O mercado de telecomunicações está em constante transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, novas demandas corporativas e a necessidade de infraestrutura robusta para suportar a era da conectividade.
Para entender as principais tendências e desafios do setor com Mariano Gordinho, presidente-executivo da Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (ABRADISTI), o CANAL ISP fez uma entrevista no Futurecom 2024.
Gordinho destacou o papel da Futurecom como principal feira do setor, a evolução dos provedores regionais e a convergência entre telecomunicações, TI e inovação.
Veja o que ele diz a seguir!
Futurecom: o maior evento corporativo de telecom e TI do Brasil
O Futurecom consolidou-se como o principal hub de negócios e inovação para o mercado corporativo de telecomunicações e tecnologia. Segundo Mariano Gordinho, a feira soube ocupar um espaço estratégico que outras iniciativas não conseguiram.
“O Futurecom foi muito hábil em ocupar um espaço no mercado para o público corporativo. Existiam feiras que vieram de outras redes, mas com o passar do tempo não se adaptaram a essa demanda”, relembra.
Ele complementa, destacando que: “Hoje, comunicação, TI, virtualização, inteligência artificial e cibersegurança estão juntos, formando um grande cenário para as empresas funcionarem. E a Futurecom ocupou esse espaço. Hoje, é muito razoável afirmar que ela é a maior feira do setor”.
Congresso e feira: um ecossistema múltiplo de conhecimento e negócios
Além da exposição de tecnologias, a Futurecom se destaca pelo congresso, que oferece conteúdo de alto nível para gestores e tomadores de decisão. Ele explica:
“O perfil do público que frequenta a feira é gestor e proprietário. Você tem os líderes das grandes companhias circulando, absorvendo o conteúdo do congresso. A organizadora foi muito hábil em construir um ambiente múltiplo: tem a feira, onde você vê novas ofertas e lançamentos, e um congresso rico em conhecimento”, diz.
Ainda de acordo com Mariano, esse modelo atrai desde CIOs de grandes corporações até empreendedores de provedores regionais, criando um ecossistema de networking e aprendizado.
Provedores regionais: os grandes responsáveis pela inclusão digital no Brasil
Um dos temas centrais discutidos na Futurecom é o papel dos provedores de internet locais (ISPs) na democratização do acesso à banda larga.
Mariano Gordinho observa que, sem infraestrutura, até mesmo os dispositivos mais avançados perdem utilidade.
“Sem infraestrutura, não adianta ter um celular de última geração. E sem conteúdo, adianta menos ainda. Hoje, a verdadeira inclusão digital do país vem dos provedores. A qualidade da internet no Brasil é referência em vários países, muitas vezes superior a nações mais desenvolvidas, graças a eles”, afirma.
Além disso, os provedores trouxeram agilidade e competitividade a um mercado antes dominado por grandes operadoras.
“A existência do provedor criou uma grande democracia. Você saiu do guarda-chuva das quatro ou cinco grandes operadoras”, analisa.
Ele prossegue: “Muitas vezes, uma grande empresa não tem alcance para chegar a uma comunidade de 10 mil pessoas. O ISP chega. O provedor é ágil: se cai a rede, ele rapidamente levanta ou coloca uma rede de backup“.
O futuro: cloud, IA e infraestrutura hiperconectada
A Futurecom também reflete as principais tendências tecnológicas que estão moldando o setor, como computação em nuvem, inteligência artificial e cibersegurança.
“A Futurecom fala desse grupo que milita em telecom, informática, infraestrutura, cloud, IA e grandes serviços em nuvem. Esse é o negócio desta feira”, destaca Gordinho.
Para o especialista, com a expansão do 5G e a demanda por latência ultrabaixa, os provedores e operadoras terão que investir em redes mais robustas, enquanto as empresas buscarão soluções integradas de TI e telecom.
Um setor em constante evolução
O mercado de telecomunicações no Brasil vive um momento de aceleração digital, impulsionado pela convergência tecnológica e pela capacidade de inovação dos provedores regionais.
Eventos como a Futurecom são essenciais para conectar players, apresentar novidades e debater os rumos do setor.
Como ressalta Mariano Gordinho, “hoje, tudo está muito junto: infraestrutura, conteúdo, cloud e inteligência artificial. Quem não se adaptar, ficará para trás”.
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