- O espectro não é só técnico, é estratégico
- Infraestrutura e inclusão: duas faces da mesma moeda
- ESG na prática e com resultados
- Para onde vamos?
O quinto episódio da temporada Futurecom Connect contou com a participação de Maria Emilia Peres, da Deloitte, Eduardo Neger, da Abranet, e Daniela Martins, da Conexis e Telebrasil. Juntos, eles discutiram como o uso do espectro se conecta à agenda ESG, à inovação tecnológica e ao desenvolvimento sustentável no Brasil.
Com a condução de Márcio Montagnani, o episódio explorou temas como infraestrutura, políticas públicas, regulação e os desafios de transformar conectividade em impacto positivo. A conversa foi uma verdadeira imersão nos aspectos que envolvem a tecnologia e sua contribuição para um futuro mais sustentável e inclusivo.
O espectro não é só técnico, é estratégico
“O espectro é um bem escasso. Cada escolha do regulador influencia no consumo de energia e na eficiência da rede”, explicou Eduardo Neger. A fala resume bem a complexidade envolvida. O uso do espectro precisa ser pensado considerando eficiência energética, inovação e impacto ambiental, especialmente em um ano em que o Brasil recebe a COP30.
Maria Emilia complementa: “A sustentabilidade não pode ser um projeto paralelo. Ela precisa estar no centro da estratégia de negócio”. Para ela, o setor de telecom tem um papel habilitador na transição energética e precisa pensar com visão sistêmica e colaborativa.
Infraestrutura e inclusão: duas faces da mesma moeda
Daniela Martins reforçou que o setor de telecom é vital para as políticas públicas. “Sem redes estáveis e protegidas, a digitalização de serviços públicos e privados não acontece”, disse. Ela também destacou o papel do FUST (Fundo de Universalização) como instrumento para levar conectividade a áreas remotas e corrigir desigualdades.
Além disso, ela chamou atenção para outro ponto sensível: a segurança das redes, tema que tem impactado diretamente o ritmo de expansão da infraestrutura em várias regiões do país.
ESG na prática e com resultados
As operadoras brasileiras vêm avançando em metas concretas: geração de energia limpa, descarte correto de equipamentos, economia de recursos e promoção de inclusão social. “A infraestrutura precisa crescer, mas com responsabilidade”, afirmou Daniela.
Ela ainda relembrou a importância de dados, como o da GSMA, que aponta uma demanda de 2 GHz de espectro adicional até 2030, o que exige regulação ágil, políticas públicas alinhadas e um ecossistema preparado para absorver essa transformação.
Para onde vamos?
O episódio fecha com uma provocação valiosa: precisamos parar de pensar o uso do espectro apenas como um debate técnico. Ele está no centro da equidade digital ao PIB, da emissão de carbono à inovação de ponta. “O espectro precisa ser entendido como um recurso estratégico. Ele define o que podemos ou não fazer como sociedade conectada”, resumiu Eduardo.
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