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Como popularizar o conceito de cidades inteligentes no Brasil?

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O painel de abertura do Future GOV desmistificou a ideia de que as smart cities só dependem de tecnologias complexas,

O congresso do Futurecom 2022 trouxe nesta edição uma profunda discussão em torno dos desafios e caminhos para a fortalecimento do conceito de cidades inteligentes no Brasil, que ficou inteiramente concentrada no Future GOV. E a abertura desta trilha de conteúdo foi direto ao ponto, ao abordar o tema “Cidades inteligentes à la brasileira: aprendizados e descobertas”, cujo foco esteve baseado em como “construir” as smart cities em todo o País, considerando as necessidades e entraves inerentes das pequenas cidades. 

Participaram deste painel o gerente de Projetos do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Leonardo Luciano de Almeida Maia, o prefeito da cidade mineira de Caxambu, Diogo Curi, o prefeito de Santa Rita do Sapucaí (MG), Wander Wilson Chaves, e o seu secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Públio de Paiva Teles. 

Em abril de 2021, o Inatel anunciou um projeto-teste em parceria com o BNDES, o Pilotos IoT & Cidades Inteligentes, para levar projetos de smart cities para alguns municípios, incluindo ambas as cidades representadas no evento. Neste debate, portanto, foram apresentadas as primeiras impressões das aplicações de soluções inteligentes para iluminação, segurança e rastreamento de veículos. O principal objetivo do projeto é criar nas cidades envolvidas uma infraestrutura inicial para aplicação de tecnologias de sensoriamento e inteligência artificial, que facilite as decisões dos gestores públicos na utilização dos recursos.

O melhor começo é a simplicidade

“Atualmente, 95% dos municípios brasileiros sofrem com a falta de capacitação técnica para fomentar o conceito de cidade inteligente. Um segundo desafio é a falta de recurso financeiro para investir nesta frente. Por isso, não é pelo emprego direto da inteligência artificial e do Big Data que uma cidade deve iniciar a sua jornada como smart city. O mais importante é começar pela base, buscando maior eficiência energética na iluminação pública e no monitoramento da frota da própria prefeitura, por exemplo”, disse o gerente do Inatel no início da sua explanação. “Assim, toda prefeitura tem condições de dar este primeiro passo.” 

Ele reforçou que, o mais importante, é fazer projetos bem estruturados dentro da realidade dos municípios. “O ideal é começar em pequena escala, para que se possa enxergar as vantagens obtidas com estes investimentos”, complementa Maia. “Algumas prefeituras estão buscando o Inatel para fazer parceria para projetos customizados, que atendam à realidade e as condições financeiras que o município tem”, enfatizou o especialista, que ainda alertou que o BNDES e outros bancos de fomento já oferecem linhas de financiamento para projetos de cidades inteligentes. 

A educação por trás das smart cities

Começar pelo básico foi o que fez a cidade de Santa Rita do Sapucaí, município mineiro com cerca de 45 mil habitantes. Por lá, o passo inicial foi, justamente, no emprego da inteligência na iluminação pública, no monitoramento da cidade e em mais duas iniciativas dentro da própria prefeitura: o rastreamento da frota e a redução no uso do papel por meio da digitalização. “Tudo o que traz economia muito favorece as pequenas cidades. Na medida em que se faz o possível, os frutos vão surgindo e novos passos vão sendo dado.” 

Outro ponto destacado pelo prefeito Wander Wilson Chaves é a vital importância da educação por trás da construção das cidades inteligentes. Para ele, existe a permanente necessidade de trabalhar um modelo de educação para que todos os cidadãos possam usufruir deste conceito. “Uma cidade inteligente precisa se preocupar em preparar as pessoas para viverem em uma cidade inteligente. A tecnologia é ótima, mas é preciso olhar também para o pilar educacional. Conectando as tecnologias com a educação e a cultura, teremos cidades cada vez mais inovadoras. 

O poder da comunicação

Outro conceito-chave nesta pauta diz respeito à comunicação entre o poder público e os cidadãos, conforme destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de Santa Rita do Sapucaí, Públio de Paiva Teles. “Se a prefeitura trabalhar bem as redes sociais, 70% do caminho já está percorrido. Importante acrescentar que não basta colocar equipamento nas ruas para ser uma cidade inteligente. A cidade inteligente é uma soma de fatores, dentro e fora da administração pública.” 

Em complemento, o prefeito da também mineira Caxambu, Diogo Curi, foi outra voz que ecoou a importância que se deve dar à comunicação, tanto em termos de fomentar a educação e a conscientização, como em conectar o cidadão com o poder público. “Este é um princípio básico para expandir as cidades inteligentes e os aplicativos ajudam muito nesta missão. Por aqui, o cidadão já pode fazer usufruir de muitos serviços por meio do digital. Temos até botão de pânico para mulheres que estejam em perigo que as conectam à polícia”, relatou o prefeito. 

Nesta jornada, em parceria com a Inatel, Caxambu também começou apostando em iluminação inteligente e no cercamento digital, por meio do monitoramento das placas dos veículos e da própria cidade. “Essa é a base para que novas tecnologias sejam adotadas, sem esquecer da também necessária superação de grandes obstáculos, como orçamento, burocracias e a necessidade de evitar fornecedores sem idoneidade.”

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