A cidade inteligente deixou de ser uma promessa futurista e passou a ser uma realidade em construção. Durante o Futurecom 2025, os debates mostraram como a combinação entre IA, IoT e análise de dados está criando ecossistemas urbanos mais eficientes, responsivos e centrados no cidadão. A automação pública e a expansão de dispositivos conectados são peças-chave nesse novo cenário.
Saiba mais sobre os painéis que abordaram Inteligência Urbana no segundo dia do Futurecom 2025!
Ecossistema IoT e IA: um universo em expansão
Os especialistas Paulo Spaccaquerche (Associação Brasileira da Internet das Coisas), Luciano Driemeier (Ford), Sebastiao Resende (Fibracem), Alexandre Dal Forno (TIM), Andre Martins (Next Level), Andrea Mannarino (Claro Empresas), e Beatriz Magalhães (Bayer CropScience), destacaram como a integração entre Internet das Coisas e Inteligência Artificial vem remodelando setores inteiros da economia, da indústria 4.0 à saúde conectada.
O encontro ressaltou que a combinação dessas tecnologias amplia a capacidade de análise em tempo real, aumenta a eficiência operacional e abre espaço para novos modelos de negócios, movidos por dados cada vez mais complexos.
O debate também apontou os desafios que acompanham esse avanço, como a segurança cibernética e a necessidade de padrões regulatórios para garantir interoperabilidade e ética no uso de algoritmos. Apesar dos obstáculos, a perspectiva apresentada foi otimista: com investimentos crescentes e maior maturidade tecnológica, IoT e IA caminham para formar uma rede inteligente e global, capaz de transformar a forma como vivemos, consumimos e nos relacionamos com o mundo digital.
Eficiência pública: uso de dados na automação de cidades inteligentes
O palco Future Gov trouxe aos visitantes um painel que abordou a temática das smart cities, focando na maneira como podemos empregar dados de forma mais eficiente em um projeto desse escopo. A mediação foi de Jayro Navarro, Especialista em Telecomunicações e Data Centers.
Alguns dos principais problemas em metrópoles que se intitulam com “inteligentes” são a falta de dados atualizados em tempo real e gestores que não tem uma mentalidade adequada para esse tipo de empreitada, de acordo com os convidados Cesar Ripari, Diretor de Arquitetura de Soluções da Qlik, e Celina Almeida, Diretora Sistêmica e de Relacionamento do Instituto Totum. “Todo tipo de dado hoje é muito efêmero. Não tem como se fazer um gerenciamento inteligente de uma cidade sem que todos os dados sejam atualizados em tempo real, para evitar erros críticos”, afirmou Ripari.
João del Nero, Gerente de Vendas para Analytics da Claro Empresas, e Vinícius Caram, Superintendente da ANATEL, reforçaram a realidade data driven que Ripari comentou no contexto de cidades, com del Nero pontuando que o real objetivo dos dados é criar pontes com os cidadãos e funcionários públicos para que melhor busquem informações que precisam. “Não são todos que são letrados digitalmente e é isso que a smart city precisa resolver, incluindo essas pessoas, permitindo que elas criem dashboards com mais facilidade para qualquer área da infraestrutura pública”, comentou o gerente de vendas.
O Future Congress ainda terá mais um dia de programação hoje, dia 2 de outubro. Data centers, inteligência artificial, infraestrutura e acessibilidade estão na agenda, siga acompanhando a cobertura oficial no Futurecom Digital.
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