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Microtecnologia aplicada à rede óptica

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Conversamos com Ivan Ianelli, diretor-presidente da ABEPREST, para compreender mais sobre como a funcionalidade auxilia o avanço da conectividade. Leia neste artigo!

Com a proposta de compactar componentes físicos para facilitar as instalações, a microtecnologia representa um grande avanço no uso das redes ópticas no país. Compatível com as redes FTTB e FTTH, a funcionalidade já é explorada em outros continentes, e vem ganhando espaço também na América do Sul.

Diretor-presidente da ABEPREST - Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática, Ivan Ianelli falou com o Futurecom Digital sobre quais são as microtecnologias utilizadas para as redes ópticas e como elas funcionam na prática.

Continue acompanhando para entender mais dessa criação que traz vantagens diversas para o aumento da conectividade!

As novas microtecnologias para redes ópticas

Segundo Ianelli, "o âmago da questão que aborda a aplicação futura da microtecnologia nas redes externas de telecomunicações está nas grandes cidades, onde não há mais espaço disponível nos postes das concessionárias de energia para as redes externas de telecomunicações crescerem."

Conforme explicado por ele, isso demonstra que é preciso pensar em soluções que compensem tais obstáculos de infraestrutura a fim de seguir com o progresso das instalações de conexão mais rápida para todos.

"As redes externas subterrâneas tradicionais são caríssimas, inviabilizando financeiramente a maioria das expansões necessárias. Em nossa opinião, a solução está na microtecnologia", complementa o especialista.

O diretor-presidente da ABEPREST elencou algumas dessas novas opções. São elas:

1) Microcabos: “Os principais fabricantes de cabos ópticos do mundo já desenvolveram a tecnologia dos microcabos, que ocuparão um espaço reduzido, bem menor que os atuais. Esses microcabos serão lançados dentro de microdutos”;

2) Microdutos: “Os principais fabricantes de dutos já desenvolveram a tecnologia dos microdutos, dentro dos quais serão lançados os microcabos ópticos. Assim sendo, essas redes ocuparão um espaço reduzido, permitindo que as redes ópticas sejam instaladas  em valas pequenas e estreitas (máx. 40 cm profundidade por 8 cm de largura), construídas ao longo dos pavimentos.

E esse é o segredo: as obras de canalização subterrânea serão mínimas, quase imperceptíveis, praticamente sem impacto para a  população dos grandes centros urbanos, ao contrário do que ocorre atualmente”;

3) Microvalas: “Os principais fabricantes de máquinas e equipamentos para obras de canalização subterrânea já desenvolveram todos os produtos necessários para a construção de microvalas, desde a ‘máquina de corte de asfalto’ até materiais para a  restauração do mesmo.”

Os benefícios das microtecnologias para infraestrutura de telecomunicações

A nosso pedido, Ianelli também detalhou mais das vantagens que as microtecnologias oferecem para a infraestrutura de telecomunicações. 

De acordo com ele, os benefícios vão além da simples porém importante otimização das instalações e processos de instalação. Ele detalha que elas:

  • “Permitirão as expansões das redes de telecomunicações nos grandes centros urbanos, imprescindível para a implementação do 5G no país;
  • Riscos menores: por serem pequenas obras comparadas com às atuais, os riscos de acidentes de trabalho serão bem menores que os atuais; 
  • Economia: o custo de uma obra usando microtecnologia está estimada em 03 vezes menor que as convencionais; 
  • Tempo de obra: o tempo de execução da obra está estimado em 15x menor que uma obra convencional;
  • Licenciamento da obra: os órgãos públicos ou as concessionárias licenciam esse tipo de obra bem mais rapidamente; 
  • Postes: aliviarão a carga dos 'postes' de distribuição de energia, infraestrutura amplamente utilizada pelas empresas de telecom, fato que gera atualmente grave crise entre as Operadoras de Telecom, Concessionárias de Energia, ANEEL e ANATEL.”

Os desafios da implantação da microtecnologia das redes ópticas

Apesar de serem extremamente promissoras, às microtecnologias voltadas às redes ópticas ainda têm um importante caminho a percorrer para serem efetivamente utilizadas em larga escala no Brasil. 

Para o representante da ABEPREST, os principais pontos de melhoria são:

- “A ‘cultura’ da microtecnologia ainda está em fase inicial de discussão entre os grandes players;  

- Por consequência, ainda não temos no mercado suficiente mão-de-obra qualificada;                         

- Escassez de fabricantes e fornecedores”.

Por fim, Ianelli destaca que, na opinião da entidade, "o futuro da microtecnologia é muito promissor e será a solução que viabilizará o crescimento e a expansão necessária das redes de telecomunicações em todo país."

Portanto, vale acompanhar como a estrutura se desenvolverá no país, aproveitando as facilidades que ela oferece diante de um cenário cada vez mais competitivo e complexo na instalação de redes de conectividade em todo o território nacional.

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