Se antes da emergência de saúde causada pela Covid-19 a prioridade das empresas privadas era a redução de custos, hoje as companhias estão olhando muito mais para a produtividade, agilidade e eficiência no ambiente digital. Foi o que afirmou o analista de Pesquisa e Consultoria de Software da IDC, Fabio Martinelli, durante apresentação na 23ª edição do Futurecom, feira de conectividade que acontece em São Paulo. Segundo ele, a fase de definição de padrões para o trabalho remoto e estabelecimento de segurança digital já foi superada.

A International Data Corporation (IDC) é a principal fornecedora global de inteligência de mercado em tecnologia da informação, de consumo e telecomunicações. O estudo apresentado no congresso “A era da interação de dados, pessoas e negócios conectados” do Futurecom mostrou que 19% das empresas ouvidas ainda têm resistência à inovação, enquanto 33% seguem uma estratégia de “digital first”.

“Vivemos a era da transformação do consumo. Isso acontece com bancos, supermercados, relacionamentos, e vai acelarar cada vez mais, então é necessário antecipar a demanda do cliente para ser competitivo. As empresas se digitalizam exatamente por demanda do mercado, e devem realizar estudos de viabilidade para avançar com as tecnologias mais utilizadas de forma segura inclusive no dispositivo móvel e no trabalho remoto, com parceiros confiáveis e, idealmente, sem que o cliente na ponta perceba qualquer prejuízo no serviço prestado”, explicou Fabio Martinelli.

Como transformar a cultura digital de uma empresa

O estudo de caso sobre o estado da digitalização no Brasil foi feito pela IDC em parceria com a DocuSign, empresa de gerenciamento de contratos eletrônicos. O diretor de Soluções para a América Latina da companhia, Norbert Otten, disse que o próximo desafio é criar um pensamento digital de início transformando a cultura digital da empresa, e não apenas executar processos analógicos com meios digitais.

“Passada a fase de adequação, entramos no ‘mood’ de como extrair o melhor dessa transformação digital para a qual fomos empurrados, como melhorar a maneira como faço negócios nesse ambiente. As empresas com resistência à inovação, precisam entender que o treinamento para que as pessoas operem os sistemas se torna o seu empoderamento. Não adianta só realizar processos analógicos utilizando meios digitais, o ideal é ter um pensamento digital de início, uma transformação de cultura”, disse o especialista.

Norbert Otten ainda ressaltou a importância da assinatura eletrônica para garantir cláusulas corretas, contratos específicos para serviços e produtos e acordos complexos com o clique de um botão. “É imperativo ter integrações digitais nítidas dentro do compliance da empresa, mas também facilitadas de forma fluida e não burocrática. O parceiro de negócios deve fazer com que seus colaboradores entendam que a vida será mais rápida desbloqueando metadados para fazer análises de grande profundidade e auxiliar na tomada de decisões estratégicas”, completou o diretor.

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