O setor agropecuário é um dos mais importantes braços da economia brasileira, respondendo por cerca de 30% do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
Mesmo com os percalços da pandemia, o segmento segue como destaque, tendo crescido 9,81% no primeiro semestre do ano, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Para manter-se em crescimento, os agentes do ramo também têm apostado na conectividade no agronegócio. Mas, afinal, como a tecnologia no agronegócio tem auxiliado a área a alcançar novos patamares? Confira abaixo!
Gargalos digitais e os desafios a serem superados no campo
O tema foi debatido no Futurecom Digital Week, em painel que contou com as participações de Anna Malmskov, Diretora de Novos Modelos de Negócios da divisão Crop Science da Bayer; José Eduardo Massad, Diretor de Tecnologia da Raízen; Marcelo Prado, CEO da MPrado Consultoria; e José Humberto Teodoro, CEO da Terra Santa Agro.
Um dos pontos levantados sobre a conectividade no agronegócio foi sobre os gargalos que o setor ainda enfrenta. Para Teodoro, uma solução pode estar na equipagem de máquinas com dispositivos de tecnologia no agronegócio.
“A forma com a qual vencemos esse desafio da conectividade foi colocando repetidoras em cada máquina, então conseguimos ter uma visão do que está acontecendo com cada uma das máquinas no escritório central da fazenda, assim como ter estações meteorológicas totalmente conectadas, e isso ajuda desde em coisas mais simples, como na pulverização, até outras mais complexas”, explica.
Ainda de acordo com ele, um dos maiores desafios do setor agropecuário é aprender a coletar e analisar os dados em prol do sistema através de tecnologias diversas, como o Big Data. O preparo da equipe do campo também foi um ponto levantado pelo representante da Terra Santa Agro, assim como o plano de ações.
Adoção de tecnologias gerando valor em toda a cadeia produtiva
Massad, por sua vez, destacou a inovação aberta e a colaboração entre os diferentes agentes do setor para que o agro esteja cada vez mais interligado em busca de uma maior conectividade no agronegócio.
“É a questão de potencializar a inteligência coletiva, com times múltiplos e equipes multidisciplinares com diferentes empresas e profissionais que apresentem focos distintos. Quanto mais conseguirmos juntar essas pessoas e fazê-las trabalhar em objetivos comuns, mais rápido e efetivos os resultados serão”, observou o diretor da Raízen.
A visão do colega foi endossada por Anna Malmskov, que apontou ainda a perspectiva da co-criação junto ao cliente como fator de importância para uma melhor entrega da tecnologia no agro em busca de melhores resultados.
“O cliente não quer fazer negócio com a startup A, startup B, empresa C ou D. Para ele é muito mais fácil trabalhar em um sistema combinado, que se conecta e se fala. A nossa responsabilidade é saber como vamos conectar mais esse ecossistema, pensando em plataformas e conexões para oferecer uma solução integrada e fácil para o agricultor”, observou a representante da Bayer.
Quer saber mais sobre tudo o que foi debatido no painel? Acesse o site da Futurecom Digital Week 2021 e confira a conversa na íntegra!