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Satélites brasileiros: onde estamos e onde podemos chegar?

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Quando se investe em satélites, diversos benefícios são oferecidos para a sociedade, como a monitoração do desmatamento e o desenvolvimento de áreas agrícolas.

Os satélites brasileiros existem! E eles podem ser úteis para as mais diversas finalidades, como monitorar o desmatamento e ajudar no desenvolvimento das cidades e áreas agrícolas do país.

Poucos têm conhecimento, mas o Brasil é um dos únicos países no mundo com um programa espacial forte e atuante, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Quem faz essa afirmação é o professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Eduardo Bezerra.

Leia mais: Qual papel dos satélites na entrega do 5G no Brasil?

Mas, afinal: onde estamos e onde podemos chegar com os satélites brasileiros? Conversamos com Bezerra e traçamos um panorama sobre o assunto. Confira!

Os satélites brasileiros na história

A história dos satélites brasileiros já tem algumas décadas.

O primeiro artefato produzido no país foi o Dove-OSCAR 17, lançado em janeiro de 1990, em um foguete Ariane 40, na base de Kourou, na Guiana Francesa. "O satélite foi desenvolvido por radioamadores, possuindo também funções educacionais", recorda o professor Bezerra.

Já no contexto do Programa Espacial Brasileiro, o primeiro satélite do Brasil a ser lançado foi o SCD-1, em fevereiro de 1993, por intermédio do foguete Pegasus, no Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.

De lá para cá, o cenário dos satélites brasileiros evoluiu muito. Os últimos artefatos lançados foram o CBERS-4A e o FloripaSat1, por intermédio do foguete LM-4B. O evento ocorreu na China, em dezembro de 2019.

Como é feito o lançamento de satélites

Você já parou para pensar em como um satélite é lançado? As técnicas são bastante interessantes. Bezerra explica que o lançamento é feito por meio de foguetes, com o artefato posicionado na parte superior do veículo lançador.

"O foguete, ao chegar na altitude programada para a órbita [definida de acordo com o seu objetivo], precisa possuir velocidade horizontal suficiente para fornecer o impulso necessário para o satélite conseguir se manter na trajetória desejada", sintetiza. 

"O satélite precisa ser ejetado em uma altitude mínima de cerca de 200 km, onde a resistência do ar é praticamente nula, ficando livre de forças de atrito. Ao ser ejetado do foguete, o artefato inicia um movimento de queda em direção à Terra, uma vez que é atraído pela força da gravidade”, completa o pesquisador.

Prognósticos para o futuro dos satélites do Brasil

Para Bezerra, os prognósticos para os satélites do Brasil dependem das previsões que temos para o desenvolvimento de outras áreas.

As telecomunicações e tecnologias para entretenimento, o agronegócio, a necessidade de prevenir calamidades, as mudanças no setor de transportes e a defesa de fronteiras, entre outros pontos, interferem diretamente nos estudos dos corpos celestes artificiais.

Por isso, é difícil prever avanços na área de pesquisas de satélites a longo prazo. Afinal, tudo varia de acordo com as necessidades que surgem na sociedade.

Benefícios que os satélites brasileiros trazem para a sociedade 

Quando são feitos investimentos em satélites brasileiros, todos ganham. São gerados benefícios como a industrialização, a geração de empregos, o desenvolvimento social e o aumento do nível de educação e escolaridade.

Nesse sentido, Bezerra analisa: "É importante destacar o aumento no nível de educação, uma vez que indústrias mais avançadas necessitam de profissionais com níveis mais altos de formação, fazendo com que as escolas e universidades fiquem cada vez mais competitivas para conseguirem formar os recursos humanos necessários".

No entanto, para que isso ocorra, é preciso que haja comprometimento, principalmente por parte dos nossos governantes, tendo em vista que boa parte dos projetos da área tem participação do poder público.

"O governo atual, assim como os anteriores, tem feito o que pode dentro das limitações orçamentárias existentes. Mas as principais limitações não são apenas financeiras, pois falta conhecimento tecnológico. Os governos precisam gastar muita energia e recursos com problemas políticos, e acabam não conseguindo se dedicar aos problemas reais", explica o professor.

E completa: "Para atender demandas políticas, é preciso preencher cargos importantes com políticos, no lugar de engenheiros e cientistas de carreira, que poderiam estar preocupados com os avanços tecnológicos do País em todas as áreas, e não com disputas partidárias".

Saber mais sobre os satélites brasileiros é bastante interessante, não é mesmo? Afinal, eles fazem parte do nosso cotidiano em muitos momentos, mesmo que nem sempre nos demos conta disso. Uma das áreas que em que os satélites mais são utilizados é o agronegócio. Saiba mais em nosso artigo que apresenta novas soluções de conectividade no campo!

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