A 2ª Edição do Futurecom Digital Week, recentemente realizado, trouxe uma série de conteúdos de grande importância para os setores de telecomunicações e tecnologia. Uma delas incluiu um painel sobre estratégia digital e a entrega de serviços do Governo.

O mediador do debate foi Guilherme Dominguez, co-founder e CEO do BrazilLAB. Também participaram do encontro:

  • Rodrigo Felisdoro: diretor de Gestão da Estratégia Digital, do Tribunal de Contas da União (TCU);
  • Maria Teresa Lima, diretora-executiva para Governo, da Embratel; e
  • Rogéro Nogalha Lima, diretor de Tecnologia, do Ministério da Economia.

Veja, a seguir, quais foram os principais tópicos que foram discutidos nesta importante conversa do evento.

Evitando a digitalização da burocracia através da avaliação da necessidade de serviço

Rogério Nogalha Lima iniciou a plenária explicando que o processo de digitalização ocorre de forma bastante intensa no Ministério da Economia. Conforme ele informou, há uma secretaria que se responsabiliza apenas por esse tipo de atividade:

“Temos um comitê de governança digital, onde tem assento o secretário-executivo e os secretários especiais onde foram aprovados trabalhos dentro desses três anos (de atuação do Governo atual), sendo alguns projetos considerados destaque”, diz.

Entre os exemplos apresentados estão os portais e aplicativos do Governo, que servem para a população acessar os serviços públicos de forma simples e sem muita burocracia, como o sistema para recebimento do Auxílio Emergencial, oferecido como renda para os cidadãos durante a pandemia da Covid-19.

Inclusão digital

Maria Teresa Lima, representante da Embratel, participou da plenária comentando sobre o papel das empresas privadas no apoio aos governos. Ela explicou sobre isso falando sobre o auxílio emergencial, pago na fase mais aguda da pandemia.

“Quando nós fomos chamados para implementar esse serviço de atendimento ao cidadão, nós, inicialmente percebemos que o volume de chamadas seria extremamente elevado. Nós tomamos até mesmo a decisão de comprar uma plataforma nova, exclusiva para essa finalidade”, contou.

O pagamento do Auxílio Emergencial foi essencial para digitalizar e bancarizar a população brasileira. O Governo Federal conseguiu implementar isso em um prazo bem curto e muitas pessoas tiveram, pela primeira vez, a inclusão em programas digitais.

Governança e proteção de dados

A governança e a proteção de dados também devem fazer parte da estratégia digital de entrega de serviços digitais. Rodrigo Felisdoro, do TCU, falou sobre o redesenho das ações digitais na sociedade:

“A missão do Tribunal de Contas da União é aprimorar a gestão pública para a sociedade. E, a gente entende que, no contexto em que estamos inseridos, temos oportunidades de ganhos lineares e dar saltos com uso de dados”. 

Assim, segundo o especialista, o TCU pode ser cada vez mais parceiro dos órgãos da administração pública da União, para que possam ter uma ação mais preventiva que reativa.

Dados abertos

As políticas de dados abertos também devem estar em conformidade com as novas estratégias digitais para a entrega de serviços.

Nesse sentido, Lima disse: “O Governo tem feito migração para nuvem de forma muito rápida. Com essa maturidade maior, o que eu percebo é que os órgãos começam a ter uma visão mais ativa e cautelosa em relação à segurança da informação”.

Entre outras coisas, é necessário ter uma visão ampla, tendo em vista que é preciso planejar melhor a segurança de dados abertos. Assim, se evitam mais facilmente os casos de eventos, como o recente ataque hacker ao sistema Datasus.

Gostou do tema e quer saber mais sobre o que foi debatido na plenária sobre estratégia digital e entrega de serviços? Acesse agora a plataforma da Futurecom Digital Week e assista à conversa na íntegra!