A pandemia criou um novo mundo. Com o homeoffice, o processo de digitalização das empresas teve que ser acelerado. E como em toda evolução, os desafios existem, bem como, muitas vezes, resistências às mudanças. 

Dentro dessa nova era digital, redes saindo do ar estão sendo mais comuns do que gostaríamos, seja por questões internas, seja por ataques de hackers, impactando diretamente na receita dos negócios e demandando cada vez mais uma melhor qualidade na infraestrutura de TI. 

Imaginem poder restabelecer a sua rede com segurança remotamente? Sim, hoje isso já é possível.

Um outro fator que a pandemia também nos trouxe foi a escassez de profissionais de tecnologia diante da alta demanda do mercado. As empresas precisam garantir a qualidade dos seus serviços com suas equipes enxutas porque não há profissionais disponíveis no mercado. Como então fechar essa conta, mantendo o SLA dos serviços de TI internos e para os clientes?

Em virtude dessa digitalização, cresce nas empresas a quantidade de equipamentos distribuídos por vários Data Centers e escritórios remotos. São mais servidores, roteadores, gateways, sensores, infraestrutura de estruturas inteligentes, aplicações de usuários e claro, firewalls. E no topo de tudo isso, ainda levar conteúdo para computação de borda/edge e redes 5G, que irão necessitar de mais micro e nano datacenters, que devem ser mantidos, geralmente remotamente. E com o time de TI reduzido e sobrecarregado de atividades do dia a dia, como gerenciamento de configurações, troubleshooting e recuperação de equipamentos, ficará cada vez mais difícil e estressante receber demandas adicionais.

Quando falamos em inovação, a tendência é imaginar uma nova tecnologia ou uma “caixa mágica” que poderia resolver muitos dos problemas das nossas empresas. Porém, inovação é muito mais do que isso. Inovação pode ser mudanças de processos, principalmente dos Modus Operandis.

Sempre que penso em inovação e seus desafios, lembro do cartoon abaixo:

Desafios e Oportunidades no mundo de TI pós Pandemia.jpg

Muitas vezes não temos tempo de ouvir ou testar uma nova forma, pois estamos muito ocupados resolvendo inúmeros problemas do dia-a-dia.

Out of Band (OOB) é um conceito que permite o acesso total aos equipamentos de TI de sua rede de dados sem ser pela rede IP.

E quais seriam as aplicações e os benefícios para esse novo conceito?

  • Automação de Rede. Através de um nível de orquestração da rede de dados, proporciona uma automação das tarefas de TI. Permite também que engenheiros de suporte executem remotamente a gerência e os serviços de automação que normalmente requerem presença física no site, otimizando, assim, o custo de deslocamentos e reduzindo o tempo na solução de eventuais problemas, inclusive desfazer um processo e retornar ao estado anterior de operação.
  • Garantia do Nível de Serviço, utilizando um nível de automação de infraestrutura. Out of Band não é um conceito novo, mas implementado como novos serviços dá a possibilidade aos engenheiros de TI terem uma completa presença virtual, muito além do padrão de acesso feito pela porta serial. São soluções com múltiplos tipos de interfaces para se conectar em todos os equipamentos dos sites e controlar logicamente as portas permitindo executar, inclusive um ciclo remoto desliga/liga.
  • Segurança. Os níveis de infraestrutura de orquestração e automação trabalham juntas, instalando automaticamente updates de segurança e patches em toda a infraestrutura de redes, garantindo, assim, que o time de TI possa verificar as configurações antes e depois delas serem implementadas, sem precisar de pessoal no local. Com os scripts e controles de alimentação utilizados pelo OOB, os engenheiros podem atualizar os softwares dos equipamentos remotamente para manter a segurança, mesmo em arquiteturas de rede distribuídas.

Antonina Paula Ribeiro Buriti.jpeg

* Antonina Buriti – CEO da Techbaum e parceira da ZPE Systems. Engenheira de Telecomunicações, com 2 MBAs em Planejamento estratégico e Gestão de negócios, Advogada, Executiva com 30 anos em empresas multinacionais e familiares e, atualmente, empresária.