Futurecom faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

IoT na medicina: a internet das coisas na saúde

Article-IoT na medicina: a internet das coisas na saúde

IoT na medicina a internet das coisas na saúde.jpg
Conversamos com dois especialistas da Deloitte sobre como a tecnologia está auxiliando aspectos da medicina. Saiba mais!

A revolução digital chegou à medicina, e a Internet das Coisas (IoT) está transformando a forma como cuidamos da nossa saúde. As expectativas do segmento são de que cada vez mais a tecnologia ajudará as pessoas a terem mais qualidade de vida e bem-estar.

Com a IoT é possível monitorar pacientes em hospitais e clínicas de forma mais eficiente e precisa, por exemplo. Isso é feito por meio de dispositivos conectados que coletam dados vitais e enviam em tempo real para os profissionais de saúde. 

Porém, essa tecnologia também enfrenta desafios, como questões de segurança e privacidade dos dados. Sendo assim, é importante conhecer bem sobre o assunto, antes de começar a implementar recursos de IoT na Medicina.

Para entender melhor sobre a IoT na Medicina, conversamos com especialistas da Deloitte, empresa que também atua no campo da saúde. São eles:

  • Márcia Ogawa: sócia-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações; e
  • Tiago Novais: especialista da área de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações.

Continue conosco para saber mais sobre o tema!

Como a IoT tem sido usada na saúde e medicina?

A IoT está sendo usada de várias formas na medicina, e suas aplicações são cada vez mais diversas e inovadoras.

Nas palavras de nossos entrevistados, atualmente, as aplicações mais comuns são as seguintes:

Monitoramento remoto de pacientes

“Atualmente os principais fabricantes de aparelhos celulares têm linhas de smartwatches com capacidade de medições de parâmetros de saúde. 

A partir de aplicativos nos dispositivos ou celulares, os aparelhos podem fornecer um histórico detalhado de parâmetros e até tomar ações. 

Por exemplo, acionar um contato de emergência em uma situação de arritmia ou queda da própria altura. 

Entretanto, a maior parte desses dispositivos ainda não têm a precisão ou homologação necessárias para serem equipamentos de uso médico profissional”.

Gerenciamento de medicação

“Em termos de leitura de dosagem, um avanço significativo ocorreu com leitores minimamente invasivos, como os patches que medem dosagem de glicose no sangue. 

O paciente é capaz de realizar a leitura com um celular NFC a qualquer momento e administrar a medicação com muito mais precisão.

As bombas infusoras, normalmente utilizadas nos hospitais para controle de dosagem de remédios de aplicação contínua, em geral, são dispositivos que funcionam de maneira autônoma. 

Entretanto, muitos deles agora passam a ter uma conectividade a uma central local, que informa o quanto de medicação foi dispensada e permite ajustes remotos, sem a ida do enfermeiro ao leito”.

Monitoramento de pacientes em hospitais, clínicas e UTIs

“O conjunto de equipamentos normalmente utilizados em uma UTI são autônomos e funcionam offline

Recentemente muitos desses dispositivos começaram a ser conectados nas redes hospitalares.

A partir da análise correlacionada de dados com analytics e inteligência artificial é possível antever situações que requeiram intervenção de médicos e enfermeiros, bem como realizar ajustes em parâmetros de equipamentos de suporte como respiradores e bombas de infusão”.

Os especialistas entrevistados ainda nos relataram que a Deloitte está apoiando o uso da conectividade como ferramenta de telessaúde. 

Isso tem sido feito por meio do projeto OpenCare5G, que utiliza um ecossistema de empresas e o Hospital da Clínica com o objetivo de que exames de ultrassom possam ser realizados remotamente.

Desafios de segurança e implementação de dispositivos de IoT na Medicina

Ogawa e Novais também nos relataram alguns dos principais desafios de segurança e implementação de dispositivos de IoT na Medicina. Confira:

Privacidade e segurança de dados sensíveis

“Inicialmente, os dispositivos precisam estar seguros contra ataques que possam expor dados sensíveis. 

Isso pode ser minimizado adotando de conceitos de security by design, em que a segurança é pensada em todas as etapas de concepção de equipamentos, e uso de ferramentas de segurança que previnem invasões. 

Quanto ao armazenamento de dados, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é bastante rigorosa com critérios de confidencialidade. Os atores da cadeia de valor da saúde têm investido significativamente para o cumprimento dos requisitos da legislação”.

Implementação e interoperabilidade de dispositivos IoT

“Na fase da implementação de dispositivos da saúde, o principal desafio é a obtenção das certificações necessárias que podem ser de mais de um órgão regulador – Anvisa e Anatel, tipicamente. 

Além do mais, se o dispositivo estiver relacionado a algum processo novo na Medicina, há todo o ciclo de pesquisa. Por isso, alguns dispositivos podem ter um ciclo longo de desenvolvimento.

A interoperabilidade é atualmente a questão menos resolvida. A conexão dos dispositivos de saúde em rede de dados de forma massiva é algo recente.

Inicialmente, então, há a questão de preparar o equipamento para expor seus dados. Vencida essa etapa, existem muitos protocolos proprietários e abertos, mas não há uma diretiva maior ou consenso em um guia único que possa garantir a interoperabilidade. 

O Ministério da Saúde tem buscado liderar o chamado Open Health. Baseado no conceito de Open Finance, busca conceber uma base interoperável de dados de saúde nacional. 

No momento as discussões são preliminares, ainda sem uma data definida de implementação”.

Para seguir se informando, veja também nosso conteúdo sobre o uso do ChatGPT na saúde.

Ocultar comentários
account-default-image

Comments

  • Allowed HTML tags: <em> <strong> <blockquote> <br> <p>

Plain text

  • No HTML tags allowed.
  • Web page addresses and e-mail addresses turn into links automatically.
  • Lines and paragraphs break automatically.
Publicar