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Chegou a hora de acelerar o 5G no Brasil

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Painel do Future Congress debate os primeiros passos do 5G no Brasil e suas possibilidades futuras. Saiba masi!

Há alguns anos o Futurecom dedica-se a discutir a chegada do 5G ao País e, nesta atual edição, com a tecnologia já em curso, o evento reservou grande parte da sua programação para tratar de diversas vertentes relacionadas a essa recente inovação implementada no Brasil. Na abertura do segundo dia do Future Congress (19), a propósito, os presentes tiveram a oportunidade de acompanhar o painel “O jogo vai começar no Brasil inteiro? A liberação do 3.5 GHz e o início das operações 5G”. 

Mediado pelo presidente da Conexis, Marcos Ferrari, o painel contou com as presenças de Leandro Guerra, presidente da Entidade Administradora da Faixa (EAF), Moisés Queiroz Moreira, presidente do GAISPI/Anatel, Eduardo Tude, presidente da Teleco, Luciano Stutz, presidente da Abrintel e porta-voz do Movimento Antene-se, e Wilson Cardoso, CTO da Nokia. Confira os principais pontos das falas dos painelistas. 

Leilão muito bem-sucedido

Moisés Queiroz Moreira, da Anatel, deu grande ênfase no trabalho realizado pela instituição em relação ao leilão do 5G, classificado por ele como muito bem pensado e planejado. “Já conseguimos implementar a tecnologia em todas as capitais. Foi um processo muito bem conduzido, pois não tivemos a possibilidade de fazer testes. Tivemos que aprender pedalando a bicicleta”, comparou o especialista. “Todo o ecossistema vai levar um tempo para se equilibrar, mas, o mais importante do 5G são as aplicações que surgirão, impulsionando diversas tecnologias disruptivas, como o IoT e diversas soluções relacionadas à Indústria 4.0.”

Outro ponto destacado por Moreira foi o caráter não arrecadatório do leilão, em função da conversão em compromissos em investimentos assumidos pelas operadoras com o propósito de fomentar a conectividade. “Isso é inédito. O Brasil deu um passo muito à frente em relação à países que fizeram o leilão e não pensaram na conectividade”, concluiu. 

Confiança para as próximas fases

“As operadoras móveis acreditaram no projeto e estão fazendo um investimento acima do que está previsto na regulação. Estamos tendo notável aumento na velocidade da banda larga móvel. Em Brasília, por exemplo, a velocidade média era de 29 megabits por segundo. Mais recentemente, está acima dos 100 megabits por segundo”, comemorou Leandro Guerra, da EAF. “Teremos grande velocidade e baixa latência em nossa conexão”, complementou. 

Guerra também destacou a confiança que o bom andamento da primeira fase de implementação do 5G proporcionará às demais etapas desta jornada. “Na fase 1, alcançamos as 27 capitais, feito que se traduz no atendimento de 51 milhões de habitantes ou 24% da população. Quando olhamos para o futuro, sentimos muito mais segurança e confiança para dar os próximos passos. Na fase 2, a missão é aumentar o perímetro, alcançando 408 municípios, o que significa que dobraremos o número de pessoas que terão o 5G à sua disposição. E já estamos olhando para a terceira fase, a ser concluída em junho de 2023, quando o 5G estará presente em 1.099 cidades, atendendo 67% dos brasileiros.”

As possibilidades do 5G

Em sua fala durante o painel que abriu o segundo dia do Future Congress, o CTO da Nokia, Wilson Cardoso, enfatizou as portas que serão abertas com a tecnologia de quinta geração, mencionando exemplos de novas possibilidades que contemplarão os cidadãos e as empresas. 

“Nosso futuro será melhor com o 5G, desde cuidar da nossa saúde, até termos uma logística toda integrada. No campo, por exemplo, veremos novos métodos de controle de pragas. Outra questão envolve o advento dos gêmeos digitais, que trará um aumento de produtividade incrível para as indústrias”, observou. 

O executivo ainda pontuou que, em 2025, o Brasil terá um crescimento incremental de 1% em seu PIB, graças à entrada do 5G. “O edital, que criou um ambiente de crescimento e produtividade no Brasil, terá um impacto maior que a reforma da previdência. O 5G é uma maratona, que vai culminar com o 6G daqui a 10 anos e que precisa ser pensada desde agora.”

Um olhar para as pequenas cidades

Em complemento à visão do executivo da Nokia, o presidente da Teleco, Eduardo Tude, também reforçou as portas que serão abertas com o 5G. Conforme observou, a nova tecnologia recém-implementada no País dará suporte ao surgimento de novas aplicação e soluções que dependem desta nova frequência. As possibilidades de explorar novos serviços serão muito grandes”, reforçou. 

Outro ponto abordado por Eduardo Tude foi o forte olhar que o leilão realizado pela Anatel teve para as pequenas cidades e regiões afastadas, o que viabilizará, de fato, a gradativa popularização do 5G em todo o território nacional. “A expansão da cobertura do 5G é um processo gradual e o ambiente competitivo faz com que as operadoras entrem mais cedo na faixa liberada para oferecer o serviço. Em 2025, teremos a mesma quantidade de celulares 5G em relação aos de tecnologia 4G”, projetou. 

Um 4G mais presente e um 5G “pé no chão”

Em sua explanação, Luciano Stutz afirmou que o 5G, da maneira como está sendo conduzido, trará a oportunidade de o País reduzir a desigualdade digital. Outra questão relatada por ele é que os municípios que estão se preparando para receber a nova tecnologia também esperam a expansão da conectividade da própria frequência 4G, sendo este um movimento muito esperado. “Existe uma forte expectativa de fortalecimento do 4G, o que será muito benéfico para fomentar diversos serviços digitais, como a telemedicina, por exemplo. 

Stutz ainda defendeu que, nesta jornada de expansão do 5G, é preciso fomentar uma mensagem única e clara para os gestores públicos em relação à aplicabilidade da nova tecnologia com vistas a alinhar as expectativas. “Muitas serão as oportunidades que serão geradas pelo 5G, tanto em soluções, como em serviços. Mas, num primeiro momento, não veremos super drones ou carros autônomos e nem teremos um mundo totalmente futurista.”

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