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Investimento em energia renovável e outras iniciativas: menos greenwashing e mais greentrue

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Temas como ESG e os ODS da ONU foram debatidos no painel que contou com representantes da Algar Telecom, Claro, ABSOLAR, Unilever, ABDC e Lactec. Confira!

Em tempos em que a sustentabilidade se tornou assunto primordial para companhias de todos os setores, debater e pensar em soluções de energia renovável e iniciativas ambientais se tornou vital também nas telecomunicações.

Com o tema “Investimento em energia renovável e outras iniciativas: menos greenwashing e mais greentrue”, a plenária Conectividade em Expansão discutiu o assunto durante o Futurecom 2022, e teve mediação de Luiz Fernando Vianna, Presidente da Lactec.

Participaram do debate Luis Lima, Vice-presidente de Tecnologia e Evolução Digital da Algar Telecom; Hamilton Silva, Diretor de Infraestrutura da Claro; Camila Ramos, Vice-presidente de Financiamento da ABSOLAR; Juliana Abreu, Gerente de Sustentabilidade da Unilever; e Francisco Degelo, Conselheiro na Diretoria de Relações Institucionais da ABDC.

Os 17 ODS e a agenda 2030 da ONU foram destaque neste painel, que abordou também o ESG, assunto que está em alta na atualidade. Confira mais abaixo!

O olhar para as energias renováveis como meta para o futuro empresarial

Juliana Abreu abriu o debate, destacando o amadurecimento que a Unilever passou ao criar seu plano de sustentabilidade com uma série de metas que incluíam também energia renovável.

“Acreditamos que uma empresa com propósito e orientada para o futuro tem inclusive um desempenho financeiro superior. Nós temos um mantra, que é o de que marcas com propósito crescem, companhias com propósito perduram e pessoas com propósito prosperam”, destacou ela.

Hamilton Silva contou um pouco da trajetória da Claro com a ESG, destacando que a empresa depende essencialmente de energia, e que precisou encontrar soluções de sustentabilidade que partiram de um plano de consolidação de dados.

“Em 2016 fizemos um posicionamento de mercado, e hoje, com o ESG assumindo cada vez mais importância, estamos colhendo os frutos. O que fizemos foi focar em usinas de energia sustentável, e, passados seis anos, hoje temos mais de 50 usinas solares e mais de 15 grandes turbinas eólicas, assim como pequenas usinas hidrelétricas. Hoje temos mais de 60% de toda a energia consumida pela Clara oriunda de produção própria e de fontes sustentáveis”, explicou.

Camila Ramos, da ABSOLAR, complementou a fala dos colegas, observando que a eficiência energética e energia solar exercem um grande papel neste cenário.

“Hoje a energia solar é a mais barata que temos no Brasil. As energias renováveis se tornaram competitivas nos últimos cinco anos, e a solar já se consolidando como a mais em conta, então ela fornece essa possibilidade de redução de emissões na veia, assim como previsibilidade e redução no custo de energia”, comentou ela.

Na sequência, Luis Lima comentou que a Algar Telecom já tem voltado seu olhar para a questão da sustentabilidade em um projeto iniciado há 11 anos.

“Nós criamos um programa de transformação tecnológica que foi a grande alavanca para começarmos a olhar o consumo de energia sobre dois aspectos: eficiência energética e matriz energética em si. Em 2016 também investimos em micro usinas de geração, e temos o desafio da capilaridade. Hoje temos em torno de 55% de nossa energia gerada através de energia solar e mercado livre”, comentou ele.

Representando a ABDC, associação que representa os data centers, Francisco Degelo destacou a importância que tais instalações têm para a manutenção da infraestrutura digital, e que seu consumo de energia é também um desafio quando falamos de sustentabilidade.

“A ABDC nasceu para representar essa indústria, e para ser uma voz de um mercado que precisa atender às demandas da sociedade de forma consciente e responsável”, observou ele.

Desafios para o uso de energias renováveis e indicadores de eficiência

Mediador do painel, Luiz Fernando Vianna, da Lactec, questionou os convidados sobre os principais desafios quando falamos na produção e distribuição de energias renováveis.

Camila Ramos explicou alguns obstáculos que o mercado de energia renovável tem enfrentado neste momento. Ela comenta:

“De curto prazo, o que estou sentindo na prática é a questão do custo do investimento na energia solar, e também na eólica, ela está passando por uma subida, já que tivemos pandemia, mudança no câmbio, impacto nos custos logísticos, o que torna mais difícil viabilizar projetos neste momento.”

A especialista reforçou que segue valendo a pena investir no segmento, especialmente para empresas que desejam alcançar sua auto-produção energética. Ela também destacou que há uma importante linha de crédito para empresas que querem investir neste setor, com aportes que ultrapassaram os R$ 10 bilhões.

Hamilton Silva destacou que a Claro passou a coletar indicadores que ajudaram a levantar o número total de unidades consumidoras, o que permitiu com que a empresa investisse de forma assertiva no uso de energias renováveis.

Segundo ele, cerca de 80% de suas unidades já são abastecidas via mercado livre de energia sustentável. O representante também comentou sobre ações como a reciclagem de materiais utilizados na infraestrutura da companhia.

“Quando fazemos um upgrade de tecnologia, retiramos parte deste material que está na rede, e temos que contabilizar e criar indicadores para isso. São mais de 2400 toneladas desde que começamos a medir essa reciclagem. E no que isso se transforma? Parte desse material nos ajudou a economizar o equivalente a três usinas”, disse ele.

Para Juliana Abreu, é possível que as grandes empresas sigam crescendo ao mesmo tempo em que realizam grandes investimentos em parâmetros guiados pela ESG, tema tão importante na atualidade. Ela detalha:

“Essa jornada vem do nosso plano de sustentabilidade até essa era da transformação e do capitalismo responsável. O nosso plano atual tem 34 metas, e aí você tem o desafio, como bem disse o Hamilton, precisamos de métricas com objetivos e prazos específicos. Isso mostra como podemos melhorar o planeta e a saúde das pessoas, contribuindo com um mundo mais justo e inclusivo.”

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