“Muitas são as definições de cidades inteligentes, mas, particularmente, as classifico como aquelas que conseguem resolver os seus problemas”. Foi com essa visão que o presidente do Crea-SP, Vinicius Marchese, iniciou sua palestra sobre o tema durante o Future GOV, uma das trilhas de conteúdo do Futurecom 2022.
Iniciativas de Smart Cities no Estado de São Paulo
E para ilustrar este conceito, Marchese compartilhou algumas iniciativas de cidades do Estado de São Paulo que enfrentaram seus problemas de forma inovadora e criativa.
A gestão de resíduos e as soluções ecológicas de um projeto de compostagem em Adamantina, o bom exemplo de Ubatuba na mobilidade com as ciclovias, e o projeto de Atibaia voltado à gestão eficiente de recursos hídricos foram algumas delas.
São José dos Campos também esteve entre os destaques por ser a única cidade inteligente certificada no Brasil.
Semáforo inteligente e o Centro de Segurança e Inteligência (CSI), que conta com câmeras de vigilância em todo o município, estão entre as ações desenvolvidas no município, localizado entre o eixo Rio-São Paulo.
Os principais desafios das cidades inteligentes
Com relação aos desafios, o engenheiro observou que a legislação ainda não acompanha o ritmo da evolução tecnológica.
Para Marchese, mudanças na lei como o Marco Legal das Startups foram importantes para trazer a tecnologia para dentro dos órgãos públicos.
Neste aspecto, citou o decreto do governo de São Paulo que regulamentou o sandbox, uma espécie de “caixa de teste de inovações”.
“Assim, é possível testar novas tecnologias em um ambiente controlado e, olhando pela ótica do poder público, é muito bom porque as ações ganham velocidade”, disse.
Diagnóstico em prol das cidades inteligentes
Após apresentar o cenário das cidades inteligentes no Brasil, Marchese ressaltou o recente diagnóstico produzido pelo Crea-SP, com mapeamento de todos os 645 municípios do Estado.
O estudo levou em consideração 28 indicadores de desenvolvimento urbano que foram avaliados individualmente por uma rede de 1.666 inspetores do Conselho.
O resultado é um documento com 160 propostas, organizadas em quatro eixos: saneamento e monitoramento ambiental inteligente; iluminação inteligente e segurança; mobilidade; e conectividade.
“Nossa ideia é que a contribuição com bons projetos para as cidades seja um trabalho de longo prazo do Crea-SP. Com o diagnóstico, nós entendemos como podemos ser um instrumento de transformação dos locais que moramos, principalmente por conta dos braços que o Conselho tem por todo Estado.
Agora, vamos levar esse tema para estudantes e recém-formados, para que a gente possa ouvir como a juventude enxerga os problemas e, principalmente, soluções para as políticas públicas de São Paulo e até mesmo do país”, concluiu o engenheiro.
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