Por Júlia Bertazzi*


Sustentabilidade é um dos temas mais discutidos na atualidade, e quando pensamos sobre esse tema, também pensamos em ESG. A sigla, que pode ser traduzida como Ambiental, Social e Governança, remete ao quanto uma empresa se engaja em reduzir os danos ao meio ambiente e à sociedade, atuando de maneira sustentável, por meio da adoção de melhores práticas administrativas.

Dentro da esfera ambiental, há dois conceitos importantes voltados à utilização de energia. O primeiro se refere à sustentabilidade ambiental, com o uso de energias renováveis (origem de recursos naturais) e engloba energia eólica, solar, hídrica, biomassa, entre outros. Já o outro remete à Eficiência Energética, cujo objetivo é a utilização eficiente da energia, ou seja, fazer mais com menos.

A Eficiência Energética não é um termo novo, ele já está presente de forma consolidada em projetos de engenharia, visto que o menor consumo de energia, bem como de recursos como um todo, representa menores custos de produção.

São várias as formas de desperdício, mas também as oportunidades de melhorias que podem ser traduzidas em ações simples ou complexas e elaboradas. As ações simples englobam a elaboração de um plano de manutenção corretiva e/ou preventiva, implementação de sistemas de medição e monitoramento de energia em toda a fábrica e também em processos específicos, assim como para monitorar recursos (água, matéria prima etc) e ativos (temperatura, pressão, vibração e outros fatores).

Os projetos e ações elaborados podem envolver a obtenção e análise massiva de dados processados de forma integrada para obtenção de informações importantes sobre todo o sistema de produção, de forma a apoiar os tomadores de decisão em direção à sustentabilidade e eficiência energética. Este cenário é apoiado principalmente pelas tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, que tratam de ganhos contínuos de produtividade e eficiência de recursos a serem entregues em toda a rede de valor.

Não apenas o consumo de energia será mais bem controlado, mas o fornecimento de energia será mais confiável de forma que as cidades se tornem mais sustentáveis. As smart grids são parte essencial deste cenário.

Smart grids são redes inteligentes de transmissão e distribuição de energia com base na troca de dados interativa entre todas as partes da cadeia energética, ou seja, os consumidores e os fornecedores de energia, sejam eles de pequeno a grande porte, formam uma estrutura ampla de comunicação de forma que o melhor consumo energético seja realizado por toda a rede. Elas controlam a geração de energia e evitam sobrecarga da rede, já que durante todo o tempo apenas é gerada tanta energia quanto o necessário.

Discussões inovadoras e tendências atuais do mundo da engenharia, como a abordada neste artigo, são comumente discutidas na VDI-Brasil, Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha, reconhecida como a maior associação técnico cientifica da Europa. Entre em contato e saiba mais: [email protected]


*Júlia de Andrade Bertazzi é engenheira e Gerente de Projetos na Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha. 

*Conteúdo criado pela equipe da A Voz da Indústria, clique aqui para acessar o artigo original.