Você já pensou em solicitar componentes de infraestrutura de rede a partir de um menu de opções que foi totalmente projetado para atender às necessidades do seu negócio? Com o Network as a Service (NaaS) isso é possível!

Considerado como uma evolução das redes, esse conceito já existe há alguns anos e pode ser visto, principalmente, na área de provedores de serviços.

Em entrevista ao Futurecom Digital, Rafael da Silva Santos, coordenador do curso de Cloud Computing do Centro Universitário FIAP, falou sobre esse serviço. Confira!

O conceito de NaaS

De acordo com Santos, o Network as a Service é um modelo de serviço em nuvem que permite a construção de uma infraestrutura virtualizada de rede, sem efetivamente possuir os equipamentos de hardware necessários para sua construção.

“O serviço possui um modelo de pagamento conforme o uso, e os usuários podem gerenciar sua escalabilidade conforme a demanda, eliminando custos desnecessários de hardware e podendo implementar serviços de forma ágil”, diz.

O papel das nuvens no NaaS

Os serviços do NaaS são em formato de nuvem, o que oferece mais flexibilidade e maior personalização. Para os usuários, isso é bastante benéfico, tendo em vista que torna os processos mais escaláveis.

Nas palavras de Santos: “As alterações são feitas na rede por meio de software, são naturalmente mais escaláveis do que os serviços tradicionais.”

Ele continua: “Dependendo de como uma rede baseada em nuvem é configurada, os usuários podem ser capazes de acessá-la em qualquer lugar. Além disso, o provedor de nuvem mantém a rede de forma mais fácil, gerenciando as atualizações”.

Os 3 diferentes modelos de NaaS

Santos nos explicou que existem três diferentes modelos de NaaS. Na sequência, explicaremos brevemente sobre cada um deles.

1. Largura de banda sob demanda (Bandwidth-on-Demand)

É uma técnica pela qual podemos atribuir a capacidade de largura da banda, que depende totalmente da exigência entre diferentes nós e usuários. 

Nesse modelo, as taxas podem ser adaptadas às demandas de tráfego dos nós que estão conectados ao link.

2. Rede privada virtual (Virtual private network)

Esse modelo integra-se com a rede privada e os recursos. Além disso, ele pode incluir redes como internet pública. 

A VPN permite que o computador host transmita e receba dados pela rede compartilhada e privada com funções e políticas da rede privada.

3. Virtualização de rede móvel (Mobile network virtualization)

A rede móvel como serviço inclui: protocolos multicast escaláveis e fáceis de usar, firewall de segurança, detecção e prevenção de intrusão, Wide Area Network (WAN), Virtual Private Network (VPN), largura de banda sob demanda, monitoramento e filtragem de conteúdo de roteamento personalizado.

Desafios para a implementação do NaaS

Na visão de Santos, apesar do ambiente nuvem estar cada vez mais consolidado no mundo corporativo atual, o NaaS ainda está em seus passos iniciais.

“Há muitas complexidades que devem ser levadas em conta, principalmente para empresas que possuem uma infraestrutura grande”, opina o professor da FIAP.

Ele explica que, pelo fato do NaaS ser criado em nuvem, deve-se levar em conta a estabilidade de sinal, já que problemas relacionados com esse ponto podem afetar as operações da rede corporativa.

Santos também acredita que outro desafio para a implementação do NaaS é o SLA: “O nível de serviço precisa estar claro tanto para a empresa quanto para a prestadora do serviço, principalmente em itens como a agilidade para restauração do serviço e de cobertura para eventuais perdas de receitas decorrentes de falhas”, diz.

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