Maximiliano Salvadori Martinhão, Secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações representou o Ministério na sua apresentação sobre o desenvolvimento do 5G no Brasil. 

A palestra de abertura do Future Congress, realizada nesta terça-feira, dia 18, abordou o leilão 5G e os próximos passos na difusão da nova geração de internet no Brasil.

“A minha ideia é falar com 5G e qual o impacto que isso vai causar nas telecomunicações do Brasil.”, iniciou Maximiliano em sua palestra.

Telecomunicações em números

O secretário apresentou os macro números da Anatel, como 357,2 milhões de contratos de telecomunicações (Agosto/2022) e 43,7 milhões de acessos banda larga fixa.

Sobre o último, o palestrante explicou: “Mais da metade dos usuários de banda larga são atendidos por pequenos provedores de acesso. A legislação brasileira tornou tão simples se tornar um ISP, que no brasil temos mais 125 provedores de acesso.”

Transformação Digital por Intermédio do 5G

A respeito do impacto da implementação do 5G no Brasil, Maximiliano elencou 4 principais pilares que irão transformar a sociedade brasileira:

  • Econômico-social: impacto na geração de empregos e formas de trabalho;
  • Infraestrutura: necessidade de aumento de fibra óptica, data-centers para estratégias cloud e a capacidade do core das redes;
  • Dispositivos: maior demanda de celulares com sistemas atualizados e sensores para empresas e indústrias;
  • Serviços: desafio do setor de telecomunicações de deixar de ser um serviço apenas B2C para, principalmente, prestar serviços B2B.

Diretrizes da portaria 5G

O palestrante também apresentou as diretrizes da portaria 5G do Ministério de Comunicações. Entre os principais pontos apresentados estão: a cobertura de trechos desassistidos de rodovias, o Programa Norte Conectado, a implementação de banda larga móvel 4G ou superior em localidades com mais de 600 habitantes, e cobertura de áreas rurais desassistidas.

Leilão 5G

Maximiliano ressaltou o papel do Ministério das Comunicações na defesa da implementação do 5G standalone, e parafraseando o Presidente da Anatel, “Queremos uma Ferrari no 5G, não um Fusca”, complementou.

Também defendeu o leilão não-arrecadatório do 5G: “Diferente de leilões passados, na política criada para o processo de implementação do 5G, mais de 90% dos investimentos foram convertidos em obrigações, dentro das diretrizes apresentadas pela portaria, com compromisso de investimentos até 2030.”

Dentre os compromissos estabelecidos, o Secretário destacou os 36 mil km de cobertura 4G nas rodovias brasileiras, 12 km de cabos ópticos subfluviais implementados em rios do Amazonas, e a implementação de conexão banda larga em escolas públicas.

5G em redes privadas

O palestrante também abordou a necessidade de disponibilização de faixas de frequência para redes privadas do 5G para grandes segmentos, como portos, refinarias, indústrias de manufatura, construção, mineração, logística, energia, óleo e gás.

Conclusão

Finalizando sua apresentação, o secretário determinou o sucesso da implementação do 5G no Brasil: “A gente conseguiu em menos de um ano após a realização do leilão já ter o 5G em todas as capitais do Brasil.” 

Maximiliano explicou que durante esse processo, a Anatel realizou a conclusão do leilão, a assinatura de contratos com entidades, a limpeza das faixas de frequência e distribuição de kits para famílias que usavam antenas parabólicas para que o 5G estivesse em funcionamento.

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