Por: Carlos Alberto Fadul *
Segundo o dicionário, a terceirização é definida como uma forma de organização estrutural que permite a uma empresa transferir a outra suas atividades-meio, proporcionando maior disponibilidade de recursos para sua atividade-fim. Entretanto, no imaginário de algumas pessoas, essa atividade está ligada a serviços externos e que, muitas vezes, não impactam diretamente na operação das empresas. Porém, uma tendência mundial do mercado está voltada à terceirização dentro de processos de concepção, desenvolvimento e testagem de produtos de manufatura de uma empresa.
O desenvolvimento de um novo produto requer diversas etapas antes da finalização: ideia, concepção, planejamento, definição de processos, criação, testes e integração de todos os componentes. Para que todo o processo seja assertivo e ágil, as empresas precisam ter uma equipe especializada, processos definidos e equipamentos capazes de montar, testar e integrar todo o conjunto.
Na prática, essa não é a realidade. Muitas organizações, ao desenvolverem novas soluções, acabam utilizando a técnica de projetar primeiro e ver o que acontece e no meio do caminho, se houver algum problema, os ajustes são realizados. Em outras palavras, é como se essas empresas colocassem um carro na rua e fizessem os ajustes com ele em movimento. Essa é a realidade de parte da indústria, especialmente a brasileira. Como consequência, há um aumento dos custos da produção e no preço do produto final, além de tirar o foco das equipes que poderiam estar pensando em novas soluções.
Já existem no mercado empresas focadas em auxiliar esses negócios no desenvolvimento mais assertivo dos seus produtos, agregando competência, tecnologia e eficiência aos processos. Um dos exemplos é a Produza, empresa catarinense especializada em montagem e integração de produtos em média e grande escala e parceira da Fundação CERTI, que disponibiliza sua linha de produção para manufatura, integração e testagem de produtos, assim, agilizando o processo de desenvolvimento e otimizando as rotinas das empresas.
Uma das soluções oferecidas é o desenvolvimento de processos para a introdução de novos produtos em linhas de produção – NPI, com a criação de um cookbook (“receita de bolo”) para saber qual é o ponto ideal de cada máquina e processo. Isso permite, por exemplo, saber qual é o melhor ajuste de equipamentos em etapas críticas do processo. Quando esse planejamento (NPI) volta para a empresa solicitante, a produção já sai com um indicador de qualidade e produtividade elevados. Outra facilidade é a disponibilidade da linha de produção automatizada para integração de placas eletrônicas e testagem de produtos, permitindo às empresas disporem de uma manufatura classe mundial na produção de seus produtos.
Todas estas alternativas são pensadas para que as empresas ganhem tempo e agilidade no processo de produção, eliminando rotinas improdutivas e ineficientes que atrasam o processo de desenvolvimento de novos produtos. Essa nova tendência de mercado é ideal para as empresas que querem lançar novos produtos tecnológicos com agilidade e qualidade no mercado, pois garante toda a etapa de manufatura e logística, liberando-as para focar no desenvolvimento de seus produtos e no crescimento do negócio.
* Carlos Alberto Fadul, Diretor Executivo de Manufatura Avançada , Fundação CERTI
*Conteúdo criado pela equipe da A Voz da Indústria, clique aqui para acessar o artigo original.