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Boas práticas de gestão de resíduos eletrônicos nas empresas de telecomunicações

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Quinto maior produtor global de resíduos eletrônicos, o Brasil pode se beneficiar de ações mais sustentáveis. Veja nossa conversa com Nilson Maestro, presidente da ABREE!

Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que apenas 3% dos utensílios eletrônicos na América Latina são descartados corretamente. 

Ainda segundo o estudo, o Brasil realizou o descarte de mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo o quinto maior gerador global dessa matéria.

Porém, já existem formas e ações para superar esse cenário e fazer o descarte dos resíduos eletrônicos de forma adequada em nosso país. 

Para entendermos como, falamos com Nilson Maestro, presidente da ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos.

Veja o que o especialista da área falou sobre o assunto a seguir!

Como se dá a organização de pontos de coleta de lixo eletrônico?  

Maestro começando explicando que, “no caso da ABREE em específico, possuímos pontos de recebimento por todo Brasil, e estes pontos podem ser encontrados em nosso site”.

Segundo ele, “a ideia é estar disponível em todo o território nacional, facilitando aos cidadãos a realização da destinação correta de resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.”

Para fazer isso, Maestro explica que basta digitar o CEP da sua residência ou escritório para encontrar o ponto mais próximo.

“A ABREE, em colaboração com seus parceiros, conta com mais de 4 mil pontos de recebimento em todo o país, abrangendo quase 1,3 mil municípios”, complementa.

Ele destaca ainda que “a ABREE realiza mensalmente parcerias com algumas prefeituras para organização de campanhas para recebimento de resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.”

“Nessas ocasiões, preparamos um espaço para instalação de uma espécie de ‘drive-thru’. Com a devida divulgação, sobretudo na imprensa, nos preparamos para receber todos os moradores da cidade com os equipamentos que desejam descartar”, explica o presidente da entidade. 

Qual é o papel da logística reversa neste cenário?  

Uma das formas de facilitar o tratamento adequado dos resíduos eletrônicos é pela logística reversa. 

Para Maestro, “o papel da logística reversa na reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos é de extrema importância para minimizar o impacto ambiental causado pelo descarte inadequado desses produtos.”

Ele continua, comentando que “a logística reversa é um processo que envolve o retorno dos produtos pós-consumo ao processo produtivo, como matéria prima reciclada.”

Ainda de acordo com Maestro, os benefícios incluem a redução da geração de resíduos; promoção da economia circular; conformidade com legislações ambientais; conscientização do consumidor e criação de empregos verdes.

“É uma abordagem essencial para lidar com os desafios associados ao descarte inadequado desses resíduos e avançar em direção a um modelo econômico mais circular e consciente do meio ambiente”, resume ele. 

Como funciona a reciclagem desses materiais? 

Maestro explica que “a reciclagem de eletroeletrônicos e eletrodomésticos é um processo essencial para minimizar o impacto ambiental causado pelo descarte inadequado desses resíduos.”

Ele continua, reiterando que “esses equipamentos geralmente contêm materiais valiosos, como metais preciosos, mas também podem conter substâncias tóxicas, como chumbo, cádmio, mercúrio e outros elementos perigosos.”

“Portanto, reciclá-los adequadamente é importante para recuperar recursos e evitar a contaminação do meio ambiente”, prossegue.

O presidente da ABREE também destacou as etapas que envolvem o processo de reciclagem dos resíduos eletrônicos. Confira:

  • Consumidor: “O início da logística reversa ocorre quando o consumidor decide descartar o produto e faz a entrega em um ponto de recebimento”; 
  • Transporte: “O processo segue com a movimentação dos produtos que são recolhidos nos pontos de recebimento em direção a manufatura reversa, podem passar por uma etapa de consolidação intermediária”; 
  • Consolidação e triagem: “Etapa muito importante para o processo de logística reversa, nela os produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos são agrupados para consolidar cargas antes de serem enviados para empresas de manufatura reversa. Nesta etapa os produtos não podem ser desmontados”; 
  • Manufatura reversa: “Etapa realizada por empresas que fazem a descaracterização e tratamento dos produtos recebidos, é de grande importância para garantir a destinação correta dos produtos”. 

Maestro reforça ainda que a reciclagem de eletroeletrônicos e eletrodomésticos “ajuda a economizar recursos naturais, reduzir a extração de matérias-primas e diminuir a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários.”

Ele segue: “Além disso, o processo contribui para a redução do impacto negativo que esses produtos podem causar ao meio ambiente se forem descartados incorretamente.”

Como é feita a destinação do lixo eletrônico?  

Maestro lembra que “existem diversas formas de destinação final ambientalmente adequada previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).”

De acordo com nosso entrevistado, “no âmbito da logística reversa de eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes, destaca-se a preferência pela reciclagem, que ocorre a partir da manufatura reversa dos resíduos coletados.” 

Ele também explica que a manufatura reversa “pode ser definida como um método baseado na desmontagem, descaracterização e separação de materiais provenientes de produtos eletroeletrônicos que já chegaram ao fim de sua vida útil.”

“Assim, cada material que compõe o produto recebe o tratamento e destinação mais adequados, sendo a reciclagem a escolha preferencial”, finaliza.

Para saber mais, baixe também nosso texto sobre a redução de resíduos eletrônicos do setor de telecomunicações!

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