Em tempos de discussões sobre empoderamento feminino, o Futurecom promoveu o painel “Mulheres na Tecnologia e seu papel na Transformação Digital” com a missão de responder a seguinte pergunta: como levar mais profissionais do sexo feminino para a área de tecnologia?

Mediado por Cristina Kerr, CEO da CKZ Diversidade, o debate contou com a participação de representantes de grandes organizações nacionais e internacionais, como Tatiana Medina CIO da Klabin, Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação e Fomento da ABES, Camilla Tapias, VP Assuntos Corporativos |Brasil da Vivo, Marcia Tosta, Gerente de Segurança da Informação do  Grupo Boticário, Dominique Nóbrega, Vice-Presidente de Operações da Ericsson, e Marly Parra Executive Brand, Marketing and Communications Director da EY.

Encontrar meios para tornar a área de tecnologia mais atraente para as mulheres foi apontado como o grande desafio para mudar a realidade atual do setor nesse sentido. “Temos pouquíssimas mulheres no setor de tecnologia. E essa bandeira tem de ser levantada”, ressaltou Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação e Fomento da ABES.

A presença escassa de mulheres no ramo se dá, em grande parte, pelo fato de áreas como matemática e engenharia terem sido, ao longo dos anos, vinculadas estritamente aos homens.

Não à toa, “existe uma possibilidade de gap de profissionais de tecnologia nos próximos anos e, principalmente, de profissionais mulheres. Por isso, além de estimular a sua entrada nesse mercado, precisamos encontrar maneiras de apoiar quem já está dentro das corporações”, declarou Tatiana Medina, CIO da Klabin.

Uma oportunidade levantada durante a discussão é a flexibilidade da jornada de trabalho. Para Dominique Nóbrega, Vice-Presidente de Operações da Ericsson, “as empresas precisam entender a necessidade que a mulher tem de se dedicar às responsabilidades consideradas ‘domésticas’, como o cuidado com os filhos ou os pais idosos, por exemplo. ”

Outra medida citada pelas participantes diz respeito às empresas – não só multinacionais ou gigantes nacionais – que devem passar a investir em uma cultura inclusiva, engajando os homens nessas questões, por meio de programas de incentivo, para tornar possível a desconstrução de estereótipos e a consciência de que a inserção de mulheres nesse mercado está diretamente relacionada à geração de valor para os negócios.