O Futurecom, maior evento de tecnologia, inovação, telecomunicações e transformação digital da América Latina, foi palco de debates, lançamentos e reflexões sobre o futuro da conectividade. 

Realizada entre os dias 8 e 10 de outubro de 2024, a edição deste ano reafirmou o papel do Brasil como protagonista no cenário global de inovação tecnológica. 

O evento contou com palestras, demonstrações de produtos inéditos e discussões sobre tendências como 6G, Wi-Fi 7 e Internet dos Sentidos.

Durante o evento, o programa Start Eldorado, da rádio Eldorado FM, entrevistou Hermano Pinto, diretor do Futurecom, e Ari Lopes, analista da Omdia. Confira o episódio completo!

Eles compartilharam as suas visões sobre os avanços tecnológicos e os desafios para transformar inovação em realidade no Brasil. A seguir, leia um resumo das conversas!

A Revolução da conectividade

Segundo Hermano Pinto, o Futurecom 2024 destacou como a conectividade avança para patamares antes inimagináveis, como o Wi-Fi 7 e o 6G. 

“Já está se falando de 6G. Temos a evolução natural na monetização do 5G, que é um passo que as operadoras estão dando, e o Wi-Fi 7 está sendo mostrado aqui pela primeira vez. É a tecnologia que ainda nem foi lançada”, destacou.

O diretor ressaltou que o Brasil está cada vez mais alinhado ao ritmo dos avanços globais. 

“Historicamente, estávamos três, quatro anos atrás da Europa ou dos Estados Unidos. Hoje, estamos junto com os lançamentos. Nossa rede foi pioneira globalmente com o core 5G non-standalone, permitindo maior rapidez na monetização do 5G”, explicou.

Tecnologia e infraestrutura: desafios do futuro

Pinto também apontou a importância de preparar o terreno para as novas gerações tecnológicas. 

“Discutir 6G ou Wi-Fi 7 sem resolver problemas como postes, cabos e uso do solo para antenas é um desafio. Precisamos habilitar infraestrutura e legislação para a implementação dessas redes.”

O avanço, segundo ele, não se restringe à conectividade, mas à criação de experiências imersivas e integradas. 

“O 6G será a internet dos sentidos, habilitando outros sentidos além da audição e fala, como tato e odor. Já o Wi-Fi 7 permitirá conectividade total em ambientes domésticos e de trabalho, como batimentos cardíacos conectados a hospitais em tempo real”, destacou Pinto.

A interação homem-máquina e a neoindustrialização

Outro ponto alto do evento foi a interação homem-máquina. Pinto destacou aplicações como gêmeos digitais, robôs autônomos e a Internet dos Sentidos. 

Em suas palavras: “Os gêmeos digitais são fundamentais para projetos industriais. Hoje, grandes fábricas não são implantadas sem essa tecnologia, que traz eficiência, sustentabilidade e competitividade. Além disso, permite documentar e prever problemas, reduzindo desperdícios e custos.”

A transformação digital já é realidade para muitas indústrias, mas, segundo Pinto, o desafio agora é ampliar a adoção de tecnologias emergentes. 

“Para sermos competitivos globalmente, precisamos adotar tecnologia. E isso não é mais sobre transformação digital, é sobre competitividade e sustentabilidade”, declarou o diretor do Futurecom.

O Estado do 5G no Brasil

Ari Lopes, da Omdia, trouxe uma visão geral sobre o 5G no Brasil, destacando avanços e desafios. 

“Estamos no final do início do 5G. Desde o leilão em 2021, as operadoras construíram redes em todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes. Em termos de cobertura, estamos bem, mas a adoção ainda está em 13%, um número baixo”, declarou o especialista.

Apesar do crescimento, o 5G tem enfrentado obstáculos para se consolidar. “O 5G cresceu mais devagar que o 4G. Isso se deve, em parte, à falta de serviços inovadores que motivem o consumidor a migrar do 4G para o 5G”, explicou Lopes.

Mercado B2B e inovação tecnológica

Para Lopes, o mercado corporativo é onde o 5G encontra maior potencial: “Desde o início, sabia-se que o B2B seria o grande beneficiário do 5G. No entanto, as empresas precisam entender como a tecnologia se encaixa em seus processos produtivos, o que demanda ciclos de vendas mais longos e mais confiança.”

Ele também abordou a competição entre o 5G e tecnologias como Wi-Fi 6 e 7. De acordo com Lopes, são mercados complementares.

“Cada uma terá seu nicho, mas haverá áreas onde competirão diretamente, o que é natural”, disse o representante da Omdia.

Transformação digital e sustentabilidade

Ambos os entrevistados concordam que a transformação digital é o caminho para um futuro mais eficiente e sustentável. 

“Com gêmeos digitais, inteligência artificial e novas tecnologias, geramos menos resíduos, consumimos menos energia e criamos soluções mais competitivas e sustentáveis”, afirmou Hermano.

O Futurecom 2024 reforçou a ideia de que inovação não é apenas sobre tecnologia, mas também sobre como ela pode transformar vidas, negócios e cidades

Para o Brasil, o evento foi um marco na busca por maior relevância no cenário global, demonstrando que estamos preparados para a próxima revolução digital.

Gostou de saber mais sobre o Futurecom 2024? No próximo ano tem mais! As datas para a edição de 2025 já foram confirmadas: 30 de setembro a 2 de outubro. Acesse o nosso site e saiba mais!