O Brasil está prestes a dar um salto tecnológico na televisão aberta. Na última quarta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que institui a TV 3.0, a nova geração da televisão aberta e gratuita no Brasil. A tecnologia promete imagem em 4K e até 8K, som imersivo, interatividade e integração com a internet, mantendo a gratuidade do sinal. As primeiras transmissões estão previstas para 2026, começando pelas capitais.
Por que a TV 3.0 é um marco?
Segundo o governo, a mudança coloca o Brasil na vanguarda da radiodifusão mundial. O ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, destacou:
“A televisão vai continuar gratuita, como o brasileiro já conhece, mas com a conexão à internet. O Brasil possui cerca de 80 milhões de domicílios e mais de 75 milhões deles têm sinal de televisão. Por outro lado, 75 milhões de lares têm internet. Vamos integrar digital com TV para que a gente possa evoluir na prestação de serviço na cidadania. A televisão aberta é um ponto de encontro do povo brasileiro e precisa evoluir para continuar sendo popular e democrática.”
Além da qualidade técnica, a TV 3.0 será uma ferramenta para ampliar serviços digitais e fortalecer a cidadania. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, afirmou:
“Esse decreto representa nossa visão de futuro sob a agenda digital e tecnológica, abertura, cooperação e soberania. Aliás, a soberania, hoje, é um grande tema que une todo o país. Não só a soberania, mas a soberania digital.”
Principais benefícios da TV 3.0
- Qualidade superior: transmissões em 4K e até 8K, com áudio imersivo.
- Interatividade: acesso a conteúdos extras e serviços digitais, incluindo Gov.br diretamente na TV.
- Acessibilidade: legendas configuráveis, audiodescrição e intérprete de Libras em tempo real.
- Integração com internet: experiência próxima ao streaming, mas gratuita.
Impactos econômicos e sociais
Além de melhorar a experiência do telespectador, a TV 3.0 deve impulsionar a indústria nacional, gerar empregos e abrir espaço para novos modelos de negócios no setor audiovisual. O governo também aposta na tecnologia para fortalecer a cidadania digital, oferecendo acesso a serviços públicos diretamente pela TV.
O ministro Frederico Siqueira Filho ressaltou que a inovação terá impacto direto na economia:
“Nosso papel como poder público é colaborar para o fortalecimento da indústria nacional, que aí sim a gente está vendo a política pública acontecer com a geração de emprego. É isso que estamos fazendo aqui hoje. Estamos dando um passo importante para tornar o Brasil cada vez mais forte e soberano em questão de tecnologia.”
A fase preparatória será concluída em 2025, e as primeiras transmissões começam no primeiro semestre de 2026. A expansão para todo o país deve levar até 15 anos.
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