Futurecom: Felipe, você é diretor médico em TI e imagens médicas no Hospital Sírio-Libanês, e hoje vamos falar sobre Big Data e Inteligência Artificial na saúde. Para começar, gostaria de saber se o volume de mensagens e dados trafegados atualmente alterou os processos na cadeia de valor da saúde?

Felipe Veia Rodrigues: “Acho que definitivamente. A gente vê que o uso de dados, que é o que está acontecendo hoje, está sendo realizado de maneira secundária. No passado nós armazenávamos os dados de maneira gerencial, então o prontuário eletrônico servia de maneira temporária para o médico saber o que estava acontecendo com o paciente e depois passar isso para os demais colegas e fazer a comunicação com os enfermeiros, e quando terminava o caso e o paciente obtia a cura ou uma melhora, o dado deixava de ter valor. 

Hoje nós conseguimos resgatar e utilizar essas informações para que possamos tomar novas decisões e aprender com o passado, e assim conseguir ter ganhos. Então vemos que quanto maior o uso de dados, conseguimos fazer novas previsões para o futuro. 

O exemplo é claro: se olharmos o quanto a gente trabalha antes para pegar informações, como um texto simples, o médico ia lá, examinava o paciente e descrevia esse exame. Hoje em um simples exame de imagem você tem milhares e milhares de megabytes de informações e que podem ser resgatadas, e além disso isso faz parte do histórico de saúde do paciente, então quanto mais dados a gente agrega, a gente consegue melhorar a saúde de outras pessoas. 

E não só isso: a gente está falando de capacidade de obter informações de escala, fazer novas descobertas científicas, o que foi influenciado pela pandemia. A gente vê com o Covid a quantidade de informações que tivemos compartilhadas e distribuídas publicamente, isso aumentou muito e permitiu com que a gente fizesse os avanços que foram obtidos tão cedo. Isso só é possível com o uso de dados, com mais informações melhora a cadeia de saúde. Acho que é um link muito claro, e nós estamos aprendendo na área da saúde. 

Já fizemos ciência no passado de maneira tão clara e somos líderes em relação a isso, mas em relação aos dados a gente aprende muito com outras áreas, em especial aviação, computação e tecnologia. Então eu acho que temos que aplicar sim essas informações que são cada vez mais geradas para nossos pacientes, isso incluindo wearables e outras coisas legais.”

Futurecom: Como a Inteligência Artificial transforma os processos para a cadeia de valor da saúde?

Felipe Veiga Rodrigues: “A gente estava na infância em relação à Inteligência Artificial. Não me leve a mal, nós já tivemos ciclos no passado em que a IA teve um mega hype de que iria resolver todos os males do mundo, e estamos agora no vale da desilusão, e no começo da aplicação dessas tecnologias na prática, e temos que fazer isso com muita parcimônia. 

Quando a gente olha como a IA vai melhorar esses processos, a gente pode dividir isso em várias frentes. Eu posso melhorar o processo de uma maneira em que terei melhor controle de custos, então falando de maneira gerencial, fazendo melhores previsões sobre um paciente, sobre uso ou não de informações, se vou usar por exemplo nas vacinas uma maior demanda em uma região ou outra, entender como cada caso é afetado.

Se pegarmos outros casos em relação à saúde, também podemos fazer coisas que vão melhorar nosso tempo. Porque a IA nada mais é do que algo que mimetiza a inteligência que um humano iria aplicar, e temos vários graus de inteligência artificial. Podemos aplicar à uma regra de negócio, ou seja, toda vez que algo acontece faça isso, e um humano poderia fazer isso, mas se eu coloco um computador para fazer é um grau de IA. 

Eu posso deixar ainda mais complexo, utilizar modelos estatísticos matemáticos que vão categorizar e dividir entre populações selecionadas para fazer classificações e previsões de regra, então estamos falando de machine learning, de dados estatísticos com classificação de pacientes. 

E posso utilizar técnicas ainda mais avançadas para poder utilizar redes neurais, que vão automaticamente classificar sem necessidade de eu aplicar os modelos estatísticos, pois ela já faz isso automaticamente utilizando erros gradientes e descendentes, etc.

Então essas formas podem ser aplicadas para reduzir custos, para melhorar o tempo em que eu posso melhorar o atendimento, fazer algo mais rápido com o apoio da equipe médica. Ou melhorar a acurácia, o diagnóstico de uma patologia, ou como eu classifico um paciente, o risco de ele faltar por exemplo, e tomar uma ação. 

Também posso classificar o ruído de uma imagem, ou seja, melhorar a qualidade utilizando outras que já aprendi no passado, e também habilitar as pessoas a fazerem algo que antes não era possível, seja por questão de custo, tempo, ou porque exigiam milhares de processos necessários, e com a IA eu posso melhorar isso. A grande questão de transformar o processo na cadeia de saúde é que estamos no básico, no começo. Vai fazer sentido que todos nós, não só exerçamos o papel de críticos dessas tecnologias, mas também o papel de selecionar quais são os cases que serão relevantes. 

Talvez o case que é relevante para mim no Sírio-Libanês seja diferente do de um colega que trabalha em um outro hospital ou clínica, e a grande diferença é que todos nós vamos ter que de alguma maneira colaborar nesses usos. Nós na área médica já colaboramos com a indústria farmacêutica, com o desenvolvimento de transformação. 

Hoje por exemplo na minha área são grandes empresas que desenvolvem equipamentos, que foram desenvolvidos por físicos e engenheiros e que aplicamos eles na prática. É como todas essas pessoas trabalhando em conjunto vão conseguir levar maior valor para a saúde, esse é o diferencial.”

Futurecom: Você acredita que tudo isso acaba humanizando mais os serviços?

Felipe Veiga Rodrigues: “Sim, porque acaba que a gente permite com que demos um tratamento personalizado para o paciente, ou seja, eu estou falando daquela pessoa, do risco individual. É uma medida que se torna preditiva, eu estou falando do futuro, porque ninguém quer diagnosticar já com a doença, eu quero evitar, então vamos trabalhar de maneira preventiva e personalizada para aquele doente. 

E a grande sacada de você reduzir o tempo que você gasta fazendo algo é que você permite com que a pessoa dedique em outras coisas que trazem mais valor. Se a máquina consegue fazer um diagnóstico mais apurado que o médico, o que não é verdade porque na maioria dos casos a gente precisa do médico validando e acelerando aquilo.

Mas isso permite com que ele se dedique a coisas que trazem mais dor na visão do paciente, que é na conversa, no diagnóstico, porque muitas vezes infelizmente o paciente acaba sendo obrigado a procurar isso em outras pessoas, e não no médico de confiança e na instituição.

Então eu acho que sim, humaniza de certa maneira. Mas isso deve ser feito de maneira ativa, porque se você não buscar essa humanização, você só vai reduzir custos por reduzir custos.”

Futurecom: Em relação à decisão clínica, quais recursos da tecnologia atual estão disponíveis para a melhoria dos resultados?

Felipe Veiga Rodrigues: “Existem várias formas de responder a essa pergunta, porque já utilizamos muito a tecnologia na prática. Se a gente pegar desde o começo, eu posso acelerar para que o médico insira informações menores no prontuário, facilitar com que o enfermeiro tenha um ambiente em que ele receba as informações e possa gerir as medicações com sucesso, ter os dispositivos farmacológicos para garantir que não há conflito entre um remédio e o outro. 

Então temos várias tecnologias que acabam melhorando o resultado do fluxo de jornada de um paciente. Quando a gente fala de tecnologia como um ciclo temos muitas coisas que já estão acontecendo. A minha especialidade como médico radiologista é basicamente utilizar essas tecnologias. 

Nós utilizamos equipamentos super caros, em que os pacientes entram em tubos e são examinados onde conseguimos ver as pessoas por dentro com esses equipamentos, então esse é um raro uso da tecnologia aplicada na prática para melhorar resultados de desfecho clínico, tentando identificar doenças de maneira precoce, tentando controlar doenças graves como o câncer, fazer diagnósticos de doenças coronarianas de maneira antecipada para fazer esse tratamento. 

Esse é um uso da tecnologia que já é corriqueira, tanto que hoje nem damos o valor, a tecnologia some para que a gente possa falar ‘nossa, isso é meu normal’. E quando falamos de tecnologias inovadoras, aí sim estamos falando de formas mais avançadas de contato. 

A telemedicina é sem dúvidas algo revolucionário pois é uma quebra de barreiras e dificuldades para que pudéssemos fazer contato de forma mais precoce e ativa com nossos pacientes, quebrando a barreira de não precisar estar fisicamente juntos. 

A IA também, como mencionei os pontos de custo, gerência, qualidade, acurácia, todos esses pontos já estão acontecendo na prática. Hoje já utilizamos algoritmos de inteligência artificial validados, certificados pela indústria e pelos órgãos reguladores e governamentais, que permitem com que o nosso médico consiga detectar sangramento intracraniano e avisar esse médico que o paciente precisa ser priorizado, e o mesmo para pacientes com AVC. 

E por que essas duas patologias? Porque o que elas têm em comum é que as duas dependem de que quanto mais rápido seja feito o diagnóstico, menor número de sequelas no paciente, então cada segundo é importante. E essa tecnologia foi usada na prática, é um software acoplado com máquinas que estão tendo o diferencial. 

Mas o mesmo ocorre com outros colegas, como startups que estão utilizando IA para categorizar eletrocardiograma e detectar se o paciente está tendo um infarto agora, então isso é bem interessante. Outras que fazem a transcrição automática do texto, o que parece algo trivial, mas quando o médico não precisa fazer isso ele pode ter mais tempo para outras coisas, então são tecnologias que estão tendo impacto.”

Futurecom: Como as instituições de saúde devem tratar dados e informações dos indivíduos, e como isso melhora o atendimento ao público?

Felipe Veiga Rodrigues: “Eu acho que agora as instituições devem ter percebido já em seus graus de maturidade que muitas delas estão se tornando data driven. Então elas utilizam os dados para gerenciar sua prática. Então a tomada de decisões é feita automaticamente com dados do sistema. 

Isso sem dúvidas deve ser feito com absoluta calma e certeza na medicina, pois estamos falando de vidas humanas, de muito cuidado e atenção. Se algo ficou claro nessa pandemia, é que nós temos que ter uma atenção. Temos opiniões díspares, temos fake news, temos tudo, então temos que olhar com muito carinho para utilizar essas informações de maneira correta.

Mas eu gosto de dar de exemplo que ninguém está lá selecionando se deve ser mais ou menos caro quando eu peço um Uber. São algoritmos que estão gerenciando todo o processo. Muito disso a área de saúde tem que aprender, não na parte de cobrança, mas principalmente na prática clínica e de validação. 

Então eu mencionei que precisamos ser críticos nos trabalhos e entender o que está sendo feito, temos que aproveitar a utilizar todos esses dados para melhorar nossa saúde. Então sem dúvidas elas devem primeiramente proteger esses dados. Os eventos recentes que aconteceram de ataques cibernéticos no Brasil mostram que os dados são extremamente valiosos, e que os usamos de verdade para a parte clínica, então pacientes são afetados quando eles estão disponíveis, então a gente conta com eles. 

Eu estou falando de pessoas que potencialmente perderam em poucos dias o grau de doenças e perderam janelas de tratamento, o que é muito triste, então temos que tratar isso com absoluta parcimônia, temos que ter ambientes de recuperação desses dados, e temos que usar eles para aquilo que foi designado o valor. 

Então estou falando do hospital, estou utilizando o dado para segmentar aspectos de saúde. Não estamos falando ter o uso de dados secundários como categorizar em questões financeiras, valor de risco e custo financeiro, eu acho que isso é algo que até está claro na lei brasileira, então temos que ter muita parcimônia e oferecer a possibilidade de que as pessoas possam não ser incluídas nessas avaliações. 

Mas sem dúvidas quando olhamos o tratamento de dados e nossa capacidade de melhorar, é infinito e podemos fazer muitas coisas inovadoras a respeito disso.”

Futurecom: A integração de sistemas heterogêneos auxilia na governança de dados? Como vocês fazem isso no Sírio-Libanês?

Felipe Veiga Rodrigues: “Os sistemas antigos acabam sendo sem dúvidas diferentes, então a gente acaba que no uso secundário desses dados é possível quebrar as informações, integrá-las, ter gestão dessas informações para que possamos obtê-las onde elas estão hoje e colocá-las à disposição de toda a instituição. Quando falo de toda a instituição é claro que são só as pessoas que devem ter acesso a esses dados. 

Então temos a área de TI voltada para isso, que é de inteligência de dados e arquitetura e que faz esse trabalho de quebrar o silo, obter as informações e agregá-las. Essa área também é responsável por garantir a qualidade desse dado, e junto com as áreas de negócios, a área que é dona desse sistema, ela acaba validando qual é a fonte de verdade, ou seja, se eu for consumir a informação, onde que é a verdadeira?

E além disso, junto com essa área, tem que definir a governança desse dado. Esse dado é sensível ou não sensível? Para essa aplicação eu vou precisar acessar um dado sensível, ou eu não posso? O paciente permitiu o uso desse dado? 

Então tudo isso passa por um crivo, a área de negócios valida junto com a TI se essas pessoas que estão solicitando o acesso permitem, e por isso tem toda uma arquitetura de governança e segurança que passa desde o aspecto legal e ético para que pudéssemos fazer o uso dessas informações. 

A gente quebra os dados, assume que eles pertencem única e exclusivamente ao paciente, se for concedido o acesso ao uso secundário, fazemos a partir das informações, e acabamos quebrando os silos e com a governança das áreas de negócio validando se é possível ou não acessar essas informações.”

Futurecom: O que muda daqui pra frente no relacionamento das instituições de saúde e dos médicos com os pacientes?

Felipe Veiga Rodrigues: “Eu acho que fica claro que com toda essa mudança no cenário de saúde brasileiro de que as instituições querem trabalhar de maneira preventiva junto com os pacientes. 

Então vemos grandes grupos, entre eles o Sírio-Libanês, trabalhando de maneira preventiva, seja no mercado corporativo, como é o nosso exemplo, em que criamos uma plataforma digital para que possamos ir atrás e ser um parceiro do paciente na prevenção de sua própria doença. Como eu posso reduzir seu risco de saúde e melhorar sua jornada com a doença? 

Essa é uma das formas de fazer isso, mas as instituições com certeza são focadas em outros modelos de negócio, em formas diferentes de remuneração que trazem valor ao desfecho, não ao uso de consumo de recursos da doença. Então temos forma de fazer essa mensuração, seja através de pacotes, em uma remuneração baseada em valor ou em desfecho além do esperado, inúmeras formas que estão modificadas em relação a isso, e os médicos junto com outros profissionais de saúde são atores nesse processo.

Uma das mudanças que aconteceu foi sem dúvida o uso da telemedicina, que chegou para ficar. Podemos discutir inúmeras coisas com respeito aos órgãos reguladores, mas o nosso paciente quer esse produto, ele viu que tem valor, os médicos viram que tem valor. Temos que olhar o certo no sentido de desfecho, não só o paciente estar gostando, mas isso vai ter melhor impacto em sua saúde, vai viver mais com isso, o quanto isso tem de perda em relação à consulta presencial? 

Então isso é algo que sem dúvidas precisamos esclarecer através de estudos, mas é uma mudança cultural e transformacional que todos nós passamos e que com certeza mudou. Mas eu vejo que as instituições estão cada vez mais próximas dos pacientes, não estão só deixando o paciente chegar até elas, estão sendo mais proativas no cuidado, ‘olha você faltou à consulta, você quer remarcar?’, então ela presta um serviço adicional. Isso é a vivência do Sírio-Libanês, de conviver e compartilhar, ser um parceiro do paciente no cuidado de sua saúde.”

Futurecom: Os recursos da Inteligência Artificial serão percebidos em curto prazo na telemedicina? O que vem pela frente?

Felipe Veiga Rodrigues: “Com certeza na parte gerencial muito deve ser utilizado em relação a isso. Falando de coisas que parecem básicas, mas melhorar a conexão entre os médicos. A gente esquece que muitas vezes os brasileiros têm dificuldade de acesso à internet, seja por dispositivos ou por uma conexão de qualidade, então falamos de eu ser capaz de ver melhor o paciente, fazer upscale de imagens, compressões, então isso já está sendo utilizado. 

Não podemos esquecer que muitas vezes o primeiro médico dos pacientes é o Dr. Google, e ele acaba pesquisando, e lá é um lugar excepcional de testes de IA, porque já estão utilizando de maneira constante há muitos anos. A maioria das buscas já não usa modelo de negócios no Google, mas sim IA, buscando o motivo daquela busca, a intenção do paciente no pesquisador, então isso está sendo utilizado de maneira direta ou indireta pelos nossos pacientes.

E quando falamos de telemedicina em especial, eu mencionei alguns casos, então hoje podemos utilizá-la para transcrever informações, já temos startups que trabalham com essa informações, e a partir disso eu selecionar aquilo que tem valor para eu utilizar no futuro e passar para outros médicos, fazer sugestões sobre aquilo. 

Um médico de família trabalha com um ambiente menor e restrito de doenças, e nesse ambiente restrito eu posso fazer previsões sobre aquilo que possivelmente o médico vai sugerir. Não estou dizendo que vai sugerir pelo médico, mas sim facilitar pelo médico, poder fazer essas previsões. Não só isso, mas poder fazer previsões de força de trabalho, risco de utilização de leito, de alta, então fazer previsões do futuro para que eu possa acomodar o paciente de maneira melhor.

Hoje no Sírio-Libanês nós fazemos previsões sobre o tempo de internação do paciente de maneira automatizada. O paciente chegou no Sírio-Libanês e ele tem um histórico de saúde, e se não tem a gente utiliza as informações para prever algo que antes levava várias semanas, e ainda leva porque ainda fazemos esses processos que têm muito valor, mas conseguimos fazer uma previsão interna de maneira gerencial para prever o tempo que ele ficará no pronto atendimento, se ele tem risco de ir para internação, etc.

Então começamos a utilizar inúmeras formas de integração para trazer melhor valor à saúde desse paciente. E tudo isso permite uma redução de custo global, então sem dúvidas um dos vários impactos em vários graus e naturezas.”

Futurecom: Se você pudesse conversar com alguém seja no âmbito pessoal ou profissional, com quem seria?

Felipe Veiga Rodrigues: “Existem várias pessoas de tecnologia que tenho bastante admiração e inúmeros colegas médicos com quem eu tenho o prazer de trabalhar e aprender com eles. Então no Sírio-Libanês e na Faculdade de Medicina na USP, na Unifesp, por onde eu passei, eu tive a oportunidade de trabalhar com pessoas que eu admiro e eu acho que primeiramente gostaria de mencionar todos esses, pessoas com quem você vai aprendendo e crescendo no dia a dia.

E outra pessoa que gosto muito por seu impacto global e sua capacidade de tomar decisões racionais é o Bill Gates. Ele virou um filantropo profissional, e a filantropia que ele faz é muito racional, com decisões duras, que são necessárias e que acabam mudando a saúde. Então eu vejo nele alguém que com certeza vai contribuir para a mudança de saúde. 

Desde coisas que causam estranheza, como a forma que lidamos com a água, forma de limpeza de água, trabalhar com banheiros diferenciados que não requerem energia e saneamento básico, então são pequenas coisas que são necessárias para que a gente alcance mais saúde. 

E ele consegue pensar grande, não somente ter recursos para pensar grandes, pois existem pessoas que tem recursos mas não tem esse ímpeto de voltar e focar nesses assuntos que parecem triviais mas modifica a saúde de milhares e milhares de pessoas. Então ele é uma pessoa que sem dúvida eu admiro e gostaria de conhecer para poder falar disso.”

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