Embedded Finance é o nome dado o fenômeno que visa embarcar finanças em experiências que antes não tinham relação direta com o mercado financeiro. Ou seja, ele transforma empresas em “bancos”.
Essa atividade vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, sendo tema de uma plenária da 2º edição da Futurecom Digital Week.
O evento contou com a participação de Mauricio Santos, Financial Products and Solutions Director da Claro; Leandro Vilain, diretor de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban; Carlos Augusto Canevassi Leoni, diretor de Cartões, Inovação e Meios de Pagamento da Via; e Thiago Rolli, sócio da prática de Financial Services Consulting da KPMG. A mediação foi feita pela repórter Giovanna Sutto, do Infomoney.
A seguir, confira um resumo dos principais tópicos que foram debatidos na plenária sobre o Embedded Finance. Confira!
Opiniões de especialistas sobre as parcerias que transformam empresas em bancos
O Embedded Finance cria ecossistemas de soluções financeiras e amplia os serviços oferecidos aos clientes, por meio de parcerias com outras empresas. O resultado disso é a geração de mais valor para os clientes.
Essa abertura de mercado é vista por Mauricio Santos, representante da Claro, como uma grande oportunidade para as empresas.
“A Claro tem uma série de artigos que permitem a ela entrar como protagonista no segmento financeiro, principalmente nessa nova configuração, em que há a separação da empresa especialista do produto e quem faz o relacionamento com o cliente”, explica o especialista.
Ele comenta que a Claro, que é conhecida pelo bom atendimento ao público, pode ser uma boa parceira de empresas do setor financeiro, já que, por meio do Open Banking, pode colocar isso à disposição.
Carlos Leoni, da Via, complementa apresentando a realidade da empresa que representa: “A Via deixou de ser um player tradicional do varejo para se tornar uma plataforma de relacionamento com o brasileiro”, disse.
Para o representante da Febraban, Leandro Vilain, o sistema bancário brasileiro é altamente competitivo, oferecendo as melhores ofertas e produtos aos clientes. Isso contribui para o sucesso do Embedded Finance.
Nas palavras de Viliain: “O maior beneficiário desses processos é o cliente e, o setor bancário, está preparado para abraçar não só esse, mas também outros desafios que estão por vir”.
Thiafo Rolli, da KPMG, por sua vez, complementa que o Open Banking é um conceito de oportunidade. “Ele traz oportunidade para todos os mercados, na medida em que enriquece os dados das plataformas”, diz.
O papel do PIX, do Open Banking e das fintechs na evolução do Embedded Finance
Durante o Futurecom, os especialistas também debateram sobre o papel do PIX e do Open Banking na evolução do Embedded Finance.
Para Leoni, o PIX permite vários casos de uso, podendo ser utilizado em novos produtos com fit para o varejo. Logo, será possível que as empresas com estratégias de Embedded Finance possam aprimorar-se cada vez mais e lançar novos produtos.
Vilain, por sua vez, fala sobre a competitividade que o PIX e Open Banking trará para o consumidor, que terá mais opções para escolher.
“Se ele [o consumidor], é proprietário de seus dados e usa como bem entender. Se ele não perceber vantagens no consentimento, abandona o produto”. Ou seja, o cenário será mais competitivo e isso é bom para todos, que poderão escolher as opções que mais forem agradáveis.
As parcerias com bancos e fintechs são bem vistas por todos os especialistas ouvidos, principalmente para aproximar os clientes de instituições financeiras e o público-consumidor.
Outro benefício proporcionado pelo Embedded Finance é uma maior bancarização da população brasileira, tendo em vista que há muitas pessoas que ainda não utilizam produtos financeiros em nosso país.
Quer se aprofundar no assunto? Então, não deixe de assistir ao debate na íntegra, na plataforma do Futurecom Digital Week!