O mercado livre de energia vem revolucionando o setor energético brasileiro desde a sua implementação, em 1995. 

Por meio dele, consumidores de grande porte já usufruem da possibilidade de escolher os seus fornecedores de energia. Isso incentiva a economia e a sustentabilidade.

Com a abertura do mercado para novos grupos de consumidores, em janeiro de 2024, e a previsão de extensão para todos os cidadãos em breve, surgem novas demandas e desafios. 

Nesse contexto, entrevistamos Luiz Vianna, presidente do Lactec, um centro de pesquisas privado e autossustentável, para explorar como o desenvolvimento de software se encaixa nesse cenário promissor. Confira!

Um mercado em constante transformação

O mercado livre de energia é uma realidade para consumidores de grande demanda desde 1995. 

Ele oferece a possibilidade de negociar diretamente com fornecedores, o que resulta em uma significativa redução de custos. 

“O Lactec está no mercado livre desde 2017 e conseguimos reduzir em um curto espaço de tempo 30% da nossa conta de energia”, relata Vianna. 

O presidente da entidade conta que, além da economia, esse mercado incentiva a competitividade e tem um papel crucial na formação de preços no setor.

Ele acredita que, com a expansão do acesso ao mercado livre de energia, um universo de oportunidades se abre, especialmente no que diz respeito à tecnologia.

“Os desafios são muitos, porém, no Brasil, encontramos tecnologias de ponta para superá-los, como a inteligência artificial,” afirma o presidente do Lactec.

Desafios tecnológicos e a ascensão dos softwares

No coração dos desafios enfrentados pelo setor de energia, encontram-se inúmeras oportunidades para o desenvolvimento de soluções de software

Desde a gestão de redes inteligentes até a intermitência das fontes renováveis, os softwares surgem como um elemento fundamental para a otimização do setor. 

“Atualmente é muito difícil um projeto que não envolva desenvolvimento de software como parte de suas soluções,” destaca Vianna.

A eficiência energética, a segurança cibernética, e a gestão de recursos são apenas alguns dos campos nos quais os softwares podem fazer uma diferença significativa. 

Nas palavras do representante do Lactec: “A segurança cibernética também é um ponto de atenção, já que, com ela, se torna possível prevenir ataques cibernéticos e implantar sistemas de monitoramento,” exemplifica.

A revolução dos dados e a otimização de processos

A capacidade de análise de dados oferecida pelos softwares modernos pode transformar a eficiência e a confiabilidade do setor de energia. 

“Por meio da análise de dados, os softwares também podem prever falhas em equipamentos antes que ocorram, permitindo a manutenção preventiva e reduzindo o tempo de inatividade,” comenta Vianna.

Essa revolução digital promove a eficiência operacional e abre portas para a implementação e operação de redes elétricas inteligentes.

Colaborações estratégicas para inovação energética

A interação entre empresas de tecnologia e do setor energético não é apenas benéfica; é essencial para o avanço e inovação. 

Vianna ressalta: “As parcerias são altamente benéficas para ambas as partes, e também para a população em geral.” 

Segundo o pesquisador, essas colaborações fomentam o desenvolvimento de soluções tecnológicas que endereçam desafios específicos.

Ele também explica que o trabalho colaborativo fortalece as infraestruturas energéticas e contribuem para um fornecimento mais seguro e confiável.

Olhando para o futuro do mercado livre de energia

O futuro do mercado livre de energia é promissor e está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento tecnológico. 

“Os desafios são constantes e um deles é a modernização do sistema como um todo,” aponta Vianna, destacando a importância da legislação, regulamentação, e da diversificação de matrizes energéticas. 

De acordo com Vianna, a implementação de sistemas avançados de monitoramento e análise de dados, como o uso de sensores IoT, análise de big data e inteligência artificial, representa as tendências que moldarão o futuro deste mercado.

Ele destaca: “O Brasil tem um enorme potencial para se tornar um dos maiores players do setor elétrico mundial, com a chance de realizar essa evolução de maneira ambientalmente adequada e economicamente viável”.

Ou seja, na opinião do presidente do Lactec, o nosso país tem uma posição privilegiada, tendo em vista que contamos com uma matriz energética predominantemente limpa.

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