Humanoides interagindo com consumidores nos setores de hotelaria, atendimento ou demonstração de produtos é uma situação cada vez mais real. De acordo com Luiz Carlos Locks, diretor da RealBotix, ainda que essa solução não seja uma inteligência artificial propriamente dita utilizando redes neurais, pode-se dizer que este é o próximo nível de chatbots.

Enquanto no modelo tradicional de atendimento exista um roteiro de perguntas e repostas fechadas, “travado em um tema” atendendo a um sistema linear de fluxograma que não permite – realmente – informar qual é o problema, sistemas utilizados em humanoides como a Anny permitem uma conversa mais autônoma, com perguntas fora de ordem e em linguagem natural.

Ainda que a conversa permita trazer respostas específicas, com o sistema filtrando as respostas para perguntas mais objetivas, “a interação com o usuário acontece a partir de comandos de software”, explica Locks. Todo o diálogo é processado em um software e os comandos de resposta e movimento são enviados para Anny; “Ela espelha o que vê no software. Caso o programa movimente a cabeça ou os olhos ou pisque, o humanoide fará igual”.

Segundo o diretor da RealBotix, os próximos passos para a evolução do humanoide é inserir câmeras dentro do “olho” para que assim seja possível reconhecer pessoas e suas expressões faciais e objetos, além de desenvolver um corpo completo para que o humanoide se movimente por completo. “Entretanto, atualmente já temos o suficiente para termos comerciais”.