Na última edição da Futurecom Digital Week, um dos assuntos abordados foi a inovação do sistema financeiro aberto por meio do Open Banking e do Open Finance.

Carolina Gladyer Rabelo Sanches, diretora institucional da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) comandou o debate, que também contou com a presença de:

  • Fabio Murakami, diretor de produto, do Magazine Luiza;
  • Antonio João Filho, diretor executivo para mercado financeiro, da Embratel; e
  • Leonardo Enrique, head de Open Banking, da Serasa Experian.

Veja, a seguir, um resumo dos principais tópicos que foram debatidos no evento!

Inclusão de players de outros mercados

Para Sanches, um dos principais objetivos do Open Banking é incluir novos players no mercado, possibilitando mais competitividade no mercado financeiro.

Murakami concorda com a colega e explica que, além da competitividade, as operações de Open Banking e Open Finance contribuem para a melhoria da experiência proporcionada aos clientes.

“Um exemplo prático, hoje, é a abertura de contas de modo não-presencial. O processo está muito mais rápido do que era há 4 anos atrás”, conta o diretor do Magazine Luiza.

Outra grande aposta, trazida por Enrique, é a liberação de crédito para os usuários, melhorando a simetria de operações, por meio do Open Banking.

Empoderamento de clientes no compartilhamento de dados

Um dos princípios do Open Finance é o “empoderamento” dos clientes. Na prática, isso significa que os usuários podem escolher quais informações desejam compartilhar com as instituições financeiras.

Nesse sentido, é preciso que alguns cuidados sejam tomados pelas operadoras de  crédito. Enrique, representante do Serasa Experian, comentou sobre como a empresa de análises de crédito faz as suas operações:

“As instituições participantes enviam as informações, que elas coletaram. Um dos produtos que a gente tem é a categorização de transações! O Open Banking é mais uma camada de dados para nós, para gerar uma performance excepcional para os nossos clientes”, observou.

O Serasa permite, portanto, que sejam criadas categorias, que possibilitam análises de portfólio ou perfil de análise financeira, para pessoas físicas e jurídicas, conforme relatou o especialista. 

Colaboração e parcerias desenvolvendo novos modelos de negócios

As parcerias e novos modelos de negócios, como os marketplaces financeiros estão se desenvolvendo muito por conta do Open Finance e do Open Banking.

Nesse sentido, novos profissionais devem ser preparados para trabalharem em instituições financeiras e demais organizações que utilizam dados gerados pelas operações de Open Finance.

Antônio João Filho, representante da Embratel, opinou sobre o assunto: “Os profissionais têm que ser bastante engajados e apaixonados por todas essas mudanças que acontecem. São pessoas que têm que trabalhar com times multidisciplinares, esse é o perfil básico para que se tenham profissionais da área”.

O especialista também afirma que os profissionais devem ter formação na área de Ciências de Dados, tendo em vista que é trabalhado com informações de diferentes fontes e que devem ser tratadas da maneira correta.

Os desafios e os benefícios que as tecnologias que envolvem o Open Banking e o Open Finance nas empresas são muitos. 

Se você quiser saber mais sobre isso, assista, na íntegra, a plenária que ocorreu na 2ª Edição da Futurecom Digital Week!