De acordo com a ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), os cartões private label e co-branded devem atingir juntos a marca de R$ 293 bilhões em 2022, movimentando até lá aproximadamente 3 bilhões de reais em transações. Hoje, o varejo – que teve crescimento médio de 17% nos últimos cinco anos – representa 12% do faturamento total da indústria de cartões de crédito.

Os cartões private label são recursos bastante explorados pelas maiores redes de varejo no Brasil. Eles representam uma ótima oportunidade tanto para clientes, que conseguem obter mais crédito, quanto para empresas, que podem alavancar as vendas, fidelizar clientes e ainda coletar dados de consumo dos seus usuários.

“Quando bem utilizados, os cartões private label conseguem gerar engajamento de público, maior índice de retorno a loja e consequente recompra, aumento dos tickets médios e faturamento como um todo”, analisa Patricia Cotti, diretora de Conteúdo do IBEVAR (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo).

1: Menos burocracia

Em tempos em que qualquer pessoa pode solicitar um cartão de crédito por meio do seu próprio smartphone, chega a ser inconcebível para alguns clientes ter que preencher dezenas de fichas para obter um cartão private label em uma rede de varejo. Por isso, sempre valorize o tempo do seu cliente.

Crie fichas menores, digitalize o máximo de processos que o orçamento permitir e ofereça um aplicativo intuitivo no qual o próprio cliente possa consultar a situação do seu crédito, solicitar aumento de limite e realizar modificações básicas de cadastro. Tais práticas, além de atraírem usuários pela agilidade, também reduzem os gastos com mão de obra no próprio varejo, que muitas vezes investe tempo em preenchimento de fichas cadastrais.

2: Invista em um aplicativo mobile

Além de oferecer mais agilidade e conforto aos seus usuários de cartões private label, ter um aplicativo também proporciona a criação de um canal de comunicação e relacionamento com o cliente, auxiliando o varejo tanto na fidelização dos clientes ativos quanto na recuperação daqueles que usaram o cartão uma vez, porém nunca mais “se lembraram” dele.

3: Crie cartões co-branded

Um fator limitante dos cartões private label sempre foi a impossibilidade de serem usados em outros estabelecimentos. Porém, com os cartões co-branded, que são cartões criados em parceria com operadoras como Visa e MasterCard, esse limitante é solucionado.

Muitos varejistas enxergam este cartão como opções de baixo custo-benefício. Como tudo depende da negociação com a operadora, não é possível afirmar se essa modalidade será sempre vantajosa para o varejo, mas certamente é uma alternativa que merece ser levada em consideração.

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