Diante de um mundo cada vez mais online e em um contexto como o de 2020, que provocou um aceleramento da digitalização de serviços, a conectividade móvel ganhou ainda mais destaque. Nesse cenário, as redes corporativas se mostram grandes aliadas quando se trata de maximizar a capilaridade, o acesso e a disponibilidade de serviços.

Em entrevista exclusiva durante a Digital Week do Futurecom, Marcelo Duarte Preto, gerente executivo de Telecom da TBNet, e Cláudio Bispo Vieira, gerente de operações do Itaú, conversaram sobre o potencial dessa solução e sobre as novas possibilidades que surgem com a chegada do 5G ao Brasil.

Conectividade móvel: tecnologia e serviços em evolução

De acordo com o gerente executivo da TBNet, a empresa – que nasceu como a operadora de telecom da rede TecBan – atua com conectividade móvel desde 2010. Ao longo da última década, a equipe se deparou com impeditivos e transformações no setor, o que exigiu flexibilidade e atualização constante. “Foi preciso rever nossa forma de trabalho e identificar quais operadoras melhor se adequavam para cada localidade, além de implementar isso de uma forma customizada, entendendo o que era necessário parametrizar para manter a qualidade dos serviços da rede”, lista Marcelo.  

Para a TBNet, manter o alto índice de disponibilidade da solução de conectividade móvel é um dos principais objetivos – e um dos maiores desafios. Com isso, a expectativa para a chegada do 5G pelo setor de telecom é grande. “Nossa história acompanhou a evolução dessa tecnologia no Brasil. Observamos e vivenciamos toda a evolução do 3G, o desenvolvimento e implantação do 4G e todas as mudanças que essas expansões trouxeram”, relembra Marcelo. “Vemos a chegada do 5G como uma grande oportunidade de negócio, que permite maior disponibilidade e maior banda, com uma qualidade diferente de conexão e que abre um leque de oportunidades de aplicação, não só para a rede da TecBan, mas para todos os clientes do nosso portfólio”, defende ele.

De imediato, o gerente da TBNet aponta que a disponibilidade do 5G vai permitir que a empresa aproveite toda a sua expertise e conhecimento sobre as redes móveis para utilizar ao máximo o potencial da nova tecnologia. “Adicionalmente, o 5G promete uma vertente relacionada a um modelo mais B2B, com a possibilidade de criar redes virtuais. Enxergamos nisso uma grande oportunidade de termos nossa própria rede, oferecendo um serviço ainda mais diferenciado”. Marcelo destaca, porém, que esse é só o começo. “Sabemos que com o advento da tecnologia, novas oportunidades vão surgir aos poucos. Vamos continuar de olho nisso, acompanhando todas essas transformações”, completa.  

Conectividade móvel como ferramenta de expansão

Para o gerente de operações do Itaú, Cláudio Vieira, a conectividade móvel veio para solucionar problemas e permitir uma capilaridade maior para a empresa. “Nós tínhamos um padrão de disponibilidade bem alto, mas com dificuldades recorrentes que os métodos tradicionais de tratativas de problema não resolviam”, comenta. “Isso levou à necessidade de uma mudança brusca de tecnologia, em que a solução de conectividade móvel da TBNet se apresentou como uma forma de responder a essas demandas”, completa.

Em conjunto com a TBNet, o Itaú implantou a solução em pontos de venda, agências e PABs em todo o Brasil, mesmo em locais de difícil acesso ou com infraestrutura precária. “Além da disponibilidade nesses lugares, o ponto chave dessa operação foi o processo ágil, que agregou ainda mais valor aos serviços”, destaca. “Os problemas que enfrentávamos começaram a ser resolvidos rapidamente, com agilidade para montar um ponto e entregar a solução mesmo em locais externos, além de uma redução significativa de custos gerada pela mudança de tecnologia”, defendeu durante a entrevista.

O profissional destaca também que ainda existe uma grande margem de atuação no Brasil, com possibilidades de expansão do uso de conectividade móvel pelo Itaú, principalmente com a chegada do 5G. “Essa nova tecnologia traz um avanço importante em termos de performance. Queremos continuar inovando e entregando novos serviços, avançando em 5G em polos administrativos grandes, em que a banda maior fará muita diferença. Estamos ansiosos”, reforça.

Conectividade móvel e TBNet: crescimento projetado

Os números da TBNet sobre conectividade móvel ajudam a dimensionar o potencial e a presença dessa tecnologia no Brasil.  “Em torno de 90% das novas instalações das redes da TecBan são feitas em cima de tecnologia móvel”, conta Marcelo. “Dos mais de 23 mil ATM da rede, 13 mil possuem conectividade móvel, com alto índice de disponibilidade e SLA diferenciado. O fato de não dependermos de uma estrutura física para a implantação facilita o processo e melhora diretamente nosso tempo de entrega, mantendo a qualidade e nível de disponibilidade do serviço”, reforça.

O segmento financeiro, porém, não é o único a experimentar os benefícios da conectividade móvel. “Temos interesse e facilidade em trafegar com o setor financeiro, mas também atuamos no varejo, com o mesmo tipo de solução e modelo. Conseguimos agregar valor e suprir essas demandas nos dois mundos, trabalhando com uma mentalidade ágil típica de startups.”, contou o gerente da TBNet durante a Digital Week.

Com faturamento perto de 30 milhões no último ano, a TBNet já projeta crescimento para 2021. “Planejamos dobrar a quantidade de clientes e pontos atendidos até o final do ano, e já estamos muito próximos de fazer testes com o 5G, com parcerias com empresas e laboratórios especializados, o que vai contribuir para mantermos nosso nível de atendimento e a qualidade dos nossos serviços”, finaliza.

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