A Internet das Coisas promete trazer grandes mudanças no setor das indústrias, e uma das principais é a hiperautomação. Mas, afinal, o que é hiperautomação e como funciona esse conceito?

De forma básica, podemos dizer que a hiperautomação é a união de tecnologias na automação de processos, introduzindo a inteligência artificial e machine learning para agilizar as atividades industriais.

O que é hiperautomação?

A hiperautomação é a evolução da automação de processos, combinando diversas tecnologias inteligentes para automatizar o máximo de tarefas e processos de uma organização.

Vai além da simples automação de tarefas repetitivas, integrando elementos como inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina (machine learning), automação robótica de processos (RPA) e outras ferramentas avançadas.

O objetivo é criar um ecossistema digital que “pense” e “aprenda”, identificando oportunidades de automação e executando processos complexos de ponta a ponta, com pouca ou nenhuma intervenção humana.

robôs de hiperautomação trabalhando

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Quais são os elementos-chave?

A hiperautomação não se resume a uma única tecnologia. É uma abordagem que une um conjunto de ferramentas para criar um sistema de automação mais robusto e inteligente. Os principais elementos são:

  • Automação Robótica de Processos (RPA): Software que imita as ações humanas para automatizar tarefas repetitivas e baseadas em regras. É a base da hiperautomação.
  • Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML): Permitem que os sistemas aprendam com dados, tomem decisões e se adaptem a novas situações, indo além das regras pré-definidas.
  • Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM): Ferramentas que mapeiam, modelam e otimizam processos de ponta a ponta, garantindo que o fluxo de trabalho seja eficiente.
  • Análise de dados: A coleta e análise de grandes volumes de dados fornecem insights para identificar novas oportunidades de automação e medir o desempenho dos processos automatizados.

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Qual a importância da hiperautomação?

A hiperautomação é crucial para as empresas que buscam se manter competitivas em um mercado cada vez mais digital e dinâmico. A capacidade de automatizar processos complexos e aprimorar a tomada de decisões de forma autônoma resulta em ganhos significativos.

robô humanoide usando um notebook

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Como funciona?

O processo de hiperautomação geralmente segue estas etapas:

  1. Descoberta: Utiliza ferramentas de análise de processos para identificar gargalos e oportunidades de automação dentro da organização.
  2. Análise: Avalia quais processos são mais adequados para a automação e define as tecnologias necessárias.
  3. Automação: Implementa as ferramentas (RPA, IA, etc.) para automatizar os processos selecionados.
  4. Monitoramento: Acompanha o desempenho dos processos automatizados em tempo real, utilizando análise de dados para identificar falhas e oportunidades de melhoria.
  5. Otimização: Ajusta e refina continuamente os fluxos de trabalho com base nos dados coletados, garantindo a máxima eficiência e adaptabilidade.

Quais são as vantagens da hiperautomação?

Benefício Descrição
Eficiência Operacional Reduz erros, otimiza o tempo e aumenta a produtividade ao automatizar tarefas repetitivas.
Melhora na Tomada de Decisões Fornece insights baseados em dados em tempo real, permitindo decisões mais estratégicas e rápidas.
Redução de Custos Diminui os custos operacionais e a necessidade de mão de obra para tarefas manuais.
Inovação Libera os colaboradores de tarefas monótonas, permitindo que se concentrem em atividades mais criativas e estratégicas.
Escalabilidade Aumenta a capacidade de produção e adaptação a novas demandas de mercado de forma ágil.

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Quais são os desafios?

Apesar dos inúmeros benefícios, a implementação da hiperautomação pode apresentar alguns desafios:

  • Integração de sistemas: A dificuldade em conectar sistemas legados e diferentes tecnologias pode ser um obstáculo.
  • Cultura organizacional: A resistência à mudança por parte dos colaboradores pode dificultar a adoção de novas tecnologias.
  • Cibersegurança: A automação de processos críticos exige atenção redobrada para a segurança dos dados e dos sistemas.

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Quais são as diferenças entre a hiperautomação e outras automações?

A hiperautomação se distingue de outras tecnologias como a Automação Robótica de Processos (RPA) por sua abordagem holística e inteligente.

Hiperautomação vs. RPA

O RPA é a base, mas a hiperautomação é a construção inteira. O RPA automatiza tarefas repetitivas e baseadas em regras, como preencher formulários ou extrair dados. A hiperautomação, por sua vez, usa o RPA junto com outras tecnologias como IA e ML para automatizar processos de ponta a ponta, incluindo tarefas que exigem raciocínio e tomada de decisões.

pessoa usando a hiperautomação com notebook

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Aplicações da hiperautomação em diferentes setores

A hiperautomação está sendo adotada em diversos setores para impulsionar a eficiência e a inovação.

Saúde

  • Agendamento de consultas: Automatiza o agendamento de pacientes e o envio de lembretes.
  • Gerenciamento de prontuários: Automatiza a atualização e o acesso a dados de pacientes, garantindo a segurança e a precisão das informações.
  • Análise de exames: Usa IA para analisar imagens e identificar anomalias, auxiliando no diagnóstico.

Indústria

  • Cadeia de suprimentos: Otimiza o planejamento de produção, o rastreamento de estoque e a logística, reduzindo custos e atrasos.
  • Controle de qualidade: Utiliza visão computacional e IA para identificar defeitos em produtos de forma automatizada.

Telecomunicações

  • Atendimento ao cliente: Automatiza o atendimento e o suporte técnico por meio de chatbots e assistentes virtuais.
  • Gerenciamento de redes: Monitora e otimiza o desempenho das redes, identificando e resolvendo problemas de forma proativa.
gestor utilizando a hiperautomação na indústria

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Tendências da hiperautomação

O futuro da hiperautomação aponta para uma integração ainda maior entre tecnologias. As principais tendências incluem:

  • Automação de processos cognitivos: A capacidade de automatizar tarefas que exigem conhecimento e julgamento humano.
  • Cidadania digital: A criação de uma “força de trabalho digital” composta por bots e sistemas inteligentes que interagem de forma integrada com os colaboradores humanos.
  • Inteligência operacional: A união da hiperautomação com a análise de dados em tempo real para otimizar continuamente as operações e a tomada de decisões.

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