Que IA é o hype do momento, ninguém questiona. Mas, como a Inteligência Artificial combinada com outras tendências tecnológicas podem auxiliar gestores a tomarem decisões mais rápidas e assertivas?
O painel sobre as aplicações da IA tanto em gestão de serviços, projetos e processos, como na segurança da informação aconteceu nesta terça-feira, 3 de outubro de 2023, às 9h30 no congresso do Futurecom 2023.
Com mediação do Fernando Gomes de Oliveira, ACATE e I2AI, o debate “Onde a Inteligência Artificial Generativa encontra os negócios (e a sociedade)?” contou com Walkiria Schirrmeister Marchetti, Bradesco; Daniel Domingos, Cogna; Paulo Antonialli, AmDocs; Mario Rachid, Embratel; Claudia Nolla, IBM; Miriam Wimmer, ANPD; e Izabela Anholett, CTO, Exame.
Fernando Gomes de Oliveira da ACATE e I2AI apresentou o dado de que o Chat GPT já tem 1 bilhão e meio de usuários ativos, mas nos últimos 3 meses tem tido uma queda de acessos. Isso se dá por conta do uso da Inteligência Artificial Generativa sem um foco de resolução de problemas de negócios, apenas pelo hype.
Claudia Nolla da IBM disse durante o painel que “houve uma mudança de mindset na empresa, que deixaram de encarar a IA solução para coisas pontuais, e mais um redesenho completo dos processos.” Segundo a palestrante, CEOs pretendem triplicar os seus gastos com IA generativas, mas para isso, o investimento precisa se justificar, estando de acordo com os KPIs e objetivos das empresas.
Mario Rachid da Embratel apresentou o trabalho interno que a Claro faz para testar modelos de Inteligência Artificial com dados internos, que podem ser utilizados para outras soluções e como consultoria de empresas. Segundo o palestrante, “Hoje, a gente faz um trabalho dentro de casa com um comitê na Claro para definir prioridades, quais dados podem ser usados em conformidade com a LGPD”. Como exemplo, Mairo diz que o atendimento dos clientes já melhorou em desempenho.
Walkiria Schirrmeister Marchetti do Bradesco apresentou a jornada interna da empresa para lidar com a IA Generativa. Em primeiro lugar foi iniciado um debate educativo com os executivos da empresa e posteriormente com os diretores das áreas de negócios. Em seguida, a equipe de influenciadores foi integrada e diversos cases de aplicação foram apresentados, priorizados e implementados nos diferentes setores. Como exemplos, a painelista citou o uso da IA em análises da área jurídica, de atendimento e pelos economistas nas análise de dados das atas do COPOM.
Miriam Wimmer da ANPD reforçou a necessidade da adoção da tecnologia com parcimônia, já que a proteção de dados pessoais é um direito constitucional. Segundo a palestrante, estão entre os principais riscos o conteúdo com viés ou falso, o processamento de dados de fontes variáveis – abertos e internos das empresas, e a incorporação de processos não seguros em áreas críticas das empresas.
Paulo Antonialli da AmDocs disse durante sua explanação que uma das principais dúvidas recebidas no início deste ano era “quando vou perder meu emprego?” Segundo o palestrante, ao olhar para os Big Players dos mercados, “a aplicação da IA Generativa não é sobre substituição de pessoas. Nesta primeira onda, a gente vê um empoderamento do ser humano, com o aumento da produtividade através da tecnologia.” A Amdocs já está com 70 casos de usos e projetos ao redor do globo, entre os principais está o atendimento por chatbot.
Izabela Anholett da Exame reforçou a necessidade da Inteligência Artificial sanar uma dor, resolver um problema. A palestrante disse que fizeram diversos testes internos, com profissionais abertos à inovação e sem medo errar para chegarem a soluções. Entre elas, um modelo chatbot na ferramenta de educação B2B, a Ask IA, que permite “um mentor por pessoa 24/7” e recomendação de conteúdos no site, que hoje são 15 milhões de brasileiros que acessam o site diariamente.
Daniel Domingos da Cogna trouxe a importância de preparar os ‘profissionais do presente’ para o uso da IA Generativa, já que contam com 3 milhões de estudantes e 50 marcas de educação. Para o palestrante, o mais importante é fazer as perguntas certas, o famoso ‘engenheiro de prompt’, que precisa estar preparado para interagir com a tecnologia para ter as respostas certas.
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