lembrarmos que o primeiro iPhone, considerado o marco inaugural dos smartphones modernos, foi lançado em 2007.

De lá para cá, os dispositivos se tornaram indispensáveis, e hoje praticamente todas as pessoas realizam atividades diversas com seus celulares. Mas o que ainda vai mudar na tecnologia até 2030? Esse foi justamente o tema de um dos painéis da Arena 4CORP by Google realizada no Futurecom 2022.

Diretor de Vendas e Produtos da FiberX, Juelinton Silveira falou sobre o tema “Um mundo inteligente e conectado: uma previsão do mundo da tecnologia em 2030 e suas oportunidades” em palestra realizada no dia 19 de outubro. Confira abaixo!

Saúde e agricultura inteligentes

Há muito temos ouvido o termo smart, ou inteligente, para os mais diversos segmentos. Segundo Silveira, a adoção cada vez maior de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) irá transformar principalmente dois aspectos fundamentais da vida humana: a saúde e a agricultura.

De acordo com o especialista, diagnósticos e procedimentos médicos serão beneficiados com tais avanços e já serão realidade até 2030, assim como um aumento na produção de alimentos pelo setor agro.

“Podemos aumentar em 60% a quantidade de comida produzida no mundo, então isso é muito importante”, destacou o especialista, destacando ainda o uso de impressoras 3D e o uso de técnicas artificiais para a produção de alimentos.

Segundo o representante da FiberX, o cada vez maior acesso em fibra óptica tem uma projeção de impacto para o ano analisado, o que trará cada vez mais avanços em diversos segmentos também na residência das pessoas.

“Em 2030, 23% das casas já terão acesso em fibra de 10 giga, e em 40% das empresas já terão acesso Wi-Fi de 10 giga, chegando a 1.6 bilhões de assinantes em fibra óptica”, explica o palestrante.

Metaversos como fontes de dados para o mundo real

Outro termo da moda nos últimos tempos é o metaverso, ao ponto do Facebook, um dos maiores gigantes do Vale do Silício, ter mudado seu nome para Meta, de olho neste segmento que promete trazer grandes alterações para pessoas e empresas.

Silveira classifica os ambientes digitais como mundos paralelos altamente conectados que podem trazer vantagens ao mundo real, como ao angariar dados que sirvam de parâmetro para inovações físicas, o que será realidade em 2030.

“O mais importante desse mundo paralelo é que ele vai voltar dados pro mundo, fazendo com que você consiga melhorar a nossa vida, agregando valor para todas as pessoas”, diz ele.

Fontes de energia renovável como chave para a próxima década

O especialista prosseguiu, destacando também que as energias renováveis terão um avanço enorme, auxiliando assim o setor de mobilidade pública.

“Em 2030 já teremos 50% de toda a energia já provinda de fontes renováveis, e 50% dos veículos vendidos já serão elétricos”, explica o executivo, destacando também usinas eólicas, plantas solares, hidrogênio verde e energia nuclear.

De acordo com o Diretor da FiberX, o hidrogênio verde poderá ser a chave para o setor energético na próxima década. Ele comenta:

“Na minha visão o hidrogênio verde é o próximo da lista que vai se desenvolver e trazer novas soluções em energias renováveis.”

Silveira também observa que até a data simulada o mundo já terá mais de 1 milhão de empresas usando redes de 5G privadas. De acordo com ele, sensores de todos os tipos, assim como a manufatura inteligente, a integração de tecnologias e o desenvolvimento de softwares serão regra em 2030.

“A gente vai ver cada vez mais os integradores crescendo e investindo para poder integrar todas essas conexões que estão acontecendo ao mesmo tempo. Uma tecnologia como o 5G não acontece sozinha, ela precisa de hardware, precisa de nuvem, e precisa de todas essas pessoas trabalhando nisso”, explica.

O cenário das tecnologias em blockchain em 2030

Já no fim de sua apresentação, o representante também apontou que o blockchain já será ordem na década seguinte, e quem não se adaptar a tal cenário corre o risco de se tornar obsoleto na disputa por mercado.

Segundo ele, 85% das empresas já terão adotado tecnologias em blockchain até 2030. Silveira também aponta que, até o período, a cada 10 mil trabalhadores humanos teremos 390 robôs atuando em ações laborais.

O executivo finaliza destacando que tais dispositivos também trarão muitos dados importantes, realizando a integração entre software e hardware e trazendo oportunidades diversas em mecatrônica e outras áreas similares.

“A tecnologia não significa nada até trazer algum valor ao indivíduo e à sociedade”, encerra o convidado, reiterando que, mesmo com tais avanços cada vez mais evidentes, a inteligência e colaboração humana seguirão sendo primordiais.

Quer conferir outros painéis realizados na Arena 4CORP by Google do Futurecom 2022? Acesse o Futurecom Xperience e saiba tudo sobre o evento!