Se considerarmos o crescimento, o futuro do streaming no Brasil é promissor. Para se ter uma ideia, de acordo com uma publicação do portal UOL, as plataformas on-demand já são vice-líderes de audiência no consumo de conteúdo em vídeo no nosso país.

Isso quer dizer que os serviços de streaming — como a Netflix, a Amazon Prime Video, a Globoplay e o YouTube, entre outros — são mais assistidos que todas as emissoras de televisão juntas, com exceção da Rede Globo, que ainda é líder de audiência no País.

Para entender os avanços dos serviços de streaming e as novidades tecnológicas desse mercado, conversamos com especialistas da área e desenvolvemos um panorama. Confira a seguir!

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O uso do streaming durante a pandemia

Rodrigo Spetto, produtor da Dobo Studio, conta que estuda o mercado e o futuro do streaming desde 2012, quando visitou os estúdios do YouTube em Los Angeles. Ele lembra que, há oito anos, os players e heads da maior plataforma de vídeos do mundo já afirmavam que o formato explodiria em pouco tempo.

O streaming no Brasil já crescia a passos largos antes da pandemia, mas certamente foi impulsionado pelo isolamento social, que foi adotado como medida para evitar a disseminação descontrolada do novo coronavírus.

Uma das explicações para isso é que o streaming deixou de ser usado apenas para fins de entretenimento, como ouvir música ou assistir a filmes e séries. As tecnologias disruptivas também contribuíram muito para que as pessoas pudessem continuar trabalhando e estudando, fazendo reuniões e tendo aulas online, em tempo real.

É isso que explica o professor e pesquisador Rafael Nasser,  da IAG – Escola de Negócios da PUC-Rio. Em suas palavras:

“A aplicação pedagógica da tecnologia de streaming se apresenta em diferentes situações. Por exemplo, com conteúdos educacionais consumidos sob demanda, de qualquer lugar, a qualquer hora, de forma conveniente ao aluno, utilizando plataformas como o YouTube e o Vimeo”.

Percebe-se que a pandemia fez o streaming crescer ainda mais no Brasil e no mundo. Apesar de, aos poucos, a nossa vida voltar ao normal, certamente o uso da tecnologia deve se manter.

O futuro do streaming no Brasil e no mundo

Questionada sobre o futuro do streaming no Brasil, Alice Fernandes, da empresa Muitamídia, explica que a tecnologia deve seguir sendo bastante utilizada, principalmente no meio organizacional.

Na visão da especialista: “o cenário futuro é o melhor possível, muito em virtude de as lives darem aos clientes a dimensão, em termos de alcance do público, instantaneamente. Sem contar que facilita muito a questão de o vídeo ao vivo poder ficar disponível pós-live na plataforma que o cliente escolher para fazer a transmissão”.

No que se refere ao consumo dos conteúdos, Nasser comenta que as produções devem ser cada vez mais interativas. Exemplos disso são desenhos infantis como Gato de Botas: Preso num Conto Épico e Minecraft, já disponíveis na Netflix, que permitem às crianças escolher os rumos da história com o controle remoto.

Recurso similar pode ser visto no filme Black Mirror: Bandersnatch, também uma produção da Netflix. Ao assistir ao conteúdo, o usuário interage com os personagens e influencia no desenrolar da narrativa. Essa técnica deve se tornar cada vez mais popular em filmes e séries, de acordo com os especialistas.

Ainda no que se refere à interatividade, Helbert Willian, CTO da Digiclowd, explica que as transmissões de conteúdos ao vivo e em tempo real — o chamado live streaming — devem se tornar mais palpáveis.

“Nós já temos algumas tecnologias sendo testadas, mas nada que seja aplicável ao público, pois ainda é tudo muito novo. O que vai mudar é eu poder assistir a uma live de um show e, ao mesmo tempo, chamar alguém para interagir comigo durante o evento, mesmo sem estar no mesmo local fisicamente”, explica ele.

O futuro do streaming no Brasil é promissor. Certamente, ele norteará a forma como consumiremos conteúdo nos próximos anos. Isso é unanimidade entre os especialistas, assim como o crescimento da interatividade.

A chegada da internet 5G deve impulsionar esse crescimento. Saiba mais em nosso artigo que explica como essa tecnologia será uma ferramenta de reinvenção das indústrias de entretenimento. Aproveite para seguir a Futurecom nas redes sociais!