• Desafios Cibernéticos e a Evolução das Ameaças
  • A Digitalização e os Riscos Emergentes
  • O Papel das Políticas Públicas
  • Soluções Tecnológicas e o Uso da Inteligência Artificial
  • O Caminho para o Futuro

O oitavo episódio do podcast Futurecom Connect trouxe discussões aprofundadas sobre os desafios da cibersegurança no setor de telecomunicações, com ênfase nas novas ameaças cibernéticas e nas soluções emergentes para proteger as infraestruturas essenciais. A conversa foi conduzida por Márcio Montagnani, colunista do Portal Itshow, e contou com a participação de Cristiano Breder, líder de cibersegurança da Motorola Solutions, Andriei Gutierrez, presidente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), e José Luiz, da Embratel.

Com a transformação digital acelerada, o episódio se concentrou em como as empresas de telecom precisam se adaptar para enfrentar as ameaças cibernéticas, além de discutir as soluções tecnológicas e as políticas públicas necessárias para garantir a segurança das redes.

Desafios Cibernéticos e a Evolução das Ameaças

O episódio começou com uma análise das ameaças cibernéticas no setor de telecom, com destaque para o uso crescente de inteligência artificial por parte dos criminosos. Cristiano Breder explicou que a IA tem tornado os ataques mais rápidos e complexos, desafiando as empresas a evoluírem suas estratégias de defesa. “Estamos em uma guerra cibernética assimétrica, onde a inteligência artificial atua ao lado dos atacantes, tornando os ataques muito mais difíceis de detectar e mitigar“, afirmou Cristiano. Ele destacou que a preparação do setor de telecom precisa ser constante, pois as ameaças estão se sofisticando a cada dia.

A Digitalização e os Riscos Emergentes

A digitalização do setor, impulsionada por tecnologias como o 5G, também foi discutida como uma oportunidade e um risco. José Luiz, da Embratel, destacou que as novas tecnologias trazem melhorias significativas, mas também ampliam a superfície de ataque. “A inovação tecnológica no setor de telecom é inevitável, mas a proteção das infraestruturas deve ser a prioridade. O 5G e outros avanços trazem desafios em termos de segurança que exigem novas abordagens“, explicou José Luiz.

O Papel das Políticas Públicas

A questão das políticas públicas foi outra área abordada com profundidade. Andriei Gutierrez sublinhou a necessidade urgente de um marco regulatório mais robusto para o setor. “A regulação ainda é um grande desafio, principalmente para as pequenas e médias empresas. O governo precisa criar políticas públicas que ajudem essas empresas a se protegerem contra as ameaças cibernéticas“, afirmou Andriei, ressaltando que sem o apoio do governo, muitas empresas não terão condições de se proteger de maneira eficaz.

Soluções Tecnológicas e o Uso da Inteligência Artificial

O uso da inteligência artificial foi discutido como uma solução emergente para melhorar a cibersegurança. Cristiano Breder explicou que a IA pode ser usada para automatizar a detecção e mitigação de incidentes cibernéticos. “Com a IA, conseguimos automatizar até 90% das detecções de incidentes, o que reduz significativamente o tempo de resposta e melhora a eficiência das operações de segurança“, disse Cristiano, destacando como a tecnologia pode ser importante para enfrentar ataques mais complexos.

O Caminho para o Futuro

No final, a discussão se voltou para o futuro da cibersegurança e das telecomunicações. Andriei Gutierrez concluiu que é essencial que o Brasil avance na criação de uma regulação nacional coordenada. “Sem um marco regulatório unificado, será difícil proteger as infraestruturas críticas de telecomunicações. A colaboração entre o setor privado e o governo é fundamental“, afirmou Andriei.

O oitavo episódio do Futurecom Connect forneceu uma visão abrangente dos desafios e das soluções para o setor de telecomunicações em relação à cibersegurança. As contribuições dos especialistas evidenciaram que, com a combinação de inovação tecnológica, políticas públicas adequadas e uma abordagem colaborativa, é possível enfrentar as ameaças cibernéticas e garantir a segurança das redes essenciais.

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