De acordo com o presidente da Telcom (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitiva), João Moura, entre os anos de 2015 e 2016, o modelo de cooperação de combinação de esforços e recursos entre operadoras de rede de transporte e de redes metropolitanas se consolidou, o que “apoiou um grande número de provedores de internet regionais”.
E em 2016, as operadoras que se mostraram competitivas foram responsáveis por 60% das adições líquidas do mercado brasileiro de banda larga. Moura lembra que no primeiro semestre daquele ano, a participação dessas empresas nas adições líquidas chegou perto dos 80%.
“É uma combinação de uma nova oferta, uma oferta revitalizada, com um mercado carente, apesar das circunstâncias econômicas não serem as mais favoráveis”, afirma o presidente da TelComp. Quem também mudou a dinâmica do mercado foram as empresas de serviços via internet, as chamadas OTT (over the top).
Moura comenta que se por um lado, elas venham corroer receitas de serviços tradicionais de telecomunicações, por outro lado elas geram uma demanda por entretenimento e aplicações de todo tipo, impensáveis alguns anos atrás, além de gerarem demanda por conectividade de qualidade.
Um dos desafios para essas empresas, especialmente as que não nasceram digitais, é a transformação digital; “é uma longa jornada, primeiro porque elas precisam reinventar suas carteiras de produto, com novas aplicações para seus portfólios e em segundo repensar suas redes”, lembra Moura.