No Futurecom 2023, Carlos Barroso, Latam IP Bussiness Center Lead da Nokia, apresentou uma palestra intitulada “O mundo mudou: ciberataque, computação quântica, IA… sua rede está preparada para enfrentar essa nova realidade?”.
A interessante discussão abordou desafios emergentes no campo da segurança cibernética, com foco em botnets, ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) e a proliferação de dispositivos IoT.
Veja mais detalhes dos tópicos que foram abordados pelo representante da Nokia!
O crescimento dos botnets
Barroso iniciou com uma retrospectiva da evolução dos ciberataques. “Houve uma transição de Spoofer Traffic para Botnet“, explicou, destacando a transformação dos métodos de ataque.
Botnets, como observou, usam dispositivos IoT comuns – de maçanetas inteligentes a lâmpadas controladas por voz – para gerar ataques que parecem legítimos devido à sua origem em dispositivos reais.
Esses ataques têm crescido em escala, tornando-se a principal ferramenta de negação de serviço.
Desafios e respostas do mercado
Mesmo com investimentos pesados na prevenção de ataques DDoS, estimados em bilhões de dólares anualmente, Barroso ressaltou que a magnitude deles continua crescendo.
Ele mencionou esforços legislativos significativos e bem-sucedidos para combater tais ataques, com várias organizações de DDoS desmanteladas globalmente. “Nunca na História a gente teve tanto combate”, afirmou.
A mudança de paradigma dos ataques DDoS
Barroso observou um aumento notável nos ataques DDoS baseados em botnets desde 2021, especialmente após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O representante da Nokia disse que os ataques não só se tornaram mais frequentes, mas também mais complexos e difíceis de mitigar.
“A maioria dos ataques DDoS são baseados em botnets“, disse, destacando a crescente sofisticação e dificuldade em identificar e responder a esses ataques.
O problema da IoT e da competitividade do mercado de DDoS
Segundo Barroso, o principal desafio atual é o vasto número de dispositivos IoT conectados – mais de 50 bilhões – muitos dos quais não contam com segurança robusta.
Ele apontou a ironia de que, o que antes parecia ficção sobre dispositivos domésticos comuns se tornando ferramentas para ataques cibernéticos, agora é uma realidade concreta.
Além disso, destacou a competitividade e a acessibilidade do mercado de ataques DDoS, onde o custo para iniciar um ataque diminuiu drasticamente.
Legislação e prevenção
Barroso reiterou a eficácia da legislação no combate aos ciberataques, mas enfatizou que isso não é suficiente.
A necessidade de pensar além das medidas tradicionais é essencial, especialmente considerando como os dispositivos IoT e de Inteligência Artificial (IA) mudaram o cenário dos ataques.
“Não adianta só a gente proteger o pedaço da nossa rede que está exposto para a internet”, alertou, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais abrangente.
Na conclusão de sua palestra, Carlos Barroso apresentou um chamado à ação para as empresas e indivíduos, incentivando uma abordagem mais holística e proativa para a segurança cibernética.
Ele finalizou enfatizando que, com o avanço tecnológico, os riscos e desafios se tornam mais complexos, requerendo uma constante adaptação e evolução das estratégias de segurança.
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