“Vamos nos contentar com Smart São Caetano do Sul (SP) ou queremos também Smart Santa Luzia (BA)”, questiona o pró diretor de pós graduação e pesquisa do Inatel, José Marcos Câmara Brito, comparando a cidade com melhor IDHM (índice de desenvolvimento humano municipal) no Brasil com a cidade baiana listada entre os piores índices.
Com um alto déficit de conectividade em áreas consideradas remotas e em áreas rurais, e com diversas regiões que não possuem fibra ótica e uma taxa limitada, o Brasil encara desafios para implantar o 5G. “Fala-se mundialmente em alta taxa de transmissão, massive type communication e redes de baixa latência e ultra-confiáveis, mas nós defendemos o 5G em áreas remotas”, afirma Brito.
O pró diretor organiza em três grupos os desafios do 5G no Brasil:
- Tecnológicos:
- Atender todos os requisitos de desempenho do 5G não é tarefa simples;
- Tecnologias especifícas devem ser concebidas para viabilizar economicamente o cenário de áreas remotas.
- Econômicos:
- Desoneração tributária para IoT;
- Desoneração tributária para 5G em áreas remotas.
- Regulatórios e legais:
- Nova legislação para instalação de radiobases;
- Novos modelos de compartilhamento de insfraestrutura;
- Simplificação de processos de homolagação para IoT.
Oportunidades segundo Brito:
- Influenciar processo de padronização, principalmente para viabilizar o cenário de áreas remotas;
- Redes ultradensas: necessidade de custos menores para as radiobases e oportunidade para novos entrantes;
- Surgimento de novos modelos de negócios como micro-operadoras.