As oportunidades de especialização para as áreas com demanda em alta são muitas, e elas não são exclusivas para quem tem formação específica neste setor. No passado, já foram observadas algumas ondas de migração de profissionais de outras áreas para Telecom, como os trabalhadores do varejo, mercado financeiro e produtos de consumo, para citar alguns exemplos. E esse movimento deve continuar.

Apesar de não ser possível precisar as áreas de maior demanda no futuro, é importante para o profissional desenvolver a habilidade de entender clientes e tecnologia, como fazer a conexão de um com o outro, com velocidade, criando valor no processo. Isso abrirá portas para quem já atua ou quer atuar em Telecom”, afirma consultor da Korn Ferry na América Latina, Jairo Okret.

Ele também destaca os segmentos abaixo como os que absorverão boa parte da mão de obra especializada do setor:

  • Cliente: Entender (e antecipar) as necessidades de cliente de forma obsessiva, desenvolvendo produtos e serviços inovadores para atender esta necessidade, nos diversos segmentos, incluindo micro segmentos.
  • Digitalização: Como transformar as empresas de Telecom com o uso das tecnologias digitais, desde a interface com o cliente até os processos internos, desenvolvendo novos modelos de negócio e possibilitando maior agilidade/flexibilidade e qualidade, com custos reduzidos.
  • Tecnologia: Como utilizar e mesclar as diversas tecnologias existentes e emergentes, planejando a migração do legado, possibilitando uma melhor jornada/experiência do cliente, com maior retorno no investimento.

Profissionais com um determinado conjunto de competências e habilidades, que incluem criatividade a conhecimentos de programação, certamente estarão em alta nos próximos anos. Além deles, os profissionais que solucionarem os gaps existentes, como os observados nas áreas de cyber-security, analytics e aplicações de inteligência artificial”, conclui Okret.

Enquanto a economia do Brasil não engrena de verdade e diante da realidade das contratações acontecendo por motivos de substituições, cabe ao profissional de Telecom apostar no reposicionamento de carreira, buscando alinhar a sua formação às demandas atuais e futuras, para diminuir o tempo de espera para voltar ao mercado de trabalho ou crescer na organização em que está.