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Como o mercado financeiro é afetado pelas fraudes por deepfake?

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No Futurecom 2023, os especialistas Alexandre Del Rey, Fábio Egashira e Fábio Ferreira debateram sobre o crescimento da deepfake em golpes financeiros. Leia!

A Inteligência Artificial (IA) também pode ser explorada por indivíduos mal-intencionados e criminosos com o objetivo de mimetizar a comunicação humana ou criar conteúdo falso, como imagens e vídeos. 

As chamadas deepfakes possibilitam enganar pessoas, levando-as a compartilhar informações confidenciais, instalar software malicioso, clicar em links contaminados e acessar sites usados para conduzir ataques de phishing, entre outras atividades extremamente prejudiciais. 

A forma como o mercado financeiro é afetado por fraudes de deepfake foi o tema de um debate no Futurecom 2023. 

Mediada por Patrícia Peck, CEO e sócia-fundadora da Peck Advogados, a conversa contou com a participação dos seguintes especialistas:

  • Alexandre Del Rey, sócio-fundador da I2AI;
  • Fábio Egashira, gerente de segurança de serviços financeiros da Claro; e
  • Fábio Ferreira, CTO e sócio-consultor da Lozinsky Consultoria de Negócios.

A seguir, leia um resumo dos principais pontos que foram discutidos no evento!

Aumento de fraudes no sistema bancário preocupa especialistas

Fábio Ferreira, CTO e sócio-consultor da Lozinsky Consultoria de Negócios, alertou para um impressionante aumento nas fraudes no sistema bancário nos últimos anos.

"De 2021 para cá, houve um aumento de fraude no sistema bancário de 330% do que era anteriormente”, disse ele.

As implicações dessas fraudes não se limitam apenas às perdas financeiras das instituições financeiras. Elas também afetam o cotidiano das pessoas comuns. 

Ferreira destacou que muitos indivíduos não têm o conhecimento necessário para realizar transações seguras. “Um pilar para resolver o assunto é a educação da população em si”, declarou, portanto.

O CTO também enfatizou a importância de delegacias especializadas adotarem tecnologias avançadas.

“As que tratam de crimes digitais têm que receber um conjunto de tecnologias que possibilite também a começar a apoiar e detectar onde essas fraudes iniciam, onde terminam e quem são os causadores”, pontuou.

Cooperação e automação são shave no combate às fraudes financeiras

Fábio Egashira, gerente de segurança de serviços financeiros da Claro, enfatizou que o uso do deepfake pode persuadir indivíduos a realizar ações financeiras indesejadas. 

Ele ressaltou a necessidade de cooperação entre instituições financeiras para evitar que os fraudadores aproveitem esse recurso: 

"A cooperação que hoje já existe entre as instituições, eu vejo os times de prevenção a fraudes das instituições, eles fazem isso, mas a coisa ainda é muito manual," disse o palestrante.

Egashira argumentou que a prevenção automatizada é fundamental, sugerindo que as instituições usem a base de dados de fraudes compartilhadas de forma integrada e automatizada. 

Ele comparou essa abordagem à resposta automática de sistemas de monitoramento de segurança e previu que a automação poderia ser o próximo passo no combate às fraudes financeiras. 

"Eu acho que, no mundo da fraude, um dos caminhos possíveis é seguir essa mesma escola e automatizar os eventos," concluiu.

Colaboração internacional e regulamentação são necessárias no combate às fraudes digitais

Alexandre Del Rey, sócio-fundador da I2AI, ressaltou a complexidade do enforcement e a necessidade de cooperação internacional para garantir o cumprimento da lei no cenário digital.

Del Rey explicou as dificuldades em aplicar a lei no mundo digital, especialmente quando os fraudadores operam em territórios geográficos que dificultam a ação das autoridades. 

Ele enfatizou a necessidade de criar mecanismos jurídicos que permitam o fortalecimento internacional e a colaboração entre países. 

"Aí existe uma necessidade de uma interlocução no internacional, o Brasil com outros países, para criar mecanismos jurídicos que garantam o enforcement internacional" afirmou o especialista.

Ele concluiu observando que é essencial estabelecer leis que se apliquem em diversos países e garantir a execução da legislação em nível internacional para combater eficazmente as fraudes digitais que podem se originar em qualquer lugar.

Aproveite e leia também nosso conteúdo sobre os pagamentos via biometria com o rosto e a voz!

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